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Análise psicopatológica do filme Ilha do medo

Por:   •  21/1/2018  •  Resenha  •  785 Palavras (4 Páginas)  •  4.086 Visualizações

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ANÁLISE PSICOPATOLÓGICA DO FILME ILHA DO MEDO

INTRODUÇÃO

Este trabalho constitui-se em uma análise do filme Ilha do medo, onde o autor Leonardo Di Caprio interpreta o personagem principal, Andrew Laeddis.

Ilha do medo traz o agente Teddy Daniels para solucionar um caso misterioso junto com o seu parceiro Chuck Aude, os dois agentes investigam o desaparecimento de uma paciente de um manicômio localizado dentro da ilha. A trama segue cheia de mistérios e só no final podemos compreender que Teddy Daniels é na verdade um personagem do delírio de Andrew Laeddis, personagem o qual vive em um mundo de alucinações e delírios.

Com o auxílio dos conceitos trazidos por Dalgalarrondo (2008) temos como objetivo principal analisar as alterações das funções psíquicas do personagem Andrew Laeddis presentes no filme.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Analisando o personagem Andrew Laeddis interpretado por o autor Leonardo Di Caprio, e relacionando com as alterações nas funções psicopatológicas podemos dizer que aconsciência do personagem esta alterada, o seu nível encontra-se rebaixado. O personagem em nenhum momento do filme relata problemas para dormir, porém em diversas cenas o mesmo aparenta ter um sono perturbado, uma especifica cena do filme o personagem mostra-se inquieto ao deitar na cama para dormir, depois de certo tempo ao adormecer desperta assustado. Quanto ao campo também se encontra alterado, pois as vivências relatadas por o personagem não correspondem a sua realidade, no final do filme isso fica claro quando o psiquiatra revela a sua verdadeira identidade.

Durante o filme o personagem esta sempre focado em descobrir os mistérios da ilha, como por exemplo, a busca de um paciente fugitivo, isso pode ser caracterizado por uma hiperprosexia que seria o aumento da capacidade de uma atenção exacerbada. Andrew encontra-se desorientado autopsíquicamente, pois ele não sabe quem realmente é, quando se diz ser um detetive, mas na verdade é um paciente do hospital. O filme não contempla alterações alopsiquícas já que em todo momento ele sabe em que espaço se encontra. Quantitativamente Andrewapresenta alteração na sensopercepção, quando o personagem chega à ilha e começa ter dores de cabeça e assim as luzes parecem ficar mais intensas, o que pode ser caracterizado como uma hipertesia, o aumento da percepção.E qualitativamente, o mesmo apresenta ilusões, percepção deformada de um objeto real e presente, no qual no caso do personagem essa ilusão vem junto com uma alucinação, no final do filme Andrew segura uma arma de brinquedo e afirma ser de verdade chegando a sentir o peso e ver sangue ao atirar e ouvir o som do tiro. O mesmo apresenta constantemente alucinações auditivas e visuais, quando escuta a voz da esposa e quando vê a imagem dela e da filha. Em relação à memoria do personagem, o filme não contempla alterações quantitativas, já qualitativamente o mesmo apresenta fabulações que são as invenções, produtos da imaginação que preenchem um vazio da memória, um exemplo disso é quando Andrew cria e vive um personagem chamado Teddy Daniels, um agente que investiga o desaparecimento de uma assassina que fugiu do hospital e está supostamente escondida na ilha. Segundo Dalgalarrondo (2008) muitos pacientes informam sobre o seu passado indicando claramente deformação de lembranças reais, isso é caracterizado como ilusões mnêmicas. O personagem mostra isso claramente quando em uma das cenas lembra que um incêndio provocou à morte da sua esposa, quando na verdade não existe uma relação clara entre o caso verdadeiro e incêndios, a esposa morreu assassinada por o próprio personagem Andrew, o mesmo apresenta lembranças obsessivas, onde no decorrer do filme traz constantemente lembranças da guerra que ele participou e o conflito com a sua esposa. Quanto ao afeto o personagem traz sentimentos de culpa e angústia, o Eu de Andrew se transforma em Teddy mascarando a culpa que o mesmo sente por não ter salvado os filhos. Junto com essa culpa vem à angústia ao lembrar que não ajudou a esposa. O pensamento de Andrew encontra-se alterado, o mesmo tem delírios. Juízo patologicamente falso, ideias criadas que estruturam a sua realidade, o personagem vê uma verdade que ele realmente acredita. Durante a trama Andrew acredita ser Teddy, um agente que vai em busca um paciente fugitivo da ilha, personagem do seu delírio. Em uma cena após ter alucinações com Rachel Solano na caverna, Andrew sai de lá convicto de que na ilha escondem pessoas com o intuito de fazer experimentações cirúrgicas. O personagem também apresenta um delírio paranoico de perseguição onde o personagem acha que esta sendo alvo de uma conspiração, em uma de suas alucinações com Rachel ela fala que a comida, cigarros e remédios do hospital estão possivelmente o dopando.

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