Concepção de Infância Roma Antiga
Por: yaneder • 30/9/2016 • Trabalho acadêmico • 392 Palavras (2 Páginas) • 846 Visualizações
Concepção de Infância na Roma Antiga
Quando se estudar o tema infância na Roma Antiga, observa-se que o nascimento de uma criança não era apenas um fato biológico, mas também um fato de aceitação paterna. Isso porque quando o pai elevava a criança do chão o mesmo estava aceitando criá-la, sendo este um ato de adoção. Durante este período da história a contracepção, o aborto, o abandono e a morte de crianças eram atitudes corriqueiras e consideradas legítimas, sendo que estes abandonados raramente sobreviviam.
A infância passa a ser reconhecida, a partir do discurso cristão do “culto ao menino Jesus” e do “massacre dos inocentes” praticado por Herodes. Passa então a se difundir a idéia de que a criança é um mediador do céu e da terra, e que destes vêm falas de sabedoria. Foi neste cenário, que se emerge o sentimento de infância.
Mesmo tendo absorvido a cultura grega, os romanos parecem ter superado os gregos na atenção dada à infância especialmente na escola e na arte. Isto é tão real que no ano de 374 da era cristã, criaram a primeira lei conhecida proibindo o infanticídio, mesmo que este crime ainda ocorria de forma escondida.
Quintiliano, professor e educador romano, defendia uma educação diferenciada para os jovens. Isto contribuiu para se pensar na especificidade desse público e em uma educação própria. Ele proferia duras críticas aqueles que não se portavam com pudor e de forma desavergonhada diante de crianças nobres. A questão é que sem uma noção bem desenvolvida de vergonha a infância não podia existir.
Muitos artistas, intelectuais, pensadores e educadores romanos estavam além de sua geração. Contudo, nem todos tiveram essa mesma atenção, proteção e cuidados com a infância. Porem, há de se reconhecer que os romanos tiveram um sentimento de infância diferenciado. Eles tinham uma idéia de infância, como pessoas necessitadas de proteção e atenção especiais. Mas com o fim do Império Romano essas idéias inovadoras de crianças parecem também ter morrido.
REFERÊNCIAS
VEYNE, Paul. O Império Romano. In: História da Vida Privada. v. 1. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. p. 19 – 43.
ÁRIES, Philippe. História social da criança e da família. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1981.
HEYWOOD, Colin. Uma história da infância. Porto Alegre: Artmed, 2004. p. 21-47.
POSTMAN, Neil. O desaparecimento da Infância. Tradução: Suzana Menescal de A. Carvalho e José Laurenio de Melo. Rio de Janeiro: GRAPHIA, 1999.
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