Atomismo
Tese: Atomismo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: zimira • 28/9/2014 • Tese • 444 Palavras (2 Páginas) • 325 Visualizações
Na visão filosófica do Atomismo, o mundo é interpretado como composto, além do vácuo, de um número infinito de pequenos elementos indivisíveis chamados átomos.
Obs.: ao assumirmos que existe um número infinito de átomos, estamos assumindo a infinitude do universo.
“De um modo geral, chama-se em filosofia 'mecanicismo' a doutrina segunda a qual toda a realidade, ou pelo menos toda a realidade natural, tem uma estrutura comparável à de uma máquina, de modo que se possa explicar à base de modelos de máquinas.” (Diccionario de Filosofia – José Ferrater Mota, pág. 166)
Assim, se o mundo funciona à base de princípios mecânicos, todos os fenômenos que ocorrem são devidos à interação e combinação de partículas materiais, conforme a definição abaixo:
“mecanismo
METAFÍSICA, FILOSOFIA DA CIÊNCIA Um paradigma de explicação modelado na mecânica e sustentando que tudo pode ser explicado pelo princípio mecanicista, isto é, pela interação e combinação de partículas materiais. Sob este ponto de vista, tanto os animais quanto os seres humanos são máquinas, e os fenômenos mentais são nada mais que o arranjo sofisticado de diferentes partes diminutas. Em geral, o mecanismo reduz todas as diferenças de qualidade a diferenças de quantidade.[...]” (The Blackwell Dictionary of Western Philosophy – N. Bunnin & J. Yu, pág. 418)
Portanto, depreendemos que, segundo a visão mecanicista, a diversidade qualitativa nos corpos é de natureza mecânica, ou seja, consiste em modificações nos arranjos dos átomos; que as qualidades sensíveis não existem objetivamente, não passando de impressões subjetivas.
Ora, é certo que exista uma relação entre a qualidade em questão e a quantidade relacionada a esta qualidade. Por exemplo, um corpo pode estar mais ou menos quente – qualidade de quentura. E há com certeza uma relação entre a quentura do corpo com o grau de agitação das moléculas. Porém não se pode afirmar a priori que esta relação seja uma relação de identidade, ou ainda, identificar as qualidades sensíveis com os fenômenos mecânicos que as acompanham. Desta forma, a tese mecanicista não se apresenta provada.
Não somente isso, o Mecanicismo, já que as qualidades não são redutíveis à quantidade, mostra-se incapaz de explicar a diversidade específica dos corpos, como, por exemplo, um átomo de oxigênio ter propriedades químicas diferentes do átomo de carbono; também não explica as leis que governam as combinações dos corpos, como por exemplo os pesos atômicos serem múltiplos do peso atômico do hidrogênio; também não vale recorrer ao acaso, considerado assim como princípio de explicação, alegando que os átomos se encontram e formam assim a figura variada do universo, pois o acaso é causa acidental que acrescenta um efeito sem ser querido ou previsto; e por fim não explica a unidade interna dos entes naturais, pois, concebendo os átomos
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