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Cultura Religiosa

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Por:   •  16/5/2013  •  544 Palavras (3 Páginas)  •  898 Visualizações

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A agricultura e os cultos de fertilidade

Ritos Agrários - A agricultura revela de maneira mais dramática o mistério da regeneração vegetal. Para o homem “primitivo”, a agricultura, como toda atividade essencial, não é uma simples técnica profana, a agricultura é primordialmente, um ritual.

O lavrador não se empenha só nas zonas “sagradas” (a gleba fecunda, as forças ativas nas sementes, nos rebentos, nas flores), mas também se integra e é comandado por um conjunto temporal, pela ronda das estações.

Nada morre realmente, tudo se reintegra na matéria primordial, tudo repousa na expectativa de uma nova primavera.

O trabalho agrícola é um rito, não só porque se processa sobre o corpo da Terra-Mãe e desencadeia as forças sagradas da vegetação, mas também porque implica a integração do agricultor em certos períodos de tempo benignos ou nocivos.

Mulher, sexualidade, agricultura – As camponesas finesas levam as sementes para o campo na camisa menstrual, no sapato de uma prostituta ou nas meias de um filho bastardo, aumentando a fecundidade das sementes pelo contato com objetos usados por pessoas marcadas por uma forte nota erótica.

A mulher exerce mais influência para fecundidade vegetal.

Oferendas agrárias – O trabalho agrícola revela-se, em si mesmo, um ritual, só se pode começar um trabalho agrícola em estado de pureza ritual.

Os primeiros grãos não são semeados, mas lançados para fora do sulco arado, oferecidos aos diferentes gênios (os mortos, os ventos, a "deusa do trigo”, etc.); da mesma forma, na ceifa, as primeiras espigas ficam no campo para os pássaros, ou para os anjos, para as “três virgens”, para a mãe do trigo”, etc. Entre os fineses e os alemães sacrificam-se ovelhas, cordeiros, gatos, cães.

Esses sacrifícios tem a finalidade de garantir uma boa colheita.

“Poder” da colheita – Os rituais, simples ou processados em representações dramáticas densas, têm por finalidade estabelecer relações favoráveis entre o homem e estes “poderes” e assegurar a sua regeneração periódica.

Na Estônia e na Finlândia – nunca se esvazia completamente a arca onde de guarda o trigo e que os camponeses despejam um pouco de água no poço quando a tiram, para que o poço não seque. As espigas não ceifadas tornam possível que a vegetação e a gleba conservem a sua força. Este costume – derivado da concepção fundamental do “poder” que se consuma, mas nunca completamente, refazendo-se em seguida pela sua própria magia – foi interpretado mais tarde como uma oferenda ás personificações míticas das forças da vegetação e aos diferentes espíritos concebidos em relação direta ou indireta com ela.

Para os fineses e os estonianos, o primeiro feixe – que é levado com grande pompa à prioridade – traz a benção para toda a casa, protege-a das doenças, do raio, etc., como também protege a colheita contra os ratos.

Na Estônia, o primeiro feixe de trigo tem poderes proféticos: lançando as espigas segundo certo cerimonial, as jovens ficam sabendo qual será a primeira a casar. Pelo contrario, na Escócia, é aquele que ceifa a ultima gavela - chamada “a jovem” – que se casa no decurso do ano, e é por isso que os ceifeiros

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