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Atençao no Processo Psicológico

Por:   •  9/4/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.451 Palavras (6 Páginas)  •  1.068 Visualizações

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UNIFG

PSICOLOGIA

PROCESSOS PSICOLÓGICO BÁSICO

DJANIRA ALCÂNTARA JUSTINO ARANHA

ATENÇÃO

RECIFE - PE

2018

PROCESSO PSICOLÓGICO BÁSICO: ATENÇÃO

Trabalho apresentado a Unifg, como um dos requisitos para nota da cadeira de Processo Psicológico Básico, ministrada pela professora Clarice Linspector.

RECIFE - PE

2018

INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa abordar o tema atenção, que é um dos processos psicológicos básicos essenciais, um dos mais importantes e que está  presente na vida cotidiana das pessoas. A todo momento recebemos diversos estímulos, interiores e exteriores, os quais exigem uma resposta, muitas vezes imediata. A atenção se relaciona intimamente com outros processos como a memória, a aprendizagem, a resolução de problemas e percepção. A atenção se dá quando, entre vários estímulos sensoriais, um estímulo é selecionado. Se esse estímulo é visual, o indivíduo focaliza apenas o objeto selecionado em detrimento dos outros sentidos e dos outros objetos que estejam em seu campo de visão. Dessa forma, a atividade mental se concentra ativamente em uma quantidade limitada de informações, descartando outras que são irrelevantes nesse momento. Neste estudo, em um primeiro momento, será abordada a questão da compreensão do processo psicológico da atenção e discutir-se-ão os possíveis problemas que a falta de atenção acarreta na vida do indivíduo.


ATENÇÃO

Davioff (2001) considera a atenção uma abertura seletiva a uma pequena porção de fenômenos sensoriais incidentes, desencadeando um processo que envolve intensa atividade mental que focaliza um evento após o outro. estímulos periféricos ou no limite da atenção formam um segundo plano.

Para Stenberg (2000), a atenção é um fenômeno que processa ativamente uma quantidade limitada de informações do enorme montante de estímulos disponíveis por meio dos sentidos, das memórias armazenadas e dos outros processos cognitivos. Afirma que esse fenômeno favorece o uso criterioso dos recursos mentais que são limitados, obscurecendo muitos dos estímulos internos e externos e focalizando os estímulos que interessa, o que aumenta a probabilidade de respostas rápidas e corretas aos estímulos que realmente são importantes.


TIPOS DE ATENÇÃO

Considerando-se que a atenção é um processo cognitivo em que o indivíduo focaliza e seleciona estímulos e estabelece  relações entre eles, promovendo maior grau de concentração, isto é, centrando a consciência em uma área delimitada disponível aos órgão dos sentidos, Lima (2010) divide a atenção em dois componentes:

Atenção explícita, que se refere a processos conscientes;

Atenção implícita, que seriam os processos não conscientes.

De acordo com base nessa pesquisas científicas científica  realizadas com base nessa concepção, a melhor forma de avaliar a atenção concentrada é visualmente.


NATUREZA DA ATENÇÃO

O ato de perceber requer seletividade, por isso somente episódios a que devotamos atenção são antecipados, explorados e selecionados e selecionados. Estudos indicam que os concentramos em alguns poucos detalhes (DADIDOFF, 2001); depois, com base nesses indícios, completamos um todo. Em geral, a capacidade de atenção depende dos recursos que são requeridos pela exigência o momento. Para que a atenção atua nas diversas dimensões, são necessários três fatores básicos:

 O Fator Fisiológico, que depende de condições neurológicas e também do contexto em que o indivíduo se encontra;

O Fator Motivacional, que depende da forma como o estímulo se apresenta e provoca interesse, e a

Concentração que determina  o grau de solicitação e a atuação do estímulo, levando a uma melhor focalização da fonte de estímulo.


FATORES QUE ATRAEM A ATENÇÃO

Observamos que necessidades, interesses e valores são influências   importantes sobre a atenção e que geralmente ignoramos ou paramos de prestar atenção em experiências repetitivas ou conhecidas. Nesse sentido, Dadidoff  (2001) dia que nosso estilo de atenção tem um valor de sobrevivência, ajudando-nos a alocar de forma vantajosa os recursos disponíveis. Afirma que dedicamos atenção máxima a mensagens que não podem ser ignoradas, ou seja, a situação nas quais o risco à segurança é despertado, e atenção mínima a eventos rotineiros e regulares.


FUNÇOES DA ATENÇÃO

Durante a evolução humana, desenvolvemos um sistema de atenção que representa muito mais que sintonizar ou ignorar um estímulo Stemberg  (2000) afirma que esse sistema tem quatro funções principais, as quais são descritas nas subseções a seguir:

Atenção Seletiva

É o ato de se concentrar em um determinado estímulo, evitando distrações tanto externas, como sons e imagens, quanto internas, como pensamentos e sentimentos. O foco de atenção concentrado em estímulos informais específicos aumenta a capacidade de manipular a compreensão verbal ou a resolução de problemas, que são também processos cognitivos.

Vigilância

É o ato de esperar atenta, mas passivamente, o aparecimento de um estímulo em especial, o qual pode surgir em um tempo desconhecido. A atenção vigilante é necessária em ambientes em que um dado estímulo pode ocorrer raramente, mas exigindo uma resposta imediata. Quando ele surgir, precisamos agir com rapidez. É usada principalmente em situações arriscadas, na tentativa de identificar sinais sonoros e visuais indesejados.

