Avaliação Psicológica no Contexto da Clínica
Por: CristhineFreire • 26/3/2016 • Trabalho acadêmico • 957 Palavras (4 Páginas) • 448 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
ARYELLEN CRISTHINE FREIRE MATOSO
Avaliação Psicológica no Contexto da Clínica
De acordo com a Cartilha Avaliação Psicológica (2013, p. 13),
“a avaliação psicológica é um processo técnico e científico realizado com pessoas ou grupo de pessoas que, de acordo com cada área do conhecimento, requer metodologias específicas. Ela é dinâmica, e se constitui em fonte de informações de caráter explicativo sobre os fenômenos psicológicos, com a finalidade de subsidiar os trabalhos nos diferentes campos de atuação do psicólogo, dentre eles, saúde, educação, trabalho e outros setores em que ela se fizer necessária. Trata-se de um estudo que requer um planejamento prévio e cuidadoso, de acordo com a demanda e os fins para os quais a avaliação se destina”
Cada avaliação psicológica tem por finalidade formar um diagnóstico compreensivo e um prognóstico do estado geral da pessoa, seja qual for finalidade de cada avaliação. O psicodiagnóstico possibilita enxergar a estrutura e o funcionamento das várias dimensões psicológicas - cognitiva/intelectual, emocional/dinâmica, afetiva e relacional. Caracteriza-se como um procedimento que tem como propósito detectar forças e fraquezas no funcionamento psicológico. É considerado um método científico, pois se origina de um levantamento prévio de hipóteses que podem ser confirmadas ou não com sequencias pré-determinadas e com finalidades precisas. Dessa forma, a avaliação psicológica é dividida em dois momentos - entrevista clínica e avaliação do estado geral da pessoa, onde são utilizados instrumentos psicológicos (Rodrigues, n. d.).
Sabendo-se que a avaliação psicológica é uma prática exclusiva do psicólogo tem-se que o primeiro momento a ser ultrapassado é a definição do que deve ser avaliado. No contexto clínico, a avaliação psicológica está relacionada ao psicodiagnóstico, que de acordo com Cunha (2000), é um processo que tem por fim tornar clara uma determinada situação, classificar por meio de um diagnóstico, descrever um comportamento e/ou direcionar a um tratamento terapêutico, para que isso possa ser feito o psicólogo deve utilizar técnicas e testes psicológicos. Em relação aos instrumentos, vale salientar que mesmo dispondo de técnicas confiáveis e ferramentas válidas - no que diz respeito às propriedades psicométricas - o psicólogo, munido de todo seu conhecimento e experiência profissional, é o melhor instrumento.
Tendo como marca inicial as demandas que aparecem cada vez mais complexas aos consultórios dos psicólogos e a presença destes profissionais em diversos âmbitos da saúde (hospitais gerais, serviços de saúde mental, postos de saúde, etc.), a exigência torna-se maior que um mero estabelecimento de um diagnóstico diferencial, por exemplo. A necessidade é pelo apoio crítico e capaz de envolver o todo da situação imposta, considerando o sujeito no presente e em sua história, no seu âmbito familiar, no contexto em que a avaliação está inserida, resgatando a identidade que torna a psicologia diferente de outras profissões e a capacidade de enxergar a singularidade do indivíduo. Esta capacidade “diagnóstica” não é encontrada nos resultados decorrentes de técnicas e testes escolhidos na avaliação, mas sim na importância que o psicólogo dá a este nos determinados casos (Paranhos & Merg, 2011).
Com isso, Tavares (2003), faz uso do termo validade clínica com o propósito de mostrar que os resultados, ainda que sejam numéricos, das diversas ferramentas têm que apresentar uma adequação ao sujeito particular que passa por avaliação, levando a um significado também particular daquelas informações, mas vai depender da interpretação do psicólogo para que estas impressões possam tomar sentido, forma; ressaltando que o profissional deve ser válido para o que se propõe realizar. Desse modo, juntamente com a ética e a consciência de que deve haver uma humanização do processo, no campo da clínica e nos outros campos, o profissional avaliador deve ser competente na perícia das estratégias eleita por ele, tais como técnicas e testes psicológicos, considerando as vantagens e limitações de cada uma delas e o conhecimento aprofundado das teorias que norteiam estas. Isto possibilita assegurar a qualidade da avaliação psicológica.
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