Dicionário Cultural Larousse
Resenha: Dicionário Cultural Larousse. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: joelson21 • 5/12/2014 • Resenha • 428 Palavras (2 Páginas) • 247 Visualizações
Introdução
Segundo o dicionário Larousse Cultural (1999), subjetividade é o caráter do que é subjetivo, que, por sua vez, diz respeito ao sujeito definido como ser pensante, como consciência, por oposição a objetivo. De fato, a subjetividade engloba todas as peculiaridades imanentes à condição de ser sujeito, envolvendo as capacidades sensoriais, afetivas, imaginativas e racionais de uma determinada pessoa. Toda pessoa é uma complexa unidade natural e cultural. Mais que um corpo com funções biológicas e psicológicas com capacidades de transformar o seu meio pelo trabalho e pela linguagem, o ser humano é uma unidade de necessidades, desejos, sentimentos, angústias, temores, imaginários, racionalidades e paixões. Da mesma forma como não podemos considerar o homem apenas como um animal racional, também não podemos reduzir a subjetividade a uma dimensão meramente cognitiva, a uma consciência, desconsiderando todas as demais facetas da complexa interioridade de cada um.
Pela dificuldade e complexidade na definição de subjetividade, adotaremos neste presente trabalho que “subjetividade” refere-se às experiências particulares de um sujeito particular, que implicam não somente a sua relação passiva com o mundo e com o outro, mas também o seu engajamento ativo nestas direções.
Os estudos da subjetividade pautados exclusivamente na psicologia têm se mostrado insuficientes, deparando-se com freqüentes dificuldades e contradições. Desse modo, não é possível, a utilização somente da psicologia para o entendimento da subjetividade; são necessárias também as categorias da filosofia e da sociologia. Mesmo porque o sujeito, ao qual é associado o termo subjetividade, remete, simultaneamente, à universalidade e à particularidade. Nessa perspectiva, defende-se a idéia de que, para estudar a subjetividade, é necessário, para o psicólogo, além de seu saber específico, o conhecimento de noções de filosofia e sociologia, relacionadas com o seu objeto, e um bom contato com a literatura e com a arte de uma forma geral.
De modo global, estudar subjetividade é procurar no indivíduo as marcas da sociedade. Ou seja, dizer que o indivíduo é mediado socialmente, não significa que ele seja afetado externamente pela sociedade, mas sim que se constitui por ela, isto é, pela sua introjeção. Assim, a psicologia, para entender as questões que se referem à subjetividade, deve compreender as finalidades, as instâncias, os meios, pelos quais uma determinada cultura forma o indivíduo. Este argumento só pode ser efetivo a partir do momento em que se admite que a cultura modela a subjetividade, disponibilizando seus hábitos e costumes, valores e padrões de comportamento. Tais elementos que incorporamos ou que nos formam advém das várias experiências de sociabilidade pelas quais passamos: nossa família, a escola, nossos colegas e amigos, a comunidade local, a igreja etc.
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