Depressão Alastrante DA
Pesquisas Acadêmicas: Depressão Alastrante DA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: andre1052 • 2/7/2014 • 528 Palavras (3 Páginas) • 1.159 Visualizações
Depressão Alastrante:
funções e regiões encefálicas
Resumo
A DA é um fenômeno de propagação associado à epilepsia e à enxaqueca. É um estado em que, após o aumento da excitabilidade no cérebro, ocorre um “silêncio” da atividade neuronal, que se propaga como uma onda (efeito conhecido como Onda de Leão, em homenagem a seu descobridor, o médico brasileiro Aristides Azevedo Pacheco Leão).
Através de sua descoberta Leão descobriu que a enxaqueca e a epilepsia são perturbações recorrentes, com manifestações paroxísticas,devidas a alterações da excitabilidade cerebral.
Considerando a alta prevalência de ambas as doenças, a sua coexistência no mesmo indivíduo poderá ser a uma coincidência. No entanto, estudos epidemiológicos demonstram uma relação que supera o acaso. A ligação entre a enxaqueca e a epilepsia parece ter como base não só uma genética comum, mas, principalmente, um mecanismo fisiopatológico partilhado. Ambas as patologias poderão ser classificadas como canalopatias, um grupo de distúrbios neurológicos emergente e apenas recentemente delineado.
1. Epilepsia: A epilepsia é uma doença caracterizada por crises espontâneas, convulsivas ou não, causadas por descargas anormais, excessivas e hipersincrónicas de um agregado de neurónios. A sua prevalência é cerca de 1%, afectando todas as faixas etárias, com maior incidência na infância e na terceira idade. As descrições mais antigas de epilepsia são atribuídas aos egípcios e sumérios, datando de aproximadamente 3.500 a.C.
Crises epilépticas ocorrem por atividade elétrica anormal, excessiva e síncrona de grupos de neurônios levando a manifestações neurológicas variadas, a depender do local em que ocorrem. As crises podem se manifestar por vários sinais e sintomas, como alterações sensitivas (parestesias, visuais, auditivas, gustativas etc.), autonômicas, motoras (abalos, mioclonias etc.), cognitivas (experienciais, dismnésicas) e do nível de consciência.
Segundo o último consenso da ILAE (International League Against Epilepsy), a epilepsia é definida como desordem cerebral caracterizada por uma predisposição persistente, que leva ao aparecimento de crises epilépticas e a suas conseqüências neurobiológicas, cognitivas e psicossociais. A definição requer a ocorrência de duas ou mais crises epilépticas espontâneas.
2. Enxaqueca: A enxaqueca é uma entidade clínica clássica com características bem definidas, mas também com alguma variabilidade. Tem um perfil temporal paroxístico, com episódios de frequência e duração variáveis, intervalados por períodos assintomáticos. O diagnóstico de enxaqueca é clínico. Não há testes laboratoriais ou marcadores que confirmem o diagnóstico. (Machado J et al. 2006)
A enxaqueca é uma doença primária do cérebro (Goadsby PJ et al. 2001) em que fenômenos neuronais complexos resultam em vasodilatação e numa cascata de acontecimentos neuroquímicos. A teoria neurogênica tem a sua base na depressão alastrante de Leão, que assume que as alterações no débito sanguíneo se desenvolvem como consequência de eventos neuronais.
Considerações
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