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Contribuições Da Psicanálise Para A Educação

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Por:   •  27/3/2014  •  3.476 Palavras (14 Páginas)  •  618 Visualizações

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Resumo

Este artigo apresenta uma discussão das contribuições da Psicanálise para a educação,que se dá através do estudo do funcionamento do psíquico e dos processos mentais, onde ocorre a aprendizagem, do estudo dos vários tipos de formas de pensamento, da aprendizagem através dos processos de identificação e de transferência que ocorrem na relação professor e aluno.

Os estudos psicanalíticos devem direcionar-se mais a ajudar o educador na tarefa de educar, missão quase impossível de ser realizada com sucesso pleno, O educador precisa ajudar o aluno a buscar o seu equilíbrio na construção do eu(ego) para que a aprendizagem possa ocorrer de forma eficaz e contínua.Iremos abordar alguns pensadores e suas teorias,bem como algumas formas de textos incluídos na psicanálise.

Introdução

"Nenhuma das aplicações da psicanálise excitou tanto interesse e despertou tantas esperanças (...) quanto seu emprego na teoria e na prática da educação"

(Freud, 1925).

A psicanálise é constituída de duas partes: As teorias sobre o funcionamento humano em termos psicológicos, e as técnicas de tratamento. Da mesma forma que a anatomia e a fisiologia, conhecimentos fundamentais, dão uma base sólida a todas aquelas especialidades acima mencionadas, o conhecimento psicanalítico também fornece fundamentos para uma série de atividades, tais como a educação, a psicologia (individual e social), agora a psicopedagoga, etc. Vamos demonstrar as relações entre psicanálise e educação, possíveis elementos que ultrapassem a psicologização dos problemas educacionais essencialmente de origem social, política e econômica. Entretanto, não se descarta o aspecto frutífero desta relação, que pode ser a utilização da hermenêutica psicanalítica aliada à crítica dialética da cultura. Ao nos apropriamos de uma leitura frankfurtiana do pensamento de Freud, procuramos mostrar a importância da psicanálise para a reflexão sobre a produção do conhecimento, sobre a relação professor-aluno e para a denúncia de posturas pedagógicas meramente adaptativas e não emancipa tórias. Se a ambigüidade da formação cultural, e, em sentido estrito, da educação, não pode ser eliminada simplesmente com um esclarecimento terminológico, é tarefa de a Teoria Crítica contrapor os conceitos à realidade. Portanto, formação cultural é a negação do que vivenciamos até então: semiformação socializada (Halbbildung) possível de ser apreendida na educação por meio de parâmetros pedagógicos que não têm aprofundado sua reflexão sobre a cultura e a teoria do conhecimento, sobre a democratização do ensino, a indústria cultural e os processos inconscientes existentes na relação escola-sociedade.

Referencial teórico

A obra de Sigmund Freud, centrada inicialmente na terapia de doenças emocionais, também veio contribuir em muito na área social e na pedagogia, pois o ato de educar está intimamente relacionado com o desenvolvimento humano, especialmente do aparelho psíquico.

Através das reflexões feitas pelo psicanalista, podemos entender melhor enquanto educadores, como se processa em nossos educando o desenvolvimento emocional e mental, pois o ser humano constitui-se como um todo, razão e emoção.

As maiores contribuições da Psicanálise com a educação em geral se dão através do estudo do funcionamento do aparelho psíquico e dos processos mentais, onde ocorre a aprendizagem, do estudo dos vários tipos de pensamento, da aprendizagem através dos processos de identificação e dos processos de transferência que ocorrem na relação professor- aluno.

Segundo Freud, os estudos psicanalíticos devem direcionar-se mais a auxiliar o educador na difícil tarefa de educar, missão quase impossível de ser realizada plenamente, pois o ser humano vive numa constante luta entre suas forças internas, regidas pelo princípio do prazer (id) e as forças externas que impõem juízos de valor (superego) sobre esses desejos. O educador precisa ajudar o educando a buscar esse equilíbrio na construção do eu (ego) para que a aprendizagem possa ocorrer de forma eficaz.

Revelando que o ser humano possui vários tipos de pensamento (prático, cogitativo e crítico), o estudo freudiano lembra a importância que tem a escola poder proporcionar o desenvolvimento de todas as suas dimensões, alargando assim a capacidade do sujeito buscar alternativo por si próprio e desenvolva o prazer de aprender.

Uma grande contribuição diz respeito à aprendizagem por identificação, pois mostra que através de modelos de pessoas que lhes foram significativas o ser humano motiva-se no sentido de equiparar a elas sua auto-imagem.

A teoria de Freud destaca a importância da relação professor-aluno. É necessário que o professor saiba sintonizar-se emocionalmente com seus alunos, pois depende muito desse relacionamento, dessa empatia, estabelecer um clima favorável à aprendizagem. Os estudos psicanalíticos revelam que o ser humano transfere situações vivenciadas anteriormente, bem como demonstra resistências a experiências uma vez reprimidas.

As teorias de Freud podem ser aplicadas ainda hoje na educação. Cada vez mais é preciso revê-las para entender como se processa o desenvolvimento do aluno tanto emocional quanto mental. Ainda temos uma educação que infelizmente trata os alunos como iguais, usando metodologias que ignoram as diferenças e o professores muitas vezes não conseguem analisar mais profundamente os porquês de determinados fracassos escolares, que certamente estão ligados a problemas emocionais ou a metodologias equivocadas que não respeitam a forma de construção do pensamento e as etapas evolutivas dos educando.

Eric Hobsbawn, historiador inglês do século XX, escreve que

"A destruição do passado ? ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experiência pessoal à das gerações passadas ? é um dos fenômenos mais característicos e lúgubres do final do século XX. Quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínua, sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem. Por isso os historiadores, cujo ofício é lembrar o que os outros esquecem, tornam-se mais importantes que nunca no fim do milênio. Por esse motivo, porém, eles têm de ser mais que simples cronistas, memorialistas e compiladores."(HOBSBAWN:1995,13)

A citação de Hobsbawn nos alerta para os significados da História e da construção sócio-cultural deste significado, já que cada época pode rediscutir,

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