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Discriminação Racial

Por:   •  7/8/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.736 Palavras (7 Páginas)  •  279 Visualizações

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UNIVAG – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VÁRZEA GRANDE

GPA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE PSICOLOGIA

ADRIANA DUTRA DOS SANTOS

ADENISE BORGES

CARMEN

EVANI B. SOUSA

KAMILA PIOVEZZAN FIUZA

LUCINEY PAULA

MARCILENE C. OLIVEIRA MENDES

PAOLA LIMA MARCOS

DISCRIMINAÇÃO RACIAL

Várzea Grande – MT

Maio, 2015[pic 3]

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ADRIANA DUTRA DOS SANTOS[pic 5]

ADENISE BORGES

CARMEN

EVANI B. SOUSA

KAMILA PIOVEZZAN FIUZA

LUCINEY PAULA

MARCILENE C. OLIVEIRA MENDES

PAOLA LIMA MARCOS

 DISCRIMINAÇÃO RACIAL

Trabalho Acadêmico apresentado ao Centro Universitário – UNIVAG, como requisito parcial de avaliação da disciplina fundamentos da Psicologia na Comunidade, sob a orientação da Professora Mestra Morgana Moura.

Várzea Grande – MT

Maio, 2015[pic 6]

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SUMÁRIO

  1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.........................................................................4
  2. INTERVENÇÃO E MÉTODOS UTILIZADOS..................................................8
  3. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................
  4. REFERÊNCIAS....................................................................................................

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FUNDAMENTACÃO TEÓRICA

Este texto tem por objetivo abordar sobre a discriminação racial e seus amplos aspectos frente à realidade brasileira de maneira a apontar, de acordo com um contexto histórico, possíveis motivos para que o Brasil tenha se tornado um país tão preconceituoso embora possua uma grande parte de sua população composta por negros ou mestiços. Deseja-se ainda identificar características e marcas do preconceito espalhados e disseminados pelo país bem como mostrar o quanto nós brasileiros somos misturados, etnicamente falando.

Segundo José Ricardo Oriá Fernandes (2005), somos uma nação multirracial cuja diversidade cultural se destaca, visto que embora tenhamos tido uma colonização predominantemente europeia, fomos fortemente influenciados pela cultura dos negros e indígenas. E ainda para o mesmo autor (2005, p.381), “de acordo com o IBGE (Censo de 1991), os afrodescendentes representam 45,3% da população brasileira”.

Os africanos que vieram para o Brasil como escravos, de acordo com Fernandes (2005), eram vistos por seus proprietários como mercadorias, e embora tenha sido a mão-de-obra negra predominante na produção da riqueza nacional, é negada ao negro sua participação na construção da história e da cultura brasileiras, sendo a cultura dessas minorias vista de maneira folclorizada e pitoresca. Em contrapartida, ao europeu é dado o lugar de possuidor de uma cultura superior e civilizada.

Lima (2008) afirma que do ponto de vista teórico, o uso dos conceitos de afrodescendência, etnia e identidade negra tem se tornado mais forte no contexto dos estudos étnico- raciais no país, e sem deixar escapar o conceito de raça como categoria comprometida historicamente com a afrodescendência da população brasileira e do racismo como ferramenta de desigualdade social.

De acordo com Pereira, Torres e Almeida

Nos últimos anos, as organizações da sociedade civil que lutam pelos direitos de grupos minoritários tem obtido diversos avanços no que diz respeito a mudanças na legislação que coíbe manifestações de comportamentos e atitudes discriminatórios. (2003, p.95)

Na concepção dos mesmos autores citados acima (2003), é de interesse das ciências sociais bem como da psicologia social particularmente responder a questão referente à possibilidade de políticas, como as quotas para negros nas universidades públicas não estarem contribuindo para a diminuição do preconceito social. Supõem que, frente a um conjunto de leis que proíbem a discriminação, as maiorias começam a desenvolver estratégias que conservam práticas discriminatórias, porém de maneira implícita, e segundo McConahay,Hardee & Batts, (1981); Santos, (1999) citados por Pereira, Torres e Almeida (2003),  formas encobertas de preconceito surgiram após a institucionalização de normas que visam proibir a discriminação contra minorias e inventando, de acordo com Gaertner & Dovidio, 1986; Katz & Hass, 1988; McConahay,1983; Pettigrew & Meertens, 1995, também citados por Pereira, Torres e Alemida (2003), formas de expressar o preconceito de maneira a não ferir tais normas.

O autor Jocélio Teles dos Santos, em seu livro “O Impacto Das Cotas Nas Universidades Brasileiras (2004_2012)” aborda o tema sobre as cotas indígenas, sob a descrição da autora Maria José de Jesus Alves Cordeiro, onde a mesma destaca a criação das leis aos dias atuais e um balanço destas cotas na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul.

Maria Cordeiro (2003) traz em seus relatos alguns dados que mostram de forma clara a baixa porcentagem de cotas aos indígenas. A autora descreve dados em um período compreendido entre dezembro de 2003 e dezembro de 2011, onde a UFMS, obedecendo a uma ordenação legal, ofereceu suas vagas divididas em três sistemas de cotas: vagas gerais (70%), negros (20%) e indígenas (10%).

Quando paramos para fazer comparações apenas com os dados de matrículas e conclusões, percebemos que esta diferença é bastante acentuada nos três sistemas, porém com uma grande margem “negativa” para os indígenas, o que nos leva a acreditar que na trajetória acadêmica alguns elementos determinantes definem a vida e o sucesso tanto de brancos pobres como de negros, mas de uma forma contundente para os indígenas. E segundo Lana, estudiosa da temática indígena,

Ao falarmos de permanência e desempenho acadêmico dos indígenas no ensino superior, temos alguns elementos de conflito, dentre estes o discurso acadêmico de que o insucesso do aluno índio é potencializado, não tem a mesma interpretação que se dá ao insucesso do aluno não índio. O acadêmico não indígena tem insucesso porque vem de uma formação precária; o acadêmico indígena tem insucesso porque é incapaz. (2009, p. 82)

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