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As diferenças de comportamentos e de valores entre culturas

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Por:   •  28/6/2013  •  Resenha  •  604 Palavras (3 Páginas)  •  432 Visualizações

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1.1 As diferenças de comportamentos e de valores entre culturas.

Um dos principais problemas enfrentados pela antropologia no estudo das diferentes culturas humanas deve-se ao fato de que cada indivíduo vê sua crença como a mais correta e aceitável, assim é necessário refletir sobre até que ponto é possível compreender e explicar uma cultura totalmente diferente daquela à qual se está inserido, como obter resultados válidos de investigações realizadas com metodologias e visões totalmente diferentes da cultura que se está estudando.

O antropólogo estuda uma cultura a partir da sua própria. Desse modo, carece de uma visão clara e verdadeira sobre determinada cultura, principalmente em relação à linguagem e a determinados conceitos que são particulares a certa cultura e que acabam por se tornar evasivos, perdendo a segurança de informação e entendimento. Há antropólogos que prefiram se fixar nas leis e causas que desenvolvem e dão origem às culturas. Por outro lado, existem aqueles que tratam de compreender as crenças, os mitos, a conduta, os rituais e as formas de pensar.

Outro aspecto importante a se destacar trata-se dos referenciais éticos utilizados como subsídios para dialogar e transmitir conhecimentos. A adequação, a doutrinação e a aculturação das outras culturas levantam, não obstante, problemas éticos na transmissão dos conhecimentos. Essa problemática só pode ser solucionada no marco de uma ética das crenças.

Como princípio ético das crenças pode-se apontar a necessidade de que todo sujeito busque que suas crenças e as dos membros de sua sociedade sejam o mais racionalmente possível justificáveis, isto é, se aproximem ao máximo da realidade, ademais, todo sujeito deve ater-se, em suas crenças, às suas próprias razões, tal como se apresentam; e os outros têm obrigação de respeitá-las. Dessa forma, destaca-se que é possível transmitir o conhecimento sem violar a liberdade de crença. Isso se consegue procurando que os outros, uma vez ponderadas as razões em que se funda o conhecimento, as façam suas.

Ademais, outro problema relevante a ser analisado trata da dúvida quanto ao meio de descobrir os sentidos que estas realidades diferentes possuem para aqueles que nelas estão inseridos. A diversidade humana não se resume apenas a diversidade cultural, mas também a diversidade existente nos indivíduos dentro de uma mesma cultura. Portanto, é difícil estudar os diversos aspectos que constituem um ser humano.

Dessa forma, até o estágio atual do pensamento antropológico, passou-se por várias etapas. Cumpre destacar, inicialmente, o descobrimento do mundo selvagem e a constituição da historia moral como uma área de conhecimento a partir do século XV. Posteriormente, no século XVIII, é possível perceber uma critica das teses escravistas por meio de uma divisão conceitual entre selvagem-civilizado; já o próximo momento histórico, entre 1850 e 1880, foi marcado pela constituição da antropologia como disciplina independente, a qual, baseada na ideologia do evolucionismo, realiza uma crítica à visão metafisica da história. Em meados de 1930 surgiu uma crítica ao evolucionismo, passando a Antropologia a exigir um lugar-chave no estudo da sociedade. Já em 1950, antropologia propõe de novo seu objeto e sua relação com o mesmo. Por fim, entre 1970 e 1987, percebe-se

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