Atuar Em Psicologia Do Trabalho
Monografias: Atuar Em Psicologia Do Trabalho. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: endriely • 20/10/2014 • 1.942 Palavras (8 Páginas) • 434 Visualizações
INTRODUÇÃO
Este trabalho foi realizado com base na tese de Daniel Corrêa Campos intitulado “Atuar em psicologia do trabalho: o desafio emergente” onde o autor ressalta as características da sociedade contemporânea e consequentemente os atributos do homem atual como agente que molda e é moldado pela cultura com a qual se relaciona. Segundo o autor o homem do contemporâneo é cada vez mais individualista e competitivo, sofrendo do que chamou de desordem do tipo narcísicas, ou seja indivíduo que tem sua auto estima elevada ao nível “patológico” e que o desafio proposto a todos, administradores, médicos do trabalho, psicólogos e daqueles que exercem cargos de chefias, é decifrar e compreender o indivíduo para que se possa extrair deste, todo o potencial que se espera ou deseja no exercício de suas tarefas dentro das organizações.
Nas palavras do autor, será preciso “ampliar” (“dar um zoom”) para melhor analisar o homem contemporâneo, para melhor visualizar suas carências, desejos, necessidades, afim de “resgatá-lo e contextualizá-lo como ser histórico e psicossocial. Pois compreender o homem atual, com todos os seus mal-estares que o cercam, os seus medos e anseios, trona possível compreender a sociedade em que este se situa.
COMPREENDENDO O HOMEM ATUAL
Neste ponto de sua reflexão, o autor observa que pra todo lado que se olha em nossa época, ou em tudo que se lê se lerá ou ouvirá a expressão flexibilidade. Aliás, esta sem dúvida alguma é a palavra de ordem para quem permeia ou deseja viver no mundo corporativo. Interessante também aqui a palavra flexibilidade é definida como a capacidade que certos indivíduos tem ou deveria ter para:
...adaptar as situações desconhecidas quando estas se apresentam em curto espaço de tempo, agregando competências técnicas e habilidades pessoais. Pode-se dizer que uma pessoa é mais ou menos flexível na medida em que consegue corresponder mais prontamente ás solicitudes que lhe são feitas por qualquer situação ou pessoa.
Tal definição, sem dúvida é plausível, aja vista que, em nossos dias as mudanças ocorrem com muita frequência, e, a pessoa mal tem tempo para se adaptarem a estas e logo são bombardeadas por novas mudanças. Tudo acontece muito rapidamente. Do dia pra noite tudo fica obsoleto, surge então novos produtos, novas tecnologias, novas ideias, novos ídolos e o bom e velho ser humano quase não muda, é sempre o mesmo. Será? Será que o ser humano realmente fica intacto, diante de tantas mudanças? Seu estado de espírito não sofreria mudanças, como por exemplo, no humor ou na sua estabilidade emocional?
Daniel Campos observa ainda que esta busca desordenada por adaptar-se a que chama de flexibilidade, na realidade traz ao homem atual um altíssimo grau de ansiedade por se sentirem inseguras com as mudanças e a velocidade com que estas acontecem, por não terem domínio dos riscos que enfrentarão e ficam assim, perdidas.
Ressaltando que no momento histórico em que vivemos tudo é transitório, o autor nos leva a refletir:
Na sociedade pós-moderna, a única certeza que se tem é de que tudo é incerto, e de que a solidez foi trocada pela fluidez. Não há como o homem / trabalhador cultivar laços de longa duração, porque ele pode se decepcionar com os vínculos estabelecidos. (...) não há logo prazo. (...) será que vale a pena se comprometer com alguém ou alguma situação que a qualquer momento pode mudar?
Além dessa reflexão, o autor ainda propõe uma melhor utilização do conceito de “equipe” que geralmente é utilizado pelas organizações para estimular os trabalhadores a se empenharem cada vez mais na atividade profissional que deveria ser realizado em grupo. Segundo o autor, o termo “equipe” é utilizado de forma equivocada, e que o termo apropriado para este fim seria “time”, pois este melhor se encaixa nesse objetivo, do que a termo “equipe”. Para ele, a definição de “time” como sendo o
Equipe é o conjunto de pessoas que buscam um objetivo comum, clara e explicitamente formulado. Cada uma usa suas habilidades e se esforça no cumprimento de suas tarefas de acordo com o objetivo maior. Os componentes de uma equipe tem grande clareza da divisão de responsabilidades e das fronteiras de suas ações, bem como de suas atribuições. O foco da definição de equipe é a responsabilidade pelo cumprimento das atribuições que levarão á consecução dos objetivos comuns.
E que sendo assim este termo não cumpriria o propósito a que geralmente se destina, quando utilizado da forma inadequado, como geralmente tem sido. Para ele pela definição como é feito pela própria Casado (2000, p. 240). Como se segue:
Conjunto de pessoas com habilidades e potenciais particulares a serviço de um objetivo comum. Elas compartilham valores, buscam resultados comuns e contam com alto grau de comprometimento, o que as faz responsabilizar-se por mais do que a simples realização de suas tarefas e atribuições individuais. - Casado (2000, p. 240).
Mas será que a simples mudança da aplicação de um conceito, traria algumas mudanças realmente significativas á situação do homem/trabalhador diante da complexidade social da pós-modernidade? Com certeza não. Mas a manutenção ou aplicação de um termo de forma errada também não ajudará em absolutamente nada. E sim uma mudança de postura por parte das organizações, especialmente no que tange a qualidade de vida do trabalhador e a qualidade de vida no trabalho.
QUALIDADE DE VIDA E QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
Como parte do processo de melhoria do estilo de vida do trabalhador e da manutenção da mesma, sugere-se que algumas ações sejam adotadas em relação ao trabalhador dentro e até mesmo fora da organização, como por exemplo, facilitar o acesso à teatros, shows, concertos artísticos, viagens culturais com sua família, oficina de teatro, música, dança de salão, e outras atividades programadas pelo setor de RH, com vistas á diminuir o “estresse” e a “tensão” da atividade laboral. Aqui, o foco é, “promover saúde para não ter que cuidar de doenças” e o resgate da qualidade de vida e qualidade de vida no trabalho buscando diariamente a qualidade de vida no trabalho como gerenciamento de estresse.
Buscando minimizar as dificuldades enfrentadas diariamente pelos trabalhadores e estimular o processo de criatividade e socialização, as organizações podem disponibilizam alguns benefícios aos seus colaboradores:
• Implantar melhorias e inovações no ambiente de trabalho.
...