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Por:   •  15/10/2013  •  3.787 Palavras (16 Páginas)  •  334 Visualizações

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07-11-16.BuddhaTalkOk2 setembro 16

MEDITAÇÃO E CURA

Publicado por budavirtual às 16 de setembro de 2013 em Uncategorized | 20 Comentários

Geralmente, se você tem um falatório mental, chama isso de pensamentos. Mas se está profundamente envolvido em algo emocional, você dá prestígio especial a isso. Você pensa que esses pensamentos merecem o privilégio especial de serem chamados de “emoção”.

De alguma maneira, nos domínios da mente de fato, as coisas não são assim. O que quer que surja são apenas pensamentos: pensar que estamos com tesão, pensar que estamos com raiva. No que concerne à prática da meditação, seus pensamentos não são mais tratados como VIPs, enquanto você medita.

Você pensa, você medita; você pensa, você medita; você pensa, você medita. Você tem pensamentos, você tem pensamentos sobre pensamentos. Deixe que seja assim. Chame-os de pensamentos.

Chogyam Trungpa (Tibete, 1939 – Canadá, 1987)

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Meditação e Cura

A meditação (chamada dhyana em sânscrito e zen em japonês) é o cerne da prática budista. O objetivo da meditação é ajudar o praticante a chegar a uma compreensão profunda da realidade. Esta introspecção tem a capacidade de libertar-nos do medo, da ansiedade e da depressão. Pode produzir compreensão e compaixão, pode elevar a qualidade de vida e trazer liberdade, paz e alegria para nós mesmos e para as pessoas ao nosso redor.

Sobretudo na última parte do século XX, as pessoas do Ocidente começaram a voltar sua atenção para a meditação. O conforto material do Ocidente não é suficiente para trazer felicidade. Nossas mágoas, nossas preocupações e nossos problemas só podem ser resolvidos mediante uma vida espiritual. O budismo e a prática da meditação estão indicando atualmente a um maior número de pessoas um caminho para responder a estas dificuldades.

A meditação sentada é a forma mais comum de meditação, mas também podemos praticá-la em outras posições como caminhando, em pé ou deitados. Quando lavamos roupa, cortamos lenha, regamos as plantas ou dirigimos o carro – onde quer que estejamos, o que quer que façamos, seja qual for a posição de nosso corpo, se as energias da mente alerta, da concentração e da introspecção estiverem presentes em nossa mente, em nosso corpo, então estamos praticando a meditação. Não precisamos ir a um templo, a uma igreja ou a um centro de meditação para meditar. Viver em sociedade, ir ao trabalho todo dia, cuidar de nossa família também são oportunidades de praticarmos a meditação. A meditação tem o efeito de nutrir e curar o corpo e a mente. E devolve ao praticante e às pessoas que o cercam a alegria de viver. (…)

A meditação é especialmente indicada para nos ajudar naquilo que o budismo chama de nós interiores e de complexos de identidade. Esses grilhões nos impedem de estar conscientes no momento atual.

Os nós interiores são um conjunto de ilusões, repressões, medos e ansiedades que se fixaram nas profundezas de nossa consciência. Eles são capazes de nos constranger e nos levar a fazer, dizer e pensar coisas que na realidade não queremos fazer, dizer ou pensar. Os nós interiores são plantados e alimentados por nossa ausência da mente alerta durante a vida de todo dia. Os dez nós interiores principais são: ganância, ódio, ignorância, vaidade, desconfiança, fixação no corpo como se fosse o eu, pontos de vista extremados e preconceitos, apego a ritos e rituais, ânsia de imortalidade, desejo ardente de manter as coisas exatamente como são. Nossa saúde e nossa felicidade dependem em grande parte de nossa habilidade de transformar esses dez grilhões.

1246_628807643815752_245273333_nA mente alerta tem a capacidade de reconhecer os nós interiores quando eles aparecem em nossa consciência. Esses nós interiores se formaram no passado, às vezes foram energias habituais a nós transmitidas por nossos pais e avós. Não precisamos voltar ao passado e cavar nas lembranças, como se faz na psicologia, para descobrir as raízes dessas partes turvas e emaranhadas de nossa mente. A energia da mente alerta é capaz de reconhecer as formações interiores quando elas se manifestam e olhar profundamente para dentro delas, de modo que podemos ver as raízes desses nós emaranhados.

A prática da meditação nos ajuda a ver a interconexão e a interdependência de tudo o que existe. Não há fenômeno, seja ele humano ou material, que possa aparecer por si só e durar por si só. O fato é que uma coisa depende da outra para surgir e durar. Esta é a introspecção da interdependência, às vezes chamada também de inter-ser ou não-eu. Não-eu significa que não há uma entidade permanente separada. Todas as coisas estão em constante mutação. Pai e filho, por exemplo, não são duas realidades separadas. O pai existe no filho, e o filho existe no pai. O filho é a continuação do pai no futuro, e o pai é a continuação do filho no passado da fonte. A felicidade do filho está ligada à felicidade do pai. Se o pai não é feliz, a felicidade do filho não pode ser perfeita. A natureza de todas as coisas é não-eu. Não’ há um eu separado e independente.

No âmbito da psicoterapia, a baixa auto-estima é considerada doença. Na prática da mente alerta, tanto a baixa quanto a alta auto-estima e também a necessidade de julgar-se exatamente igual às outras pessoas também são consideradas doenças ou, como dizemos no budismo, complexos. Todos esses três complexos se baseiam na idéia de um eu separado. Baseiam-se todos no orgulho: orgulho de ser melhor, orgulho de ser pior e orgulho de ser igual. O sofrimento que nasce da raiva, da inveja, do ódio e da vergonha só pode ser completamente transformado quando chegamos à introspecção do não-eu. Este é o fundamento da prática da cura na meditação.

“As razões mais profundas para amar a si mesmo não tem nada a ver com nada fora de você – não com o seu corpo ou com as expectativas que os outros têm de você. Se você entrar em contato com sua própria bondade, nada será capaz de prejudicar a sua auto-estima.” Karmapa

O mestre zen Thuong Chieu, do Vietnã do século XI, disse que, se conhecêssemos o caminho das atividades da mente, a prática

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