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Comportamentalismo

Por:   •  16/10/2015  •  Projeto de pesquisa  •  1.600 Palavras (7 Páginas)  •  355 Visualizações

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Comportamentalismo

1 Contextualização Histórica

  1. A História Oficial

        Comportamentalismo é o estudo que tem como objeto o comportamento. Estudo por meio de observação e experimentação. Nele também é legitimado o uso de animais na experimentação para o reconhecimento no comportamento dos humanos. Outra tese seria de que a ciência do comportamento teria caráter operativo, no sentido que sua meta não se restringe à compreensão, mas envolve também a previsão e controle do comportamento. Decorrente dessa última tese, foi formada a teoria de Skinner, o comportamentalismo radical, que representariam as contribuições mais maduras da escola comportamentalista. Esse pressupostos compõem a formação do comportamentalismo mas há uma discussão sobre quem deu início à esse estudo, Watson ou Skinner, no texto o autor defende que o comportamentalismo teve início com Skinner, já que considera que ele tem uma versão mais madura, em que essa psicologia é continua e foi incrementada e superada pelas anteriores, sendo então uma história de sucesso, em que a mudança seria sempre para melhor. Sendo isenta de ambiguidades e contradições.

  1. Histórias Não Oficiais do Comportamentalismo

        No texto é dado um exemplo de histórias alternativas que é encontrado em Chiesa (1994), ligada a filosofia, essa autora exclui Skinner da história do comportamentalismo, dizendo que Skinner se afastaria do modelo de explicação comprometido com o mecanicismo, na medida em que adota um modo de explicação do comportamento que descreve redes de interdependência funcional entre eventos (filogenética, ontogenética e cultural). Já Abib(2014) argumenta que, a história do comportalismo começa com Skinner e não com Watson, semelhante a história apresentada pelo autor deste texto. Para Abib, apenas a teoria de Skinner ofereceria elementos para que a explicação dos fenômenos não ultrapasse os limites do campo das relações, homens e mundo. Fenômenos tradicionalmente considerados mentais como sentimentos, emoções, pensamento, volição, etc. A teoria de Skinner é atravessada por diferentes matrizes filosóficas, sendo algumas delas até incompatíveis entre si, no texto é dado exemplos como, há elementos da teoria skinneriana que a aproximam do mecanicismo, empirismo, positivismo e determinismo. Dessa perspectiva, a história de um comportamentalismo sendo contemporâneo começaria com Skinner, mais especificamente com suas preposições solidarias ao pragmatismo e ao darwinismo. Ressaltando o pragmatismo, o autor cita uma frase de skinner, “homens agem no mundo, modificam-no e são modificados, por sua vez, pelas consequências de suas ações” demostrando que essa tendência é sobre a ação, e não sobre a reação.

  1. Pressupostos Ontológicos

        A ontologia defendida pelas filosofia aparece no papel dado a mudança, que deixa de ser considerada como mero desvio ou erro em relação a uma essência imutável, para se tornar parte irredutível da natureza. James apresentava uma crítica à odontologia essencialista, defendia que essa consiste em discussões estéreis, inúteis para a filosofia. Mas também, ele era a favor do pluralismo como odontologia alternativa, que essa tinha como fator, o mundo não deve ser visto como uma unidade fechada e acabada, mas sim como um processo aberto sujeito a mudanças de direção, a interrupções e desvios. Mostrando que a mudança sempre está presente no mundo. O autor do texto apresenta o que o pluralismo tem papel no comportamentalismo, dizendo que o comportamento tem características de um mundo pluralista. Dando o exemplo das palavras de Skinner, que o pluralismo não é uma coisa, mas um processo, é mutável, fluido e evanescente, sendo então, uma natureza processual. E a ciência do comportamento está interessada em compreender, prever e, principalmente, mudar os padrões regulares observados no fluxo comportamental. O abandono do essencialismo no comportamentalismo radical só ocorre com o conceito de contingencia, contingencias responsáveis pela constituição e manutenção de certos padrões. Isso quer dizer, para explicar por que o individuo se comporta como se comporta é preciso olhar sua relação com o mundo.

  1. Implicações de uma odontologia não essencialista

         Em primeiro lugar, não há nada de imutável nas relações comportamentais. O fluxo comportamental não é pré-determinado por uma casa inicial, ou essência (personalidade), ou por uma meta (plano). Essas são coisas adquiridas ao longo do processo da vida, tendências a agir assim, historias, cultura, características do próprio indivíduo. Todas essas sendo contingências, então, mutáveis. Em segundo lugar, o comportamentalismo radical, não tem uma concepção estritamente determinista. Nesse contexto determinismo é entendido como a concepção que defende relações comportamentais completamente regulares e previsíveis. Nesse contexto, a proposta skinneriana ajusta-se facilmente ao determinismo. No entanto, Skinner abandona o reflexo como central em sua teoria, e o substitui pela noção de operante e, mais tarde, pela noção de seleção pelas consequências.

  1. Pressupostos Epistemológicos e Metodológicos

A ciência do comportamento desenvolve uma epistemologia pragmatista-selecionista. Em uma concepção comportamentalista, à semelhança da origem de novas espécies, novos comportamentos surgem no repertorio dos indivíduos por meio da seleção de variações que acontecem no âmbito das relações entre indivíduo e o mundo. Consequentemente, a compreensão do modelo de explicação do comportamento demanda alguns esclarecimentos da teoria darwinista.

  1. Sobre o Processo de Variação

        Proposta transdisciplinar de Skinner sobre os processos de variação e seleção. Ele emprega a expressão seleção pelas consequências, que alude à interpretação darwinista da seleção de variações. Skinner aceitou que as variações do comportamentos ocorrem ao acaso. Com isso, o comportamentalismo subscreve a ideia de que as variações que acontecem no comportamento dos organismos não são reguladas por um princípio divino ou mental. Ela não segue um plano. Skinner diz que as variações não são acompanhadas das variações no mundo. As mudanças no comportamento não se dão para atingir um certo fim, ou meta.

  1. Sobre o Processo de Seleção

        São os processos seletivos que criam a regularidade das variações e mudanças. No comportamento, o processo de seleção pelas consequências é complexo, pois envolve diferentes tipos de consequências, que operam em níveis de história, com produtos distintos e inter-relacionados. O primeiro nível seletivo do comportamento humano é a filogênese, na seleção natural. Caso onde a consequência é a sobrevivência de indivíduos que apresentam traço fenotípico especifico. Esses traços vão desde a sensibilidade a certas propriedades do ambiente, até ações inatas como reflexo e instintos. O segundo nível seletivo é a história individual, ontogênese. A história faz parte dos produtos individuais. Nesse nível a consequência é o elemento reforçador que aumenta a probabilidade de ações acontecerem, como reforçamento positivo ou reforçamento negativo. O terceiro nível é a história da cultura, como o sujeito vive, grupo, classe social. Esses três se completando e se auxiliando na formação do indivíduo.

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