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Buenos Aires

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Por:   •  20/11/2014  •  Resenha  •  393 Palavras (2 Páginas)  •  355 Visualizações

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FD – No Uruguai, ele tinha uma aliança tácita com os blancos, pois lá acontecia uma guerra civil entre estes, que ocupavam legalmente o poder, e os colorados, que se sublevaram com o apoio de Mitre e as simpatias dos estancieiros do Rio Grande do Sul e, depois, do governo brasileiro. Na Argentina, a centralização do poder nas mãos da elite portenha em 1862 era recente e as oligarquias do interior tinham muito autoridade e resistiam a Buenos Aires. O principal caudilho oposicionista, Justo José de Urquiza, da província de Entre Ríos, estimulou Solano López a resistir a Buenos Aires que, por sua posição geográfica, tradicionalmente era um obstáculo ao acesso paraguaio ao Oceano Atlântico e, portanto, ao comércio com o exterior. Solano López tinha o apoio dos blancos, tinha o apoio de Urquiza, e sabia que o sul do Brasil era fraco e vulnerável militarmente. Ele fez um plano militar brilhante, arriscado mas brilhante, que consistia em uma “guerra relâmpago contra o Brasil e Buenos Aires, mas que deu errado. Afinal, planos brilhantes também dão errado.

RH – Qual foi o plano?

FD – Começar uma guerra contra o Brasil, em um ataque surpresa a Mato Grosso, para garantir a retaguarda paraguaia, o que ocorreu em dezembro de 1864 e, ao ter negada permissão de Mitre para passar com as tropas por território argentino para invadir o Rio Grande do Sul, Solano López invadiu a província de Corrientes em abril de 1865 e o Rio Grande do Sul em junho. Ao que tudo indica, o plano era vencer Mitre e impor uma derrota militar ao Império no Uruguai. Esse plano era exequível, tanto que os paraguaios chegaram até Uruguaiana e ocuparam Corrientes com facilidade. Só não foram além porque, no Rio Grande do Sul, o coronel Estigarribia desobedeceu a ordem de não entrar nas cidades para não perder tempo na marcha. Mas como Uruguaiana era um centro comercial, os paraguaios nela entraram para saqueá-la, dando tempo aos aliados de se organizarem, sitiarem a cidade e, após combate, obterem a rendição de Estigarribia.

RH – E em relação à Argentina?

FD – Solano López pensou em uma guerra relâmpago contra a Argentina e o Brasil. Após ocupar Corrientes, o comandante das forças paraguaias, general Robles, também desobedeceu as instruções de marchar para o sul e manteve-se imóvel, dando tempo de reação por parte dos aliados. Ademais, Urqu

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