Coaching Na Percepção Dos Empresários
Artigos Científicos: Coaching Na Percepção Dos Empresários. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: sophuz • 21/11/2014 • 1.815 Palavras (8 Páginas) • 300 Visualizações
Pode-se dizer que o coaching é mais antigo que a própria humanidade, e já na Bíblia podemos encontrar o episódio que relata a conversa entre Jetro e seu famoso genro, Moisés, onde discutiam sobre a dificuldade de levar o povo de Israel na longa fuga do Egito.
Sócrates, por meio dos diálogos e questionamentos com seus discípulos, já praticava um dos métodos docoaching no V século a.C., demonstrando sua eficácia. Também Platão (428-347 AC), discípulo de Sócrates, é uma influência filosófica para o coaching, através da formulação de perguntas e da escuta ativa, duas ferramentas importantes no coaching. Valorizava o autoconhecimento e o processo através do qual cada pessoa extrai de si própria esse conhecimento.
Outra influência, Aristóteles (384-322), contribuiu para o coaching com a sua teoria da tábua rasa, em que afirma que a pessoa pode chegar a ser o que quiser. Ele diz que a pessoa tem duas naturezas: a {do Ser} e a {do deve ser}. Criando uma ligação com o coaching, entre o estado presente {o que sou} e o estado desejado {o que quero ser}, acrescentando ainda que a única forma de passar de um estado ao outro é através da ação.
Na literatura do coaching podemos encontrar dois nomes que são freqüentemente citados. O primeiro é de Timothy Gallwey, professor de tênis e autor de um livro sobre a prática esportiva como um jogo interior. Ele desenvolveu uma abordagem diferenciada dos outros professores que ficavam berrando e dando instruções aos jogadores. Gallwey baseou seu método no princípio da habilidade inata e entendia que seu papel era o de questionar os atletas a fim de que estes ampliassem suas consciências sobre como jogavam e fizessem os ajustamentos necessários.
O segundo nome é o de Thomas Leonard, contabilista e administrador financeiro que era procurado por clientes não só para tratar dos assuntos financeiros, mas também para discussão de práticas profissionais e planejamento de carreira. Na década de 1990 fundou inicialmente a CoachU e depois a Coachville, instituições dedicadas à divulgação e treinamento de coaches nas mais diversas áreas.
Outra influência relevante foi a John Whitmore que diz que “o coaching consiste em liberar o potencial de uma pessoa para incrementarao máximo o seu desempenho. Consiste em ajudar-lhe a aprender em vez de lhe ensinar”.
A origem da palavra coaching vem do inglês coach, que tem sua origem entre os séculos XV e XVI, na cidade húngara de Kocs, onde surgiram os primeiros coaches que viajavam entre Budapeste e Viena. Conhecidas como as carruagens de Kocs, seu nome foi se transformando na medida em que cruzavam as fronteiras e eram faladas em línguas estrangeiras, mas sua função foi mantida: transportar pessoas de um lugar a outro. Podemos fazer um paralelismo com a atual função do coach, que é transportar uma pessoa de seu estado atual, para o estado desejado, de um nível de consciência para outro. Perguntando para onde querem ir e quais são suas metas, vê qual o melhor caminho e traçam juntos, um plano de ação para chegarem ao destino desejado.
Na Inglaterra, as corridas a cavalo com coaches, conduzidas pelo coachman, tornaram-se a diversão de elite denominada coaching. A primeira vez em que se ouviu falar de coach, no sentido em que hoje conhecemos, o treinador, foi na área de esportes, de quem os atletas (coachees) e as equipes recebem instruções e estratégias.
Definições de coaching
Coaching é um poderoso processo, com início, meio e fim, definido em comum acordo entre o profissional (coach) e o cliente (coachee), de acordo com a meta desejada por este, onde o coach apóia o cliente na busca de realizar metas de curto, médio e longo prazo, através da identificação e uso das próprias competências desenvolvidas, como também do reconhecimento e superação de suas fragilidades.
Segundo Krausz (2007), o coaching parte de alguns pressupostos, entre os quais destacamos:
• As pessoas sabem mais do que acham que sabem.
• As pessoas possuem recursos nem sempre adequadamente aproveitados para elevar sua performance.
• Perguntas adequadas, úteise estimulantes produzem mais resultados do que ordens e comandos.
• Toda falha representa uma oportunidade de aprendizagem.
• Metas desafiantes, porém viáveis, fazem emergir o que de melhor as pessoas possuem.
• Toda aprendizagem é precedida de alguma forma de experimentação.
• Querer é o primeiro passo para o poder e o fazer.
Lembra-nos Whitmore da necessidade de pensar as pessoas não apenas em relação ao desempenho apresentado (algo do passado), mas também do potencial ainda não utilizado (latente). O coaching pode ser entendido também como um catalisador do potencial já existente em cada ser, que precisa ser liberado.
O processo de coaching, quando conduzido adequadamente, provoca mudanças voltadas para si próprio, além da superação pessoal e profissional. Coaching é um processo que contribui para que as pessoas e grupos se transformem, reflitam a respeito da sua visão de mundo, de seus valores e crenças, aprofundem sua aprendizagem, incorporem novas capacidades e habilidades, e expandam sua prontidão para agir de forma coerente e eficaz.
Coach e coachee são parceiros no processo de descoberta das respostas para as dúvidas do coachee, e esse, por sua vez, se dispõe a assumir a responsabilidade de agir de acordo com elas.
O ponto de partida do processo de coaching é o aqui e agora, isto é, onde o coachee se encontra hoje e o que está disposto a fazer para chegar onde deseja no amanhã em termo de ações, investimento na adoção de novas posturas, valores e comportamentos correspondentes que possibilitarão alcançar os objetivos almejados.
O coaching por muitas vezes pode ser confundido com atividades similares como mentoring, aconselhamento, terapia, treinamento, consultoria e ensino. E é útil distinguirmos entre coaching e essas outras atividades.
Mentoring versus coaching: mentoring orientae ensina; é como uma transferência de sabedoria, é o processo pelo qual o individuo aprende com alguém com mais experiência num determinado campo. Já o coaching facilita a aprendizagem e sua potência repousa na capacidade do coach de fazer questionamentos estimuladores e relevantes.
Aconselhamento versus coaching: o aconselhamento está voltado para o bem estar emocional do cliente, onde é trabalhada a desconfortabilidade e insatisfação do cliente
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