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Conceito de teoria psicanalítica

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Por:   •  9/9/2014  •  Artigo  •  1.503 Palavras (7 Páginas)  •  345 Visualizações

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É o conceito central da teoria psicanalítica. “Para Freud, a consideração de que existem processos psicológicos inconscientes determinando a vida psíquica é o fator diferencial que funda a sua psicologia” (Fedato & Fulgencio).

Inconsciente é o conteúdo psíquico ausente, em dado momento, de nossa consciência.

Conteúdos psíquicos são os fenômenos que se manifestam em nossa psique, ou seja, nossa mente. São os pensamentos, sentimentos, desejos, fantasias, símbolos, sonhos, ideias , imagens, lembranças, sentimentos, emoções, paixões, medos, lembranças, vontades, opiniões.

Entre os conteúdos inconscientes se encontram acontecimentos do passado, fatos imaginados, cenas presenciadas na primeira infância, acontecimentos presenciados não percebidos pela consciência, lembranças recalcadas, entre outros.

Os conteúdos inconscientes são aqueles que se encontram ausentes de nossa consciência. Enfim, tudo o que se passa em nossa mente, mas não percebemos sua existência com nosso pensamento consciente.

Estudando doenças mentais, Freud concluiu que o comportamento de pacientes com distúrbios psicológicos é fortemente influenciado por representações inconscientes. E, também percebe que todas as pessoas têm uma intensa vida psíquica inconsciente. Conforme a Psicanálise, o inconsciente influencia fortemente a nossa vida, nosso pensamento e nosso comportamento, chegando a determinar escolhas, comportamentos, opiniões e gestos.

Freud chegou ao inconsciente, primeiramente, através dos sonhos. Atos falhos (por exemplo, palavras ditas sem a intenção de dizê-las), e lapsos (falhas) de memória, também são caminhos que Freud encontrou pra chegar ao inconsciente. Quando alguém fala uma palavra diferente da palavra que foi escolhida pela sua consciência, essa palavra pode soar estranha ou mesmo ofensiva para quem escuta. Parece um erro sem sentido. Freud acredita que nesse tipo de falha há uma manifestação inconsciente, afetada pelos desejos.

Também a memória e as lembranças são exemplos de como processos inconscientes se manifestam em nossa psique.

Pulsão

Pulsão, na Psicanálise, refere-se à força que move a psique em uma determinada direção e sentido. É como um impulso. Essa força origina-se no próprio corpo. Conforme Freud, a pulsão é “um conceito situado na fronteira entre o mental e o somático, como representante psíquico dos estímulos que se originam dentro do organismo e alcançam a mente” (FREUD, A Pulsão e suas Vicissitudes). Somático significa físico, corporal, biológico, orgânico.

A pulsão pode ser entendida, portanto, como uma energia originada no próprio corpo, em um órgão ou parte do corpo (chamado de fonte), e que se dirige à nossa psique. A pulsão não pode ser identificada diretamente, mas apenas através de seus representantes psíquicos, que podem ser ideias ou afetos.

Apesar de ter origem orgânica, o conceito de pulsão não pode ser reduzido à idéia de instinto, pois, para Freud, a palavra instinto se refere a um comportamento hereditário, adaptado ao seu fim, como a fome, por exemplo.

A pulsão busca a satisfação, pois seu princípio é o prazer. Como força e impulso, a pulsão obriga o trabalho da psique. Portanto, é a pulsão que constitui e direciona o desenvolvimento de nossa psique.

Há diferentes pulsões. Inicialmente, Freud identificou as pulsões de natureza sexual, chamadas de libido, que é a força que busca o prazer. Posteriormente, outros tipos de pulsão foram nomeados, como a pulsão do ego, que é a tendência à autopreservação. E, na sua segunda teoria da pulsão, Freud compreende dois tipos básicos de pulsão: a pulsão de vida, chamada de Eros, e a pulsão de morte, chamada de Thanatos, que busca o estado de pura quietude e inatividade, designado também como nirvana.

Eros designa os impulsos que tendem para a vida, o prazer, o amor, a amizade e a sexualidade, incluindo os impulsos para a organização, união, criação e construção. Thanatos designa as tendências para a supressão das necessidades, angústias e desejos, ou seja, a tendência para a inatividade e para a morte, incluindo os impulsos de destruição e desagregação.

É na relação conflituosa entre essas duas forças que se desenvolve nossa vida psíquica. É importante, então, considerar o indivíduo como um “sujeito psíquico que se move a partir do balé pulsional entre Eros e Thanatos, que busca a vida e busca a morte, o desvario da libido e a paralisação do nirvana. Entre uma coisa e outra, habita o que entendemos enquanto sujeito psíquico, enquanto aquele que deseja e atua, que ama e odeia, constrói e destrói. Talvez possamos pensar que o equilíbrio dessas forças seja nossa meta” (DESCHAMPS).

Introdução às duas Tópicas Freudianas

Freud concebeu duas grandes teorias sobre a organização do aparelho psíquico. A expressão aparelho psíquico se refere à noção de que a psique pode ser compreendida como uma organização de diferentes sistemas. Conforme essa noção freudiana, a mente é dividida em instâncias ou partes diferentes, cada uma com uma função própria.

Primeira Tópica

A primeira teoria é chamada de primeira tópica, e foi elaborada a partir de 1900, sendo desenvolvida até aproximadamente 1915. A palavra tópica faz referência a lugar. A primeira tópica concebe a psique humana dividida em três lugares diferentes, ou seja, três partes, cada uma com seu próprio espaço na psique humana. Vamos entender bem que, nesse caso, partes, lugares e espaços são virtuais, isto é, não têm correspondência com partes do cérebro, são como partes da mente, sistemas mentais com uma certa independência, apesar de relacionarem-se entre si.

Na primeira tópica essas partes, ou sistemas, são o inconsciente, o pré-consciente (subconsciente) e o consciente.

Atenção para o fato de que, nessa primeira teoria, o inconsciente é compreendido como um lugar, um sistema, uma instância ou uma parte da mente! Os conteúdos do inconsciente são pulsionais e o inconsciente, na primeira tópica, é o depositório dos desejos e das vontades. Inconsciente, na primeira tópica, é o lugar das pulsões e dos desejos.

O consciente não tem acesso a um conteúdo do inconsciente a não ser através do préconsciente

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