Aspetos Neuropsicológicos da Esquizofrenia Neuropsychological Aspects of Schizophrenia
Por: wsm.61direito • 25/11/2023 • Artigo • 4.711 Palavras (19 Páginas) • 75 Visualizações
METROPOLITANA
FACULDADE METROPOLITANA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PÓS GRADUAÇÃO EM NEUROPSICOLOGIA
Aspetos Neuropsicológicos da Esquizofrenia Neuropsychological Aspects of Schizophrenia
Edimeia Rangel Silva
Cristiana M. Di Primio Gonçalves (Orientadora)
RESUMO
Esquizofrenia está ligada a patologia neurológica causada por fatores idiopáticos, aos quais não são previamente assumidos sem que haja um estudo comportamental e genético. Este artigo abordou os aspetos neuropsicológicos ou aspetos cognitivos aos quais serão desenvolvidos parâmetros para além da questão comportamental básica ou clássica, e sim uma abordagem neuropsicológica da esquizofrenia, buscando destacar as principais disfunções das atividades nervosas complexas, presentes nos diversos casos com esta patologia, bem como propostas de reabilitação baseada em pesquisa de artigos.
Palavras-chave: esquizofrenia, neuropatologia, disfunções neurológicas.
ABSTRACT
Schizophrenia is linked to neurological pathology caused by idiopathic factors, which are not previously assumed without a behavioral and genetic study. This article addressed the neuropsychological aspects or cognitive aspects to which parameters will be developed beyond the basic or classic behavioral issue, but a neuropsychological approach to schizophrenia, seeking to highlight the main dysfunctions of complex nervous activities, present in the various cases with this pathology, as well as as proposals for rehabilitation based on research articles.
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Keywords: schizophrenia, neuropathology, neurological disorders.
Introdução
Os primeiros conceitos do que hoje chamamos de Esquizofrenia, surgiram em meados do século XIX, com suas primeiras definições denominadas como "demência precoce". Esse termo foi utilizado devido a percepção de que essa doença surgia normalmente no início da vida e quase sempre levava a problemas psíquicos. Esse primeiro termo foi dado pelo cientista Emil Kraepelin (1856-1926).
Kraepelin (1856-1926)., estabeleceu uma classificação de transtornos mentais a qual era baseado no modelo médico. O objetivo era delimitar a demência como uma doença que englobaria etiologia, sintomatologia, curso e resultados comuns.
O termo Esquizofrenia, surgiu já com o pesquisador Eugen Bleuler (1857- 1939), que significa no grego, "divisão da mente".
Bleuler (1857-1939), caracterizou os sintomas primários (fundamentais) e secundários (acessórios), aos quais se equivalem consecutivamente a: associação frouxa de ideias, ambivalência, autismo, alterações de afeto. Já os sintomas de alucinações e delírios fazem parte dos sintomas acessórios, os secundários.
Os aspectos cognitivos deste transtorno psiquiátrico em análise neste artigo, apresentam alterações antes do início dos sintomas surgirem, e evoluem ao decorrer da patologia em questão. As funções cognitivas são "[...] conjunto de capacidades que habilitam os seres humanos a desempenhar uma série de atividades no âmbito pessoal, social e ocupacional" (Monteiro; Louzã, 2007, p. 180).
Metodologia de desenvolvimento deste artigo
Esse trabalho buscou referências em pesquisas feitas em artigos científicos, a partir dos anos 2000 até artigos mais recentes publicados com a temática proposta deste trabalho, esquizofrenia cognitiva e demais variações psíquicas corelacionadas a este assunto central.
Também busca pesquisas feitas através de palestras com participações de profissionais na área da Psicologia, bem como especialistas nos estudos da Esquizofrenia e seus aspetos neuropsicológicos.
Iniciamos este artigo, pelos parâmetros de Análises dos Comportamentos Psíquico na Esquizofrenia e seguir a discussão partindo para as Funções Cognitivas da Esquizofrenia, apresentando suas variações, subsequente a este ponto do trabalho, iremos abordar a Reabilitação e a Corelação da Análise de Comportamento como proposta de inserir na sociedade personagens que possuem o transtorno, mas que podem através do tratamento eficaz, conviver e socializar.
O tema proposto colocou em pauta a compreensão das alterações neuropsíquicas que envolvem a esquizofrenia, como alternativa de aprimorar as metodologias com conhecimento teórico metodológico, trazendo a abordagem analítica comportamental como proposta de tratamento e passar a considerar uma possível reabilitação a partir dessa proposta de tratamento.
Alinhar a questão cognitiva, análise comportamental, à integração de avaliação de tratamento onde correlaciona aspectos históricos do paciente, entendendo quem é, de onde se origina, respeitando seu ser individual, pode vir a ser um importante passo na construção de um tratamento mais eficaz e capaz de tornar o indivíduo com esquizofrenia, parte da sociedade
Análises dos Comportamentos Psíquicos na Esquizofrenia
O comportamento pode ser determinado por variáveis fatores, devendo ser observado cada indivíduo com suas variações individuais e ou pessoais do meio em que se desenvolve, ou no que se refere a seu histórico evolutivo e a cultura que se inseriu desde os primeiros dias de vida. Para Skinner (1990), essas alterações no âmbito evolutivo da espécie e meio que se desenvolve, são denominadas respetivamente como Filogênese (como indivíduo) e Ontogênese (como ser existente no meio cultural pré-estabelecido), (Skinner, 2007).
No que se refere em fator de importância para Análise Comportamental, ao qual pode vir a diferenciar um comportamento de um individuo para o outro, é a aprendizagem. A aprendizagem pode ocorrer por meio de ações existentes no meio que se vive ou através da aquisição de conhecimentos teóricos sobre uma determinada temática a ser desenvolvida pelo indivíduo. Este conceito é complexo e inclui vários outros fatores importantes, entre eles, a ideia de que o comportamento ou a ação provocada, tem uma função e não acontece por acaso, e deve ser estudado para investigar o que ele define, para entender a origem da mudança de comportamento. Para isso é necessário observar o comportamento se utilizando do que antecede a ação comportamental do indivíduo, ou seja, o contexto da alteração do comportamento, onde ocorre o “estímulo”, comportamental, posteriormente se analisa o próprio comportamento onde será obtido as respostas ao estímulo dado anteriormente e segue com as consequências geradas pela ação tomada pelo indivíduo. Nesse processo ocorre o que é chamado de tripla randomização o que representa a unidade básica de análise para esse comportamento (Catania, 1999)
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