As contribuiçoes das teorias de Рiaget e Vygotsky para a área da educação
Relatório de pesquisa: As contribuiçoes das teorias de Рiaget e Vygotsky para a área da educação. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: LuisFBorges • 20/9/2013 • Relatório de pesquisa • 3.548 Palavras (15 Páginas) • 697 Visualizações
FACULDADE INTERNACIONAL DE CURITIBA
DERLI FRANCISCO DA SILVA
AS CONTRIBUIÇOES DAS TEORIAS DE PIAGET E VYGOTSKY PARA A ÁREA DA EDUCAÇÃO.
CURITIBA
2010
AS CONTRIBUIÇOES DAS TEORIAS DE PIAGET E VYGOTSKY PARA A ÁREA DA EDUCAÇÃO.
Neste trabalho de TCC- desenvolvimento continuamos dando ênfase as teorias de Piaget e Vygotsky pois estes dois pesquisadores tiveram um papel fundamental na implementação das mudanças que aconteceram na área da educação á partir dos anos 30 do século XX. As pesquisas realizadas por esses dois autores foram decisivas para que uma visão mais completa do desenvolvimento humano tomasse forma e transformasse o olhar que tinha até então sobre a criança, sobretudo quanto aos processos de aprendizagem e desenvolvimento.
Em que pese as diferenças entre esses dois pesquisadores, suas bases teóricas, métodos experimentais, e conclusões, afirma-se que o principal ponto em comum entre eles é o pressuposto de que a aprendizagem e o desenvolvimento infantil tem sua gênese em uma complexa rede de multideterminações entre a criança e o meio material e sócio-cultural que a cerca.
Piaget desenvolveu o método clinico que tinha a criança como centro de suas investigações, chegando à conclusão que a inteligência é construída por ela na relação com o objeto, superando as concepções clássicas. No seu instituto de epistemologia genética, na Suíça, reuniu colaboradores do mundo inteiro, numa perspectiva interdisciplinar, cunhando uma das teorias mais revolucionárias para a educação que se conhece até hoje.
Vygotsky, pautado no método dialético do materialismo histórico, criou a psicologia histórica ou sócio-histórica (como ficou conhecida), defendendo a idéia de que não só a inteligência, mais todas as funções mentais superiores (memória, percepção, atenção voluntária, etc.) teriam origem e desenvolvimento no meio histórico- cultural em que a criança vive. Cada um desses autores colaborou para a configuração de um olhar multidimensional sobre a criança, enfatizando a importância de considerá-la como um ser em constante transformação e evolução, singular, e não como um adulto em miniatura, como classicamente era concebida.
Os resultados dessas pesquisas causaram e causam ainda grandes impactos na educação e colaboram no sentido de melhorar a qualidade do ensino oferecido nas escolas, instrumentalizando os educadores na construção de uma práxis pedagógica comprometida e consciente de sua função social. Foi a partir desse referencial que os educadores progressistas elaboraram propostas pedagógicas e parâmetros curriculares que mudaram a educação no século XX, superando a visão tradicional que Paulo Freire pejorativamente chamou de educação bancária, na qual o mestre despejava na cabeça do aluno a cultura universal.
Para Piaget, os humanos passam por quatro fases de desenvolvimento de sua inteligência: sensório motor, intuitivo ou simbólico (também conhecido como pré-operatório), operações concretas ou operatório-concreto e operações formais ou lógico-formal.
Período sensório-motor – Esse período se caracteriza pelo uso de reflexos naturais na relação com o meio externo, variando no período de zero a dois anos. O bebê mama o que lhe colocarem na boca, vê somente o que está diante de si, chora quando tem fome ou sede. A forma de conhecimento do mundo exterior é predominante sensório-motora, isto é, percepção sensorial e movimento. Sem representação do mundo pelo pensamento, a relação com ele é estabelecida de maneira puramente física. Os esquemas de assimilação vão se desenvolvendo na medida em que a criança vai estabelecendo relações entre as ações e os resultados. Neste período a criança não se afasta teoricamente da realidade ao seu redor, o que Piaget chama de indiferenciação, momento em que a criança apresenta uma inteligência eminentemente prática. É comum percebemos a criança falar na segunda pessoa quando se refere a si mesma, pois não se diferencia das pessoas ao seu redor. Ela diz: “Maria vai subir” em vez de dizer “eu vou subir”. Como sua característica é sensorial e motora, a criança deste período precisa ser muito estimulada com móbiles, chocalhos, brinquedos, músicas, enfim, com diversos objetos que provoquem os mais variados tipos de acomodação.
Período intuitivo ou simbólico – Se desenvolve dos dois aos sete anos. Nesta fase a criança descobre que a realidade pode ser representada, imaginada construindo um mundo simbólico, destacado da realidade material. Entretanto, seu poder de abstração é limitado não permitindo que se coloque no ponto de vista do outro, pois ainda está presa a experiência física imediata. Por exemplo: pode percorrer todos os cômodos da casa com facilidade, mas não consegue representá-lo em um papel ou desenho, pois depende da ação motora. Essa falta de descentração é chamada por Piaget de “egocentrismo”, não no sentido de egoísta, mas no sentido em que ela mesma é o ponto de referência para todas as suas ações. Na prática, as manifestações mais claras são as rejeições em dividir brinquedos, falar com “amigos invisíveis”, enfim criar seu próprio mundo. Seus esquemas de ação não permitem abstração das propriedades do objeto, faltando-lhe reversibilidade, ou seja, não reconstrói mentalmente as ações realizadas, iludindo-se com as aparências. As crianças desse período não aceitam que bolas de massa ou argila possam ter a mesma quantidade de uma tira, levando-as a afirmar que a tira, por estar esticada e ter maior comprimento, contém mais massa. Neste momento, mesmo que estique a bola de massa numa tira, não admite que a quantidade seja igual. No final do período, ela se torna conservadora, isto é, abstrai a propriedade da massa e quantidade, admitindo facilmente a igualdade. Esse momento é de fundamental importância na construção do pensamento lógico-matemático, tais como o número e outras noções lógicas do início da escolaridade forma.
Períodos das operações concretas- Neste período, entre sete e onze anos, a criança desenvolve estruturas mentais que permitem abstração, com detalhes, de objetos e pessoas. Usando o exemplo da casa, além de percorrer os cômodos, mesmo de olhos fechados, é capaz de o percurso de forma puramente simbólica, usando a escrita ou
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