Doação De Sangue Em Santarém - Pará

PERFIL PSICOLÓGICO E HUMANÍSTICO DO INDIVÍDUO FRENTE AO PROCEDIMENTO DE DOAÇÃO DE SANGUE EM SANTARÉM

MARA NOELCE SCOTTI

ADRIANA ENCADERNAÇÃO SILVEIRA

BRENO DE SOUZA FERREIRA

CLÁUDIA DA SILVA MORAES

CRISTINA RABELO TEIXEIRA1

DARLEIDE SOPHIA DUTRA DOS SANTOS

SILVIA KATRINE SILVA ESCHER

A percepção do público em relação aos riscos e benefícios da transfusão de sangue têm afetado a prática da doação de sangue, porém, já se observa algumas mudanças em suas atitudes. Um dos fatores que têm influenciada essa mudança são as ações nacionais e locais pela divulgação e incentivo à doação de sangue, então, as técnicas publicitárias acabaram provocando a união inconteste entre o gesto de doar e os conceitos de salvar vidas e de ajudar hoje, porque no futuro alguém pode precisar. Destaca-se que a doação de sangue no Brasil é um ato voluntário, conforme disposto na Constituição da República e na Portaria n. 343 (Diário Oficial da União 2002; 19 fev) que estabelecem que não é admitido qualquer tipo de

remuneração para a doação. A doação altruísta é, assim, a fonte de matéria-prima das unidades hemoterápicas. Objetivou-se neste estudo, traçar o perfil dos indivíduos que se apresentaram para doação de sangue no Hemopa no período junho a dezembro de 2009. Utilizou-se como metodologia, a aplicação de questionários com quatorze questões objetivas, tendo como sujeito, uma amostra de setenta e três doadores de sangue, que freqüentaram o HEMOPA. Os resultados da pesquisa demonstraram que o perfil do doador de sangue em Santarém são de doadores do gênero masculino, na faixa etária de 18 a 40 anos, pesando aproximadamente 50 a 75 quilos, com altura entre 1,50m a 1,70m, sendo que a maioria é do sangue O positivo, doando pela há mais de quatro vezes, através de doação espontânea. A prevalência maior são de pessoas que não tem doadores na família; consideram a doação como um ato de solidariedade e amor com o próximo. Grande parte desses doadores nunca precisaram de transfusão de sangue, e consideram que as estratégias de campanha do HEMOPA precisam de maior divulgação, relatando que não têm receio quanto ao procedimento de doação. Esses resultados fazem um convite a uma intervenção por parte dos acadêmicos do IESPES, em prol da sensibilização da população, conduzindo à proposição de novos apelos que evoluam para o enfoque do compromisso público e social que envolve a doação de sangue, estimulando a co-responsabilidade dos cidadãos pelo atendimento à demanda da comunidade. Cabe, entretanto, ter presente que o permanente monitoramento dos doadores deve ser enfatizado, pois se sabe que o ato de avaliar é inerente ao ser humano e que a necessidade de racionalizar condiciona as pessoas a uma avaliação objetiva. Pode-se, ainda, citar as limitações decorrentes da natureza do ser humano, o que dificulta sobremaneira a descoberta dos verdadeiros motivos, individuais, responsáveis pela tomada da decisão de doar sangue.

Palavras-Chave: Doador de Sangue; Compromisso; Sensibilização.

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