Atividade Mini Comentário Sobre a Dissolução do Complexo de Édipo
Por: Rafael Florêncio • 15/6/2024 • Trabalho acadêmico • 711 Palavras (3 Páginas) • 61 Visualizações
Atividade Avaliativa II - Teoria Psicanalítica
1- De acordo com o texto “A dissociação do complexo de Édipo” SIGMUND (1924) É reforçada a importância do complexo de Édipo como fenômeno central para compreender o período sexual da primeira infância. De acordo com SIGMUND (1924, pg 205-206) “Pudemos perceber melhor que o desenvolvimento sexual da criança chega até uma fase em que o genital já assumiu o papel condutor. Mas esse genital é apenas o masculino (Pênis) o feminino não foi ainda descoberto. Essa fase fálica, simultânea à do complexo de Édipo, não continua a se desenvolver até a organização genital definitiva, mas submerge e é substituída pelo período de latência.”
O menino então, passa a dirigir seu interesse no pênis, o manipulando frequentemente. Descobre que seus pais não aprovam este comportamento, e indiretamente surge uma ameaça de roubarem o seu órgão genital. SIGMUND (1924, pg 206) afirma que a organização genital fálica da criança sucumbe devido à ameaça da castração, não de imediato e não sem outras influências, pois inicialmente a criança nem sequer obedece a ameaça. Ele vai dizer de duas experiências que deveriam preparar a criança para a perda de um órgão do corpo, que são elas: A retirada do peito materno e a segregação do conteúdo do intestino. Porém não existem evidências de que por ameaça de castração essas experiências teriam algum efeito. A partir de uma terceira experiência que o menino começa a contar com a possibilidade da castração. Se dá a partir do orgulho do menino com seu pênis querer ver o genital da menina, e ter que se convencer da falta do penis em um ser tão semelhante a ele. Com isso, para o menino a ideia da perda do pênis se torna concebível.
Seguindo a lógica Edípica, o garoto se colocaria no lugar do pai e se relacionaria com sua mãe, caso o pai seja um empencilho, ou se coloca no lugar de sua mãe e se faz amar pelo pai, caso a mãe tenha sido supérflua. O menino mesmo com um conhecimento vago do que constitui a relação sexual satisfatória, tinha em mente que o seu pênis estava relacionado, já que seu próprio órgão genital atestava isso. E sem mais motivos para duvidar da inexistencia do pênis na mulher, o menino percebe que a mulher já nasce castrada, admite que existe a possibilidade de sua castração, colocando um fim nas duas possibilidades de satisfação do complexo de Édipo, pois ambas levavam a perda do pênis. Caso ele se relacione com sua mãe seria castrado como uma espécie de punição e caso se relacione com seu pai se colocaria no lugar de mulher e acabaria sendo castrado também. A partir disso então o EU da criança se disassocia do complexo de Édipo, sendo completamente reprimido/abolido do EU ou sendo recalcado e permanecendo no id até que apareça em formato de uma patologia. (SIGMUND, 1924, pg 209-210)
Já a menina, vai nascer castrada, ou seja ao ver que o homem tem um pênis e ela não, ela vai sentir que nela falta algo que um semelhante tem e ela não. De acordo com SIGMUND (1924, pg 212) A menina não vê a falta de pênis como uma caracterisca sexual, mas sim que antes havia um pênis mas que perdeu devido a uma castração, não estendendo essa ideia a mulheres adultas, mas atribuindo a elas um genital grande e completo, levando essa castração como fato consumado, enquanto o menino teme a possibilidade da consumação.
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