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Aula de hoje: um resumo para entender o Brasil

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Por:   •  18/11/2014  •  Seminário  •  3.067 Palavras (13 Páginas)  •  523 Visualizações

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Renato Bulcao

7 de novembro às 10:21 ·

Aula de hoje: Resumo para entender o Brasil

Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber são considerados os pilares do pensamento sociológico moderno.Apesar das diferenças existentes entre eles a respeito do que é vida social e sua base, há, nos três pensadores, uma intensa preocupação com o método de apreensão do objeto a ser investigado, no caso, as relações sociais.

Em Marx, as relações de produção devem ser investigadas para entendermos o que é materialismo histórico, e assim podermos perceber a história das lutas de classes.

Por outro lado a antropologia entende a história dos povos sem uma obrigatoriedade de aceitar que tudo é uma luta de classes. Uma definição amplamente aceita é que o conceito de cultura é “um conjunto complexo que inclui os conhecimentos, as crenças, a arte, a lei, a moral, os costumes e todas as outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro de uma sociedade”. Para Edward Tylor a cultura é definida como resultado de uma aquisição que o ser humano faz dentro de uma sociedade, portanto, não é inata, não nascemos sabendo a cultura da nossa civilização.

Durante o século 20 o capitalismo se expandiu para ser o regime economico principal do mundo. Mas como Marx havia previsto, existe um limite de expansão do capitalismo, pois quando ele alcança o limite da exploração dos seres humanos, ele entra em crise.

Para voltarmos a Marx: “A sociedade burguesa moderna, que brotou das ruínas da sociedade feudal, não aboliu os antagonismos das classes. Estabeleceu novas classes, novas condições de opressão, novas formas de luta no lugar das antigas [...] A manufatura já não era suficiente. Em consequência disso, o vapor e as máquinas revolucionaram a produção industrial. O lugar da manufatura foi tomado pela indústria gigantesca moderna, o lugar da classe média industrial, pelos milionários da indústria, líderes de todo o exército industrial, os burgueses modernos.” Isto significa que a exploração econômica do ser humano é um fator comum ao feudalismo e ao capitalismo.

MARX, Karl & ENGELS, Friedrich. O Manifesto do Partido Comunista. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998, 10ª edição

O primeiro país a se tornar socialista foi a Rússia, que entre 1917 e 1989 se chamou União Soviética. O exército se uniu ao partido comunista para fazerem uma revolução contra o imperador da Rússia. A promessa era acabar com a miséria do povo. Depois de um início promissor, o exército acabou por dominar o país através da polícia política. Ao lutar contra a Alemanha Nazista como potência aliada, a União Soviética invadiu e conquistou todos os países do leste da Europa. Passou então a dominar todos estes países através de uma ocupação militar, apoiando governos ditatoriais locais. Toda a economia destes países era planejada, mas a experiencia deu errado pois ninguém tratava de desenvolver os bens de consumo necessários para a evolução. Com a falta de competição, os produtos perderam cada vez mais em qualidade, ocasionando um descontentamento geral da população com o regime.

A primeira grande crise do capitalismo aconteceu durante a Depressão de 1929: os Estados Unidos tiveram de fechar 2/3 das suas empresas, que faliram por falta de dinheiro disponível na economia. Mesmo com grande inovações tecnológicas, não haviam pessoas empregadas em número suficiente para formar um mercado. Assim, o governo americano resolveu financiar as pessoas para que elas pudessem comprar. Mas tudo era feita na base das filas: fila para receber auxílio do governo, fila para comprar comida. Teóricamente os Estados Unidos eram um país rico, mas seu povo estava muito empobrecido. Estas são as contradições que acontecem nas sociedades capitalistas.

Depois da Segunda Guerra Mundial, houve uma divisão entre os países capitalistas, liderados pelos Estados Unidos, e dos socialistas liderados pela União Soviética.

Isto fez surgiu uma disputa ideológica de como resolver as questões da pobreza no mundo. Os países da América Latina ficaram subordinados aos Estados Unidos, por causa da sua situação estratégica. Assim, todos os países da América Latina, menos o México, passaram por períodos de ditadura militar, que deveria garantir a primazia do capitalismo nestes países. O México já era uma ditadura governado pelo partido PRI (Partido Revolucionário Institucional) desde 1929, que durou 71 anos. Mas até mesmo estas ditaduras militares entenderam que deveria existir a intervenção do Estado na economia, para poder fazer o mercado crescer. No Brasil, o regime militar permitiu que a economia brasileira tivesse uma acelerada industrialização e modernização do país, com a construção, inclusive, de usinas nucleares.

Mas a ditadura foi cruel com aqueles que defendia a via socialista.

Ancorado na formulação do General Golbery do Couto e Silva de uma abertura “lenta, gradual e restrita”, o processo de redemocratização do Brasil teve como um de seus desdobramentos a anistia “ampla, geral e irrestrita”, até que finalmente voltamos a ser uma democracia. A transição democrática produziu, de um lado, o movimento pela Constituinte e, de outro, o fim do bipartidarismo, expresso pela Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB).

No entanto, passadas duas décadas, as feridas daquele período continuam abertas, seja pelo fato de dezenas de vítimas da repressão continuarem classificadas como “desaparecidas”, seja pelos pedidos de indenização por parte daqueles que declaram ter sofrido os “excessos do regime militar”. No dia 5 de outubro de 2008, a Constituição Federal Brasileira completou 20 anos.

Dentre as inovações, é correto afirmar que a nova Carta, também conhecida como “Constituição Cidadã”, viabilizou o retorno das eleições diretas para presidente da República, consolidando, assim, a proposta defendida pela emenda Dante de Oliveira anos antes.

Mas algumas práticas políticas tradionalistas se mostram resistentes no cenário brasileiro. É o caso, por exemplo, do exercício do nepotismo, cuja proibição acaba de ser determinada pelo Supremo Tribunal Federal. Este nepotismo se caracteriza pela utilização de mandatos e cargos públicos para favorecer a contratação de parentes nos aparelhos de Estado, sob a justificativa de serem cargos de confiança.

Quando o próprio Supremo Tribunal Federal brasileiro discutiu a demarcação contínua da Reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima. Fortes

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