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Análise Do Filme Feliz Ano Velho

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Por:   •  11/12/2013  •  2.354 Palavras (10 Páginas)  •  622 Visualizações

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Tipo de deficiência: Tetraplegia, por lesão medular.

Fator etiológico: Originou-se de um mergulho, onde fraturou a 5ª vértebra cervical e comprimiu a medula.

Processo terapêutico / terapias aplicadas: Depois de fazer as cirurgias, Marcelo ficaria em repouso na UTI, somente a mãe e as irmãs poderiam ir ver.

Texto:

- Acordei. De um lado, um caninho com um líquido amarelo que entrava em minha veia; do outro, um com sangue. Na boca, um acoplado, aqueles aparelhinhos de respiração artificial que já conhecia do Fantástico. Muito eficiente, fechava a boca com a língua, mesmo assim o ar entrava. Tinha uma sanfoninha pendurada que enchia e esvaziava. Assoprava e ela nem se tocava, enchia e esvaziava...

Marcelo precisou da ajuda dos enfermeiros para poder tomar banho e defecar.

Precisava de pessoas para escovar os dentes e até mesmo para coçar seu corpo e também para dar suas refeições, jantar, almoço e café da manha.

Com a fisioterapia os movimentos e a sensibilidade mais baixa;

- Os dias foram passando. A sensibilidade cada vez mais baixa. Já estava atingindo a altura dos mamilos. A fisioterapia havia melhorado um pouco meus braços, mas não o suficiente para coçar a cabeça.

Com a fisioterapia ele foi gradualmente melhorando

- Estava melhorando, já havia certa força nos meus ombros.

- E foi rodando a manivela bem devagarzinho. Minha cabeça foi levantando, mas parecia que tinha um FNM me atropelando. Tava tudo duro. Começou a faltar ar.

Hospital Paraíso, São Paulo.

Nesse hospital dava para notar melhoras. E começou a se alimentar de comida mesmo

Veio um enfermeiro, tirou o caninho amarelo que continha soro.

– Agora você não precisa mais disso, você vai-se alimentar com comida.

- Finalmente veio a hora do rango. Primeiramente, uma sopa, muito mais consistente que a da UTI. Bom. Depois, inacreditável, arroz, carne, cebola e uma verdurinha que deveria ser chuchu. O prato dava para dois, mas comi em um segundo.

Como todos estavam envolvidos no tratamento de Marcelo e com isso descobriram uma nova idéia para Marcelo sentar.

- Mais tarde, veio minha mãe trazer as novas. O Mangueira estava bolando um colete de ferro, pra fixar o meu pescoço. Assim eu não precisaria fazer tração, e logo, logo poderia sentar.

Marcelo vivia a base de remédios, tranqüilizantes, ele não conseguia dormir tinha insônia.

- Onze horas, medicamentos: remédios pra dormir, antibióticos, tranqüilizantes.

Depois do uso do colete, a próxima etapa seria inclinar-se um pouco, para que sua coluta e sua postura fossem melhorando, para que mais tarde conseguisse sentar em uma cadeira de rodas.

- Neste dia especial, muita coisa mudaria. Depois de quatro dias me acostumando com o colete, chegara a hora de inclinar um pouco a cama. Era incrível, mas eu estava pronto para sentar, banalidade que tanto esperava.

Marcelo teve muitas vitórias, e uma delas era mexer o braço, pelo fato de gostar muito de leitura e escrever, poderia ser um atributo que aliviaria o peso do acidente.

- Depois de examinar a coisa, mandou-me apertar sua mão. Não conseguia. Não movia nem um dedinho. Sentia um pouco de vergonha por não poder mostrar-lhe logo minha recuperação. Mas o braço, esse sim, melhorou bastante. E ele comprovou pedindo-me para dobrar. Consegui dobrar.

- Sentar, mexer melhor os braços e os punhos era importantíssimo pra mim.

Como todas as pessoas que sofrem acidentem e ficam sem os movimentos, qualquer etapa que alcançassem seria uma grande vitória, então desde o dia do acidente, até as fases de recuperação são contados como pontos.

Não tinha uma paralisia definitiva. Do zero, eu estava avançando aos poucos.

A espera tão grande de Marcelo seria a volta pra casa, onde poderia ter o aconchego do lar e ficar mais próximo de sua família.

- – Pra casa? – perguntei assustado.

– É, por que não? – me disse aquela voz eletrificada.

– Mas como?

– É, não lembra que ele disse que era só sentar na cadeira de rodas que você continuaria o tratamento em casa?

Todos os cuidados continuavam risca por risca, e Marcelo era obediente em todas as suas atividades, isso é o que mais contava ponto para seu desenvolvimento.

- Fez uma série de recomendações: mudar sempre de posição, pra evitar as abomináveis escaras, sentar no mínimo quatro horas por dia na cadeira de rodas, só que com uma espuma por baixo. Duas horas, à tarde, descansar na cama, e duas horas, à noite. Tomar cuidado pra não entupir a sonda.

Marcelo cria sempre as esperanças em sua mentalidade, que irá voltar a andar e voltar fazer todas as atividades que éramos acostumadas a fazer.

- Num desses exercícios, a Nalu mexendo nas minhas pernas, de repente o pedaço de carne deu um puxão.

– Mas como, ela mexeu?

– Mexeu, eu estava segurando e você dobrou a perna.

O fator que mais causa ansiedade em um inicia de deficiência física, era a tal de independência, é o que todo cadeirante e deficiente precisa, é estar voltado para se virar sozinho, fazer as coisas sem pedir para alguma pessoa.

- Não deveria lutar apenas pra sair andando, mas me preocupar basicamente com minha independência. A reabilitação viria aos pouquinhos (as tais etapas de que minha mãe tanto fala): primeiro, preocupar-me em fortalecer o braço, pra empurrar a cadeira de rodas, sair da cama sozinha, vestir-me sozinho, guiar um carro adaptado, andar com aparelhos ortopédicos e, enfim, com muletas.

– Tudo isso? Ta na hora de tirar.

Realmente, ele tirou a sonda, fez umas massagens na barriga e tudo saiu pela uretra. Que lindo, que fantástico, maravilhoso. Meu pinto ali, mijando como qualquer pessoa, solto, livre.

Para Marcelo outra cirurgia seria muita cansativa e até mesmo ele pensou que não conseguiria, mais tinha em mente que um fator somático em

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