Diversidade De Gênero
Dissertações: Diversidade De Gênero. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Shirlei2015 • 14/3/2015 • 1.416 Palavras (6 Páginas) • 373 Visualizações
Diversidade de Gênero
Apresentação
Texto apresentado para obtenção de nota na disciplina de Psicologia da Educação I, realizado sob orientação das professoras Vanessa Cristina Girotto e Débora Felício de Lima, da Universidade Federal de Alfenas referentes ao 1º semestre 2013.
Esse texto tem por objetivo abordar a diversidade de gênero ao longo dos tempos na sociedade, com maior ênfase no contexto escolar atual. Discorreremos sobre a complexidade do tema, as diversas dificuldades enfrentadas por aqueles que não se enquadram na “normalidade” imposta pela sociedade, bem como apresentaremos norteamentos para a tentativa de superação de tais problemáticas.
Resumo
FALTA FAZER
TEXTO
Desde o inicio dos tempos a diversidade de gêneros é um assunto que desperta grandes divergências, tendo em vista que os conceitos e a cultura predominantemente machistas colaboravam para a exclusão feminina.
Na antiguidade a diversidade de gêneros estava presente, embora acontecesse de forma diferente da que encontramos hoje. O homossexualismo masculino era incentivado como forma de afirmação da virilidade, enquanto a sexualidade feminina era completamente ignorada servindo apenas como reprodução.
O século XIX foi um grande marco na discussão da sexualidade, pois é a partir dele que ela passa a ser discutida e tal discussão leva a reflexão passando a influenciar os conceitos da sociedade sobre a constituição do corpo.
Segundo Thomas Lauquer desde o século XVIII o conceito de corpo era definido como único, ou seja, os corpos femininos e masculinos eram definidos como versões de um único sexo. Tal conceito afirma que o corpo feminino é uma versão invertida e inferior se comparado com o corpo masculino, embora atribua grande relevância ao corpo feminino quando o assunto é o processo reprodutor. Após o enfraquecimento dessa concepção, surge um modelo reprodutivo que afirma a existência de dois corpos diferentes partindo do principio que o corpo feminino e masculino possui singularidades.
Para que possamos compreender a diversidade de gêneros em seu contexto atual é necessário entender antes de tudo que tal diversidade não está somente ligada a concepção de corpo, ao masculino e feminino. Precisamos concebê-la levando em conta a sexualidade dos indivíduos.
Quando tratamos dos assuntos relacionados a gênero nos esbarramos nas diversidades entre o feminino e o masculino. Muitos fundamentos definidos culturalmente na sociedade são decisivos para assegurar essas diferenças, como: modo de vestir, falar, comportamento, gestos, entre outras características, e é o que fazem uma associação entre gênero e sexo. O que se entende é que a sexualidade é determinada por critérios estabelecidos aos indivíduos, fazendo com que as mulheres tenham hábitos femininos e mantenham relações com homens e homens tenham hábitos masculinos e relações com mulheres, assim satisfazendo as perspectivas do que é definido como “normal” pela sociedade.
As condutas que definem a constituição dos gêneros estão baseadas de início na parte física (biológica), e posteriormente apresentam fatos que interferem nessa condição genética, ou seja, um ser de órgão sexual masculino, que apresenta características femininas na maneira de se vestir, falar, cortar o cabelo, não é definido como mulher e sim como travesti. Esse assunto ainda é tratado com muitos preconceitos e hostilidades, e geram polêmica entre as instituições como Igreja, escola e família. Muitas vezes fazendo uma exclusão do que não está de acordo com o que a sociedade considera certo.
"A psicologia já demonstrou que ninguém sabe explicar cientificamente por que as pessoas são heterossexuais, bissexuais ou homossexuais. Há fatores biológicos, psicológicos e sociais, mas é impossível determinar uma única causa", explica Lula Ramires, mestre em Educação pela USP e coordenador do Corsa (Cidadania, Orgulho, Respeito, Solidariedade e Amor de defesa dos direitos LGBT - Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis).
Infelizmente vivemos em uma sociedade de pessoas mal informadas que agem de maneira preconceituosa e depreciativa, partindo muitas vezes para a agressão física, quando se diz respeito a qualquer condição sexual que seja considerada “anormal” pela sociedade. É essa indiferença, desprezo e degradação contra os indivíduos que não seguem a normalidade imposta pela sociedade que denominamos de homofobia.
Embora a diversidade sexual ainda seja um tema complexo e delicado de se abordar, é fundamental que a escola – e também a família - fale com as crianças e os jovens a respeito da importância do respeito às diferenças, bem como as dificuldades que a pessoa que não possui o "comportamento padrão" imposto pela sociedade sofre. É necessário que o aluno compreenda que nem todos são iguais e que isso não interfere em nada no caráter dos indivíduos.
Esse assunto ainda é um tabu dentro da sociedade e por isso deve ser tratado com muito cuidado e atenção. Uma pesquisa publicada pela Unesco, em 2004, intitulada "Juventudes e Sexualidade no Brasil", mostra que 39,6% dos meninos não gostariam de ter um colega de classe homossexual. Tal pesquisa nos evidencia a grande necessidade de se desmistificar e descriminalizar o “diferente”. É importante que esse tema seja discutido em sala de aula de maneira didática, fazendo uso de temas transversais, sempre associando-o com os direitos e deveres dos cidadãos e do respeito à diversidade humana.
O caminho para atingir a conscientização dos alunos é buscar a ampliação do conceito de cidadania e tornar-lo tema constante das aulas. É necessário trabalhar a igualdade e liberdade, fazendo o uso de informações científicas, promovendo assim um constante debate sobre o tema. Não podemos esquecer que é preciso adaptar o tema para a idade e realidade doa alunos.
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