EDUCAÇÃO E APRENDIZAGEM - PSICONEUROLOGIA
Por: ROSANA1994 • 8/11/2015 • Relatório de pesquisa • 616 Palavras (3 Páginas) • 388 Visualizações
A EDUCAÇÃO E APRENDIZAGEM
A educação e aprendizagem são processos contínuos, que opera sobre todas as outras habilidades, uma vez que todos os comportamentos um dia foi aprendido, e depende essencialmente da memória e atenção. A capacidade cerebral de armazenar dados para utilização posterior permite, mediante a memória, codificar e decodificar informações para mais tarde executa-las. Também pode ser classificada como a alteração do comportamento viabilizada pela plasticidade dos processos neurais cognitivos.
Segundo o DSM-V, o transtorno específico da aprendizagem é um transtorno do neurodesenvolvimento com uma origem biológica, que é a base das anormalidades no nível cognitivo, as quais são associadas com as manifestações comportamentais. A origem biológica é composta por uma interação de fatores genéticos e ambientais que interferem na capacidade do cérebro em perceber ou processar informações verbais ou não verbais com eficácia. Esses transtornos podem ocorrer por algum dano na formação do cérebro ainda na gestação, por fatores ambientais, traumas, ou deficiências que não receberam o tratamento ideal.
Levando em consideração que a aprendizagem ser constituída por processos neurais é de grande valia fazer o uso da neuropsicologia como ferramenta de estudos para compreender estes processos. Qualquer alteração nos processos neurais que regem a aprendizagem e o desenvolvimento leva a criança aos chamados transtornos de aprendizagem, que por sua vez, trazem prejuízos severos no futuro social da criança, já que desorganizam a conduta pedagógica esperada de acordo com sua inteligência normal.
Os transtornos de aprendizagem representam a consequência de um transtorno na organização funcional do sistema nervoso central, geralmente em caráter leve, mas com consequências de grande importância para o futuro social da criança, já que perturbam a conduta pedagógica esperada de acordo com sua inteligência normal.
Os sintomas mais comuns apresentados por crianças em fase escolar são: dificuldades na leitura e aprendizagem, memorização, transtornos e distúrbios, além de queixas relacionando habilidades motoras e psicomotoras, desenvolvimento afetivo e outras.
Podemos perceber a importância das funções neurais na aprendizagem, através da referencia que os autores Giovana Romero Paula, Bárbara Costa, Beber, Sandra Boschi Baggi e Tiago Petry fazem ao complexo sistema neural no artigo abaixo:
“O cérebro humano é um sistema complexo que estabelece relações com o mundo que o rodeia por meio de fatores significativos como: a especificidade das vias neuronais, que da periferia levam ao córtex informações provenientes do mundo exterior; e, a especificidade dos neurônios, que permitem determinar áreas motoras, sensoriais, auditivas, ópticas, olfativas, etc, estabelecendo inter-relações funcionais exatas e ricas que são de extrema importância para o aprendizado.” (Neuropsicologia da aprendizagem- 2006)
Com isso, percebemos que, ao primeiro sinal de desordem neural em uma criança, suas habilidades aprender e se relacionar podem ser seriamente comprometidos, uma vez que os mecanismos neurais estão fortemente ligados a percepção, memória, capacidade motora, equilíbrio emocional, entre outras.
A INTERVENÇÃO
A maioria das crianças necessita de acompanhamento psicopedagógica, neuropsicológica, fonoaudiológica e até fisioterapeutico, dependendo de cada caso. Porém, existem casos em que o grau do transtorno exige que a criança passe por programas educativos individuais e intensivos, e é de responsabilidade do profissional que acompanha a criança realizar contatos com a escola a fim de estipular uma maior qualidade do processo de aprendizagem, através da inter-relação dos aspectos exigidos pela escola e do que a criança é capaz de oferecer para suprir tais necessidades. O tratamento farmacológico, aliado ao atendimento psicopedagógico deve ser dirigido por um psiquiatra ou neurologista.
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