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Crianças Com Dificuldade De Aprendizagem: Um Estudo De Seguimento, De Luciana Carla Dos Santos E Edna Maria Marturano

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Por:   •  5/6/2013  •  478 Palavras (2 Páginas)  •  960 Visualizações

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O texto mostra um trabalho que teve como objetivo verificar como se encontram, quanto a condições adaptativas, ex-clientes de uma clínica-escola de Psicologia que foram atendidos por dificuldades de aprendizagem e receberam alta clínica. Para alcançar o objetivo, usou-se o estudo de seguimento, em que a situação pessoal do adolescente é relacionada com variáveis ambientais e características pessoais, relatadas na ocasião do atendimento e no seguimento.

A avaliação clínica dos adolescentes, no seguimento, mostrou que pelo menos um em cada cinco apresentava problemas adaptativos sérios, requerendo ajuda especializada.

Somando-se à condição antecedente de maior vulnerabilidade pessoal na meninice, os adolescentes mais prejudicados parecem ter sofrido maior acúmulo de adversidade familiar naquela época. Algumas condições se repetem nos dois momentos, sugerindo estabilidade em fatores negativos como adversidade crônica e problemas de relacionamento pais-criança. Sendo o contexto familiar a principal fonte externa de recursos de que a criança dispõe para lidar com a adversidade, pode-se supor que a sobrecarga de situações adversas tenha tomado menos potente o suporte oferecido pela família.

Uma variável que merece atenção especial no seguimento é a relacionada às dificuldades de relacionamento pais-filhos, que neste período da adolescência tem uma implicação ainda maior no ajustamento do adolescente. As dificuldades de relacionamento pais-filhos reforçam nos filhos a busca de companheiros que nem sempre são adequados.

Enquanto as características pessoais e familiares vinculadas às relações interpessoais parecem estáveis, diferenciando os grupos desde a meninice, as diferenças na esfera da escolaridade só aparecem no seguimento, afetando tanto os adolescentes como suas famílias. No momento atual, em relação à escolaridade, não só as dificuldades familiares e pessoais do grupo mais vulnerável são maiores, como também seus recursos são mais reduzidos. As crianças com menos dificuldades pessoais/familiares puderam superar a dificuldade escolar precoce, ao passo que, naquelas com maiores dificuldades, os problemas escolares persistiam.

Esse fato parece claro ao observar os resultados do grupo mais vulnerável, onde a família, tanto no início como no seguimento, apresentou maiores dificuldades ligadas ao relacionamento pais-filhos, ficando difícil proporcionar o desenvolvimento destes sentimentos nos filhos. Estes dados parecem ainda diretamente ligados ao fato de as famílias deste grupo, desde o início, apresentarem um maior número de adversidades. Diferentes situações de stress interferem sobre as práticas educativas dos pais, fazendo com que estes se tornem menos afetivas, parecendo ter efeitos diretos no ajustamento dos filhos.

Outro item com diferenças significativas observadas entre os grupos foram o incentivo da mão/pai para o filho ser independente e a prática de os pais conversarem conjuntamente com seus filhos. Estes itens também parecem diretamente ligados a formas de práticas educativas. Práticas educativas assertivas são aquelas que respeitam as novas necessidades do adolescente, colocam limites claros, deixam que os filhos participem das decisões da família e comunicam a estes o porque de suas atitudes, ou seja, uma prática com autoridade e não autoritária ou permissiva. Pais que usam de práticas mais

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