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Comunicação

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Por:   •  25/1/2013  •  Seminário  •  2.681 Palavras (11 Páginas)  •  552 Visualizações

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Nas condições atuais do século XXI a presença de um líder pode fazer toda a diferença dentro das organizações. De acordo com Robbins os conceitos de liderança e administração são diferentes, o primeiro diz respeito ao enfrentamento à complexidade, já o segundo refere-se à capacidade de enfrentamento da mudança; os lideres estabelecem direções por meio da visão de futuro e engajam as pessoas comunicando-lhes essa visão e inspirando-lhes a superar obstáculos. Vale dizer que nem todos os líderes são administradores e nem todos os executivos são líderes e que as organizações precisam de liderança forte e administração forte para atingir sua eficácia ótima. O autor define liderança como a capacidade de influenciar um grupo para obter metas, a origem dessa influência pode ser formal – conferida por um alto cargo na organização –, e sancionada que se refere à liderança que emerge fora da estrutura da organização, geralmente esta é tão importante quanto à influência formal ou, até mais.

Para diferenciar os líderes dos não líderes com base em suas características pessoais surgiu há muito tempo a teoria dos traços. Pesquisadores começaram a organizar os traços com base no modelo Big Five de personalidade, o que ficou claro é que a maioria dos vários traços identificados nas pesquisas podia ser incluída em cada uma das dimensões daquele modelo. Com base nas últimas descobertas pode-se chegar a duas conclusões, a primeira remete ao fato de que traços podem indicar a liderança, a segunda conclusão é que os traços funcionam melhor para prever o surgimento da liderança do que para distinguir líderes eficazes e ineficazes. Nos primeiros estudos sobre a teoria dos traços houve falhas fato que levou os pesquisadores a seguir outros caminhos, a partir daí esses analisaram o comportamento exibido por certos lideres. É aí que surge a teoria comportamental que diferentemente da teoria dos traços - que acreditava que os líderes nasciam com suas características de liderança – pressupõe que se existissem comportamentos específicos que identifiquem os líderes, a liderança poderia ser ensinada.

A primeira pesquisa realizada no final dos anos 40 na Universidade Estadual de Ohio buscou identificar dimensões independentes do comportamento do líder. Chegaram a duas categorias que chamaram de estrutura de iniciação e consideração. Para eles o líder deve ser capaz de definir e estruturar o seu próprio papel e dos funcionários a fim de alcançar objetivos e, além disso, devem manter relacionamentos de trabalho caracterizados por confiança mútua, respeito às idéias dos funcionários e cuidado com os sentimentos deles. Pesquisas baseadas nessas definições indicam que líderes com alto grau de estruturação e consideração costumam obter altos índices de desempenho e satisfação dos funcionários, mas nem sempre esses têm resultados positivos. Estudos sobre liderança realizados na Universidade de Michigan, contemporâneos àqueles de Ohio, buscaram também identificar características comportamentais que estariam relacionadas com o desempenho eficaz dos líderes, esses estudos chegaram a duas dimensões do comportamento, que foram chamadas de orientação para os funcionários – enfoque das relações interpessoais –, e os orientados para a produção que se preocupavam com os aspectos técnicos e práticos do trabalho. As conclusões a que chegaram os pesquisadores foram favoráveis ao comportamento dos líderes direcionados aos funcionários, visto que esse tipo de liderança estava associada a uma maior produtividade e a mais satisfação com o trabalho.

Baseados nos estilos bidimensionais estudados em Ohio e Michigan, Blake e Mouton propuseram o chamado Grid Gerencial, este possui nove posições possíveis ao longo de cada eixo, nas quais se pode colocar o estilo de liderança. Assim descobriu-se que os executivos têm melhor desempenho em um estilo 9,9, contudo, o estudo não apresenta qualquer informação considerável para o esclarecimento da questão da liderança. Pesquisadores da Finlândia e da Suécia acreditando que os estudos anteriores não conseguiam captar a realidade atual, pois, estes foram realizados entre 1940 e 1960; começaram a reavaliar se existem mesmo somente duas dimensões para o comportamento dos líderes. Partiram da premissa de que os líderes eficazes devem exibir comportamento voltado para o desenvolvimento considerando a realidade dinâmica dos dias atuais, para isso os pesquisadores conduziram novos estudos para descobrir uma terceira dimensão (a orientação para o desenvolvimento), tudo indica que líderes que apresentam tal comportamento contam com funcionários mais satisfeitos e são vistos como mais competentes.

As teorias comportamentais obtiveram um resultado modesto, no entanto verificou-se a necessidade de uma maior preocupação com os fatores situacionais que influenciam o sucesso ou o fracasso. É neste momento que surgem as teorias das contingências que buscavam a identificação das variáveis situacionais. O primeiro modelo contingencial foi desenvolvido por Fred Fiedler, esse propõe que a eficácia do grupo depende da adequação entre o estilo do líder e o grau de controle que a situação lhe proporciona. Para isso Fiedler elaborou o questionário do colega menos preferido (LPC). Seu objetivo era avaliar se a pessoa era orientada para as tarefas ou para os relacionamentos, depois de ser avaliada seria necessário adequar a pessoa à situação. Vale ressaltar que para Fiedler o estilo de liderança de uma pessoa é fixo: ou a situação terá de ser alterada ou o líder substituído para que se possa obter eficácia ótima, para tal define os fatores situacionais básicos que determinam a eficácia de um líder. São elas: a relação entre líder e liderados, o grau de estrutura da tarefa e o poder da posição (influência). Recentemente, Fiedler e um colega, Joe Garcia, reconceitualizaram a teoria original. Eles se concentraram no papel do estresse como forma de desvantagem situacional e como a inteligência e a experiência de um líder influenciam a sua reação de estresse. Deram o nome de teoria do recurso cognitivo. Para eles em situações de alta tensão e baixa tensão, indivíduos mais brilhantes e mais experientes, respectivamente, têm um desempenho de liderança pior do que aqueles menos brilhantes e menos experientes.

Paul Hersey e Ken Blanchard desenvolveram um modelo de liderança chamado teoria da liderança situacional, esta é uma teoria contingencial que centra seu foco sobre os liderados, para eles, independentemente do que o líder fizer, a eficácia dependerá das ações de seus liderados. No entanto, os esforços feitos para testar e corroborar essa teoria foram, de modo geral, decepcionantes.

Por causa das pressões do tempo, os líderes estabelecem um relacionamento

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