Sondagem

É a procura ativa de sinais particulares ou de estímulos específicos em determinado ambiente, exigindo um exame atento tanto do ambiente quanto dos aspectos específicos. A presença de elementos distratores pode causar maior ou menor impacto nessa sondagem, dependendo da sua relevância.

Atenção Dividida

É o ato de distribuir os recursos disponíveis de atenção para  responder simultaneamente a múltiplas tarefas. Os estudos mostram que, na grande maioria das situações, uma tarefa é executada de forma automática, enquanto a outra exige uma atenção concentrada, ou o que ocorre é uma alternância rápida na execução da tarefa, dando a impressão de simultaneidade de execução. é muito difícil executar realmente duas tarefas ao mesmo tempo dando igual atenção a ambas.


ANORMALIDADES DA ATENÇAO

a) Hipoprosexia: diminuição global da atenção. Perda básica da capacidade de concentração, com fatigabilidade aumentada, dificultando a percepção dos estímulos ambientais e compreensão. Lembranças tornam-se imprecisas, há dificuldade em pensar, raciocinar e integrar informações.​

b) Aprosexia: total abolição da capacidade de atenção, por mais fortes e variados que sejam os estímulos.​

c) Hiperprosexia: estado de atenção exacerbada, com tendência incoercível a obstinar-se, a deter-se indefinidamente sobre certos objetos.​

d) Distração: sinal, não de déficit, mas de superconcentração ativa da atenção sobre determinados conteúdos, com inibição de tudo o mais. É o caso de um estudioso que, pelo fato de sua atenção estar totalmente voltada para um problema, esquece onde estacionou o carro ou coloca meias de cores diferentes.​

e) Distraibilidade: é o oposto da distração. A atenção voluntária se torna instável, com dificuldade ou incapacidade para fixar-se ou deter-se em qualquer coisa que implique esforço produtivo. A atenção do indivíduo é muito facilmente desviada de um objeto para outro.​


DISTÚRBIOS NEUROLÓGICOS E NEUPSICOLÓGICOS  DA ATENÇÃO

 Os distúrbios neurológicos e neuropsicológicos nos quais se verificam alterações da atenção são, principalmente, aquelas condições em que ocorre diminuição do nível de consciência.

 Sabe-se desde os primórdios da semiologia psicopatológica, no século XIX, que atenção quase sempre está alterada nos transtornos mentais graves.​
Transtornos do humor (depressão e transtorno bipolar), transtorno obsessivo compulsivo (TOC), esquizofrenia e transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) são os que mais apresentam alterações da atenção.
Transtorno obsessivo compulsivo (TOC) apresenta atenção ou vigilância excessiva ou desregulada. O paciente demonstra alterações no controle executivo (funções frontais), na memória de trabalho (intimamente relacionada a atenção) e na seleção de respostas. ​

Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) há dificuldade marcante de prestar atenção a estímulos internos e externos, pois o paciente, geralmente criança ou adolescente, tem a capacidade prejudicada em organizar e completar tarefas, assim como relutância em controlar seus comportamentos e impulsos.


CONCLUSAO

O processo psicológico básico da atenção surge no contexto de nossas
atividades diárias a partir das mais variadas formas de informações, podendo ser
visuais, auditivas, táteis, entre outras. Dessa forma, evidenciou-se que não podemos
falar de atenção sensorial sem falar de percepção e motricidade, pois estão
intimamente ligadas, difíceis de separar uma da outra.
A atenção é de suma importância, pois, quando em um estado saudável, o
indivíduo desenvolve bem sua aprendizagem, sua memória e sua capacidade de
resolução de problemas; caso contrário, pode ser o indício de patologias como
transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, depressão, demência ou efeito
adverso de medicamentos.


REFERÊNCIAS

APA. DSM-IV-TR: manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. 4. ed.

Porto Alegre: Artmed, 2002.

BRICKENKAMP, R. Teste D2: atenção concentrada. Manual: instruções, avaliação,

interpretação. 7. ed. São Paulo: Centro Editor de Testes e Pesquisa em Psicologia,

2000.

COUTINHO, G. et al. Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade: contribuição

diagnóstica de avaliação computadorizada de atenção visual. Rev. Psiq. Clín, v. 34,

n. 5, p. 215-222, 2007.

COUTINHO, G.; MATTOS, P.; ARAÚJO, C. Desempenho neuropsicológico de tipos

de transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) em tarefas de atenção

visual. J Bras Psiquiatr, v. 56, n. 1, p. 13-16, 2007.

CYPEL, S. Multiplicidade de sintomas: caderno especial. Revista Psique Ciência &

Vida, ano V, n. 60, p. 10, 2010.

DAVIDOFF, L. L. Introdução à Psicologia. 3. ed. São Paulo: Pearson Makron

Books,2001.

GONÇALVES, L. A.; MELO, S. R. A base biológica da atenção. Arq. Ciênc. Saúde

Unipar, Umuarama, v. 13, n. 1, p. 67-71, jan./abr. 2009.

LIMA, T. H. Avaliação da atenção concentrada no contexto do trânsito. Psico-USF,

Itatiba, v. 15, n. 1, abr. 2010.

STERNBERG, R. J. Psicologia cognitiva. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

   

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