DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS SOCIAIS NOS ADOLESCENTES
Trabalho Escolar: DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS SOCIAIS NOS ADOLESCENTES. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: ibsauer • 25/9/2014 • 1.164 Palavras (5 Páginas) • 1.176 Visualizações
DESENVOLVIMENTO DO ADOLESCENTE NOS ASPECTOS: BIOLÓGICO, PSICOLÓGICO E SOCIAL.
Nas sociedades industriais modernas, a passagem para a idade adulta geralmente é menos abrupta e menos claramente marcada. Ao contrário disso, essas sociedades reconhecem um longo período de transição conhecido como adolescência, uma transição no desenvolvimento entre a infância e a idade adulta que envolve grandes mudanças físicas, cognitivas e psicossociais inter-relacionadas.A adolescência dura aproximadamente 10 anos, dos 11 ou 12 anos até pouco antes ou depois dos 20 anos. Seu ponto de início ou de término não é claramente definido (Papalia, 2006).
Segundo Papalia e Olds (2000), a puberdade tem inicio quando genes aliciam a glândula pituitária, que fica na base do cérebro, a enviar mensagens para as gônadas aumentarem a produção de hormônios sexuais. Como consequência disso, nos meninos os testículos aumentam a produção de andrógenos, principalmente testosterona, os quais estimulam o crescimento dos genitais e dos pelos corporais masculinos e nas meninas os ovários aumentam abruptamente a produção do hormônio feminino estrogênio, o qual estimula o crescimento dos genitais femininos e o desenvolvimento dos seios.
De acordo com Papalia e Olds, (2000) meninos e meninas têm ambos os tipos de hormônios, mas as meninas têm níveis mais altos de estrogênio e os meninos níveis mais altos de andrógenos. Apesar de haver semelhanças hormonais nos meninos e nas meninas, modificada apenas a quantidade de cada hormônio, existe uma diferença do inicio da puberdade em cada sexo. Nas meninas esse processo começa aproximadamente de três a quatro anos antes do que nos meninos, isto é, enquanto as meninas iniciam a puberdade aos oito ou dez anos de idade, e finalizam aos dezesseis anos, os meninos iniciam aos onze ou doze anos, e finalizam aos dezoito anos.
Para Tobin e Cols (Apud Papalia e Olds, 2000) as mudanças físicas que ocorrem nos adolescentes incluem desenvolvimento de pelos pubianos e voz mais grave (meninos), crescimento muscular, crescimento dos seios (meninas), maturação dos órgãos reprodutivos, início da produção de espermatozoides nos meninos, inicio da menstruação nas meninas e aumento rápido do peso e da altura em ambos os sexos.
No período de adolescência, as transformações a nível intelectual são de extrema importância. É nesta altura que a inteligência toma a sua forma final com o pensamento abstrato ou formal que, segundo Piaget (1949), ocorre entre os 11-12 anos e os 14-15 anos. Estas modificações podem influenciar no entendimento das regras.
A transformação do pensamento do adolescente permite-lhe uma grande capacidade de abstração, o que faz com que ele aumente a sua capacidade de atenção para determinados objetos. Consegue, agora, refletir sobre si mesmo e o abstrato ocupa a maior parte do espaço do pensamento. Desenvolve, igualmente, a orientação no espaço, delineando formas e áreas e das suas posições relativas com o aumento da capacidade visual. Concomitantemente acrescenta-se o aumento da capacidade de inferir, generalizar, classificar, extrapolar, abstrair e deduzir. Nasce assim o mundo interior, no sentido da introspecção, do aprofundamento e da meditação. É graças a ele que se articula, no plano da consciência, uma busca da identidade que prossegue toda a adolescência. Este processo vai depender da sensibilidade, da afetividade, das experiências de cada um, da cultura e do meio e não apenas da inteligência (Reymond, 1983).
Para Aberastury e Knobel, a adolescência não deve ser vista apenas como uma passagem para a vida adulta. A criança entra na adolescência com muitos conflitos e incertezas e precisa sair dela com sua maturidade estabilizada, com caráter e personalidades adultos.
O grupo de amigos, a família e a sociedade em geral têm um papel muito importante nesse processo de formação da identidade, porque é a partir das concepções que os outros têm dele que o adolescente vai formando seu autoconceito.
Concomitantemente a essa percepção, o adolescente vai formando o sentimento de identidade, numa verdadeira experiência de autoconhecimento.
Nessa busca pela identidade, o adolescente muitas vezes prefere o caminho mais fácil, fazendo identificações maciças com o grupo. Em outras situações, ele opta por uma “identidade negativa”, já que para ele, “é preferível ser alguém perverso, indesejável, a não ser nada” (Aberastury e Knobel, 1989).
Na busca pela identidade, os adolescentes se juntam em busca de uniformidade, que traz certa segurança e estima pessoal. Nesse processo, há uma identificação em massa, em que todos se identificam com cada um. Em alguns casos esse processo é tão intenso que a separação do grupo se torna algo impossível. O adolescente se sente mais pertencente ao grupo de coletâneos do que ao grupo familiar. Nesse sentido, se transfere para o grupo grande parte da dependência que antes
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