Educação como aquisição de novos comportamentos, Teoria da Gestalt, Freud, Piaget, Vygostsky e Wallon

Etapa 1: Educação como aquisição de novos comportamentos, Teoria da Gestalt, Freud, Piaget, Vygostsky e Wallon.

Introdução.

As teorias de desenvolvimento dos estudiosos, Freud, Jean Piaget, Vygostky e Wallon, aliadas com o estudo da Gestalt, tiveram grande importância para a educação. Estes obtiveram resultados sobre o psicológico das crianças, podendo assim desvendar os grandes mistérios da evolução cognitiva.

Dessa maneira, as teorias contribuíram para o trabalho pedagógico que o professor desenvolve em sala de aula, e estas o auxiliam na relação interpessoal com o aluno.

Teoria da Gestalt.

A Psicologia da Gestalt é uma das tendências teóricas mais coerentes e coesas da história da Psicologia. Seus articuladores se preocuparam em construir não só uma teoria consistente, mas também uma base metodológica forte, que garantisse a consistência teórica.

A Gestalt entende que é de suma importância a disposição em que são apresentados à percepção os elementos unitários que compõem o todo. Uma de suas formulações bastante conhecidas é a de que o “todo é diferente da soma das partes”., ou seja , a percepção que temos de um todo não é resultado de um processo de simples adição das partes de compõem.

Esse fenômeno perceptivo é norteado pela busca de fechamento, simetria e regularidade da figura.

Teoria de Freud.

Uma grande contribuição diz respeito à aprendizagem por identificação, pois mostra que através de modelos de pessoas que lhes foram significativas o ser humano motiva-se no sentido de equiparar a elas sua auto-imagem.

A teoria de Freud destaca a importância da relação professor-aluno. É necessário que o professor saiba sintonizar-se emocionalmente com seus alunos, pois depende muito desse relacionamento, dessa empatia, estabelecer um clima favorável à aprendizagem. Os estudos psicanalíticos revelam que o ser humano transfere situações vivenciadas anteriormente, bem como demonstra resistências a experiências uma vez reprimidas.

As teorias de Freud podem ser aplicadas ainda hoje na educação. Cada vez mais é preciso revê-las para entender como se processa o desenvolvimento do aluno tanto emocional quanto mental. Ainda temos uma educação que infelizmente trata os alunos como iguais, usando metodologias que ignoram as diferenças e o professores muitas vezes não conseguem analisar mais profundamente os porquês de determinados fracassos escolares, que certamente estão ligados a problemas emocionais ou a metodologias equivocadas que não respeitam a forma de construção do pensamento e as etapas evolutivas dos educando.

Teoria de Jean Piaget.

Quando Jean Piaget começou a estudar o desenvolvimento mental, costumava fazer observações cuidadosas e detalhadas de crianças em situações naturais, como lar e a escola. Com as observações resultantes desse método formulou uma teoria explicativa da cognição, “todos passam por quatro estágios: sensório-Motor (do nascimento aos 2 anos), operatório (dos 2 aos 7 anos), das operações concretas (dos 7 aos 12 anos) e das operações formais (após os 12 anos)” .

A Teoria de Jean Piaget tem como principio os jogos. Para ele o jogo é essencial na vida de uma criança, pois a criança faz a assimilação daquilo que percebe da realidade. Segundo sua classificação Piaget determina na seguinte ordem: Jogo de Exercícios, foi o primeiro a surgir, acontece no período sensório-motor, é quando a criança começa a obter a satisfação de suas necessidades, estes exercícios foram divididos em duas partes, exercícios simples, como por exemplo, correr, pular e jogar bola e o exercício que envolve o próprio pensamento, como por exemplo, fazer perguntas só por perguntar ou fazer por gostar da combinação das palavras. Jogos de Simbolismos, estes jogos fazem parte da fase pré-operatória (dos dois aos seis anos de idade) onde acontece o pensamento cognitivo, de como solucionar um dilema, é considerado simbólico, por conter peças diferenciadas e Jogos de Regras são os jogos de combinações sensório-motoras (corridas, saltos, futebol, jogos de bola de gude, etc.), ou de combinações intelectuais (cartas, xadrez, damas, etc.).

Teoria de Vygostsky.

A questão central é a aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito com o meio e, portanto, o conhecimento é sempre mediado. Para Vygotsky, a vivência em sociedade é essencial para a transformação do homem de ser biológico em ser humano. É pela aprendizagem nas relações com os outros que construímos os conhecimentos que permitem nosso desenvolvimento mental. A linguagem, sistema simbólico dos grupos humanos, representa um salto qualitativo na evolução da espécie. É ela que fornece os conceitos, as formas de organização do real, a mediação entre o sujeito e o objeto do conhecimento. É por meio dela que as funções mentais superiores são socialmente formadas e culturalmente transmitidas, portanto, sociedades e culturas diferentes produzem estruturas diferenciadas. Por isso a linguagem é duplamente importante para Vygotsky.

Sua teoria se baseia no princípio de que, o desenvolvimento do indivíduo se dá como resultado de um processo sócio-histórico e cultural, observando o papel da linguagem e da aprendizagem nesse desenvolvimento à medida que este indivíduo interage com seu meio. Para Vygotsky, a linguagem humana é o principal instrumento de mediação, constituindo-se como um sistema simbólico fundamental para mediação de sujeito/objeto.

De acordo com a teoria sócio-histórico-cultural de Vygotsky, a origem das mudanças que ocorrem no ser humanos, ao longo do seu desenvolvimento, está associada as interações que ocorrem entre o individuo e a sociedade, sua cultura e história de vida, além das oportunidades e situações de aprendizagem que resultaram neste desenvolvimento durante toda a sua existência, considerando a influência das várias representações de signo, uso de diferentes instrumentos, e influência da cultura e história, propiciando o desenvolvimento das funções mentais superiores.

Com relação à mediação entre aprendizagem e desenvolvimento Vygotsky da importância a linguagem e não ao enunciado. Para ele a palavra é a verdadeira mediação entre o desenvolvimento