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Dislexia Conceito

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Por:   •  20/9/2013  •  Seminário  •  3.669 Palavras (15 Páginas)  •  667 Visualizações

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Dislexia

Conceito

A dislexia é um distúrbio na leitura afetando a escrita, normalmente detectado a partir da alfabetização, período em que a criança inicia o processo de leitura de textos. Seu problema torna-se bastante evidente quando tenta soletrar letras com bastante dificuldade e sem sucesso.

A criança dislexa possui inteligência normal ou muitas vezes acima da média. Sua dificuldade consiste em não conseguir identificar símbolos gráficos (letras e/ou números) tendo como conseqüência disso a dificuldade na leitura e escrita. Podemos dizer que a dislexia é: um transtorno ESPECÍFICO de leitura; um funcionamento peculiar do cérebro para o processamento da linguagem; um déficit linguístico, mais especificamente uma falta de habilidade no nível fonológico; uma dificuldade específica para aprendizagem da leitura bem como para reconhecer, soletrar e decodificar palavras.

De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia este distúrbio é o de maior incidência nas salas de aulas. Não é o resultado de má alfabetização, desatenção, desmotivação, condição socioeconômica ruim ou baixa inteligência. É um evento hereditário, com alterações genéticas e do padrão neurológico. Por estes múltiplos fatores, deve ser diagnosticada por uma equipe multidisciplinar. Existem vários graus de intensidade do transtorno disléxico. O nível de dificuldade e os sintomas também variam muito.

O córtex cerebral é a única região do sistema nervoso central (SNC) capaz de transformar estímulos recebidos em aprendizado. Cada estímulo que atinge o córtex é comparado com vivências anteriores (ou memórias de eventos passados) para que possa ser interpretado, decodificado, compreendido. O SNC só é capaz de decodificar ou compreender o estímulo que, em alguma outra ocasião já tenha tido contato. Em eventos novos, o novo estímulo fica retido na memória enquanto associa-se todas as informações possíveis sobre ele (forma, peso, cor, etc.). Para tanto, todo o resto do SNC tem que estar funcionando adequadamente em favor das funções nervosas superiores de memória, raciocínio e inteligência, em busca da decodificação ou do aprendizado. Só é possível decodificar ou aprender se o SNC estiver maduro para receber e interpretar o novo evento e se estiver atento e interessado. O aprendizado, portanto, depende da integridade e/ou maturidade neurológica, atenção e interesse, além, é claro, da funcionalidade adequada das estruturas que vão receber ou captar os estímulos (boa acuidade visual e auditiva, entre outras). Algumas dificuldades no aprendizado das crianças estão ligadas à presença de lesão cortical, onde os estímulos são inadequadamente avaliados.

Indicadores

• Possibilidade de atraso de linguagem.

• Dificuldade em nomeação.

• Dificuldade na aprendizagem de música com rimas.

• Palavras pronunciadas incorretamente; persistência de fala infantilizada.

• Dificuldade em aprender e se lembrar dos nomes das letras.

• Falha em entender que palavras podem ser divididas (sílabas e sons).

• Dificuldade de alfabetização

Dificuldades básicas

Dificuldade de alfabetização.

• Leitura sob esforço.

• Leitura oral entrecortada, com pouca entonação.

• Tropeços na leitura de palavras longas e não familiares.

• Adivinhações de palavras.

• Necessidade do uso do contexto para entender o que está sendo lido.

Desdobramentos com o avançar da escolaridade

• Leitura lenta, não automatizada.

• Dificuldade em ler legendas.

• Falta de compreensão do enunciado prejudicando outras disciplinas.

• Substituição de palavras no mesmo campo semântico (Ex: mosca/abelha).

• Dificuldade para aprender outros idiomas.

• Alterações na escrita

• Omissões, trocas, inversões de grafemas – (surdo/sonoro: p/b, t/d, K/g, f/v, s/z, x/j; em sílabas complexas: paria ao invés de praia, trita ao invés de trinta) e outros desvios fonológicos.

• Dificuldade na expressão através da escrita.

• Dificuldades na concordância (sem que apresente oralmente)

• Dificuldade na organização e elaboração de textos escritos.

• Dificuldades em escrever palavras irregulares (sem correspondência direta entre grafema e fonema – “dificuldades ortográficas”).

Habilidades

• Excelente compreensão para histórias contadas.

• Habilidade para gravar por imagens.

• Criatividade; Imaginação.

• Facilidade com raciocínio.

• Boa performace em outras áreas, quando não dependem da leitura, tais como: matemática, computação, artes, biologia.

O que Fazer?

Mediante uma dificuldade específica de leitura e escrita, deve-se procurar profissionais especializados na área, para que sejam realizadas avaliações pertinentes a um caso de dislexia. Na busca de um diagnóstico preciso e do planejamento para uma intervenção e remediação, um completo diagnóstico diferencial deve ser administrado, considerando a totalidade da síndrome da dislexia.

Quanto mais cedo for realizado o diagnóstico de Dislexia, maiores serão as chances de tratamento especializado ou adequado, minimizando, assim, as consequências das dificuldades escolares e/ou sociais. Entretanto, a intervenção pode ser iniciada em qualquer idade, o que certamente tem muito a contribuir para o sucesso do indivíduo disléxico.

Boder (1973) distinguiu três tipos de disléxicos baseando-se nos tipos de erros produzidos nas diversas condições de leitura (palavras familiares ou não familiares, longas ou curtas, de alta ou baixa frequência).

Os disléxicos

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