Dislexia Disgrafia E Disortografia
Trabalho Escolar: Dislexia Disgrafia E Disortografia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Jessikamaria • 6/2/2014 • 2.657 Palavras (11 Páginas) • 907 Visualizações
1. Introdução
Estudos referem que os termos ‘’distúrbios, transtornos, dificuldades e problemas de aprendizagem tem sido utilizados de forma aleatória, tanto na literatura especializada como na pratica clinica especializada como na prática clinica escolar para designar quadros diagnósticos diferentes’’. Partindo desse pressuposto, outros são categóricos em afirmar que uma das contribuições mais significativas oferecidas pela neurociência, e que merece destaque para nós, psicopedagogos, é a que faz a ‘’distinção entre os termos dificuldades, transtornos e distúrbios de aprendizagem, não raramente, usamos como sinônimos, mas que tem suas particularidades’’. ‘’conhecer tais particularidades merece especial atenção, pois pode, sem dúvida, favorecer a aprendizagem e minimizar os seus problemas’’.
Através do conhecimento inter-relacionado ao processo educacional ‘’abrem as portas da esperança’’,fornecendo o conhecimento pelo qual se torna possível estabelecer o diagnostico diferencial entre ‘’ Dificuldade de aprendizagem’’. Somente nessa perspectiva, poderemos voltar o nosso olhar para a criança e o seu entorno, avaliando os diferentes contextos em que ela se insere, antes de tentar ‘’enquadrá-la nesta ou naquela ‘’classificação’’, sobretudo, porque ‘’a presença de uma dificuldade de aprendizagem não implica necessariamente um transtorno ou distúrbio.
2. Objetivo
O objetivo do trabalho é Expandir o conhecimento das pessoas sobre o tema em questão, fazendo com que nós enquanto profissional da psicopedagogia possamos compreender e intervir de forma correta.
3. As Dificuldades de Aprendizagem (contexto histórico)
Os primeiros estudos realizados sobre esta temática remontam ao ano de1800,no entanto, a expressão “dificuldades de aprendizagem” surgiu somente em 1962 com a definição de Kirk, que centrava estas dificuldades nos processos implicados na linguagem e no rendimento académico, apontando como causas uma disfunção cerebral ou uma alteração emocional comportamental. Muitas outras definições foram surgindo, o que tem dificultado uma proposta globalmente aceite. No entanto, as do U. S. Office of Education (em1977) e do National Joint Committee on Learnin Disabilities (em 1994) são, talvez, as mais conhecidas e referidas na Literatura especializada. Segundo estas, as dificuldades de aprendizagem surgiam associadas a obstáculos nos processos psicológicos inerentes à compreensão e uso da linguagem(relacionados com disfunções do sistema nervoso central), excluindo-se do seu alcance as problemáticas resultantes de deficiências sensoriais, motoras ou mentais e/ou de perturbações emocionais e fatores culturais e económicos.
4. Aspectos Neuropsicopedagógicos e influencia da Dislexia na sala de aula
Ler, escrever e compreender o que se lê é o desejo de todas as pessoas que vive em uma sociedade letrada como é a brasileira, e que depende desta leitura para um bom desempenho acadêmico e profissional. Este fato é reforçado desde cedo pelos pais que colocam os filhos cada vez mais cedo na escola, no intuito de alfabetizá-los o mais rápido possível, até os sete anos de idade. o processo de alfabetização ocorre de forma normal para cerca de85% da população, enquanto os 15%, mesmo tendo acesso, não conseguem aprender a ler e escrever de maneira esperada.
Esta parcela da população sofre um distúrbio conhecido por dislexia específica ou dislexia de evolução que acomete uma em cada cinco crianças, cuja incidência é três vezes maior no gênero masculino do que no feminino, segundo Capovilla.
Para Fonseca, a dislexia evolutiva específica é uma desordem manifestada na aprendizagem da leitura, independentemente de instrução convencional adequada inteligência e oportunidade sociocultural. Para Simaia Sampaio, a dislexia é um distúrbio na leitura que afeta a escrita, sendo normalmente detectada a partir da alfabetização, período em que a criança inicia o processo de leitura. seu problema torna-se bastante evidente quando tenta soletrar com muita dificuldade e sem sucesso.
Capovilla menciona dois tipos de dislexia:
1.dislexia fonológica-representa 67%dos quadros de disléxicos, que se caracteriza pela dificuldade na leitura pela rota fonológica, esta rota é utilizada para ler palavras pouco familiares ou desconhecidas .
2.dislexia morfômica ou semântica-representa cerca de 10% dos disléxicos. A dificuldade está presente na rota lexical que é utilizada para a leitura de palavras familiares, que estão presentes no cotidiano da criança.
Buscando observar como o cérebro de uma pessoa disléxica funcionava, a doutoraSally E.shaywitz, da escola de medicina de YALE,realizou um estudo baseado em imagens por ressonância magnética para identificar os caminhos neurais que ocorre a subdivisão das palavras em seus sons subjacentes. Após análise dos exames realizados por meio da RM foram identificados três caminhos neurais para a leitura: dois caminhos lentos e analíticos, utilizados por leitores iniciantes, realizados nas áreas parietal temporal (análise das palavras) e frontal localizado na área de Broca(articulação dos fonemas )outro realizado pelo leitor experiente na área occipitotemporal.
Se observarmos com cuidado um criança com dificuldades na leitura em uma idade superioras colegas ,podemos perceber algumas alterações em seu comportamento, como vergonha, baixa autoestima, retração, timidez, dificuldade em se concentrar, o que certamente, leva a criança a sentir-se desmotivada diante dos processos de aprendizagem, podendo desenvolver alterações psíquicas, como angústia, ansiedade e até depressão.
Segundo Condenarem, indivíduos disléxicos apresentam atitudes depressivas diante de suas dificuldades, mostrando-se tristes e culpados, recusam situações que exijam rendimento sistemático ou competição por medo do fracasso, podem demonstrar agressividade; hostilidade para com professores e colegas.
4.1 Diagnóstico da dislexia
O diagnóstico de distúrbio da aprendizagem é importante para que seja criada uma organização e estrutura de apoio , visando suprir as necessidades e o desenvolvimento de estratégias compensatórias destes indivíduos. Quando uma criança
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