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Ensaio Breve Sobre Psicanalise

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Por:   •  10/11/2014  •  709 Palavras (3 Páginas)  •  423 Visualizações

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Como já sabemos, o nome do pai exerce um papel de grande importância aos sujeitos, interferindo na relação alienada da criança com a mãe, colocando-a na posição de sujeito desejante. O pai é um representante da lei e, é através da introdução de seu nome que somos inseridos às ordens da cultura e da sociedade. Inaugurando o acesso da criança à dimensão simbólica, afastando-a de um assujeitamento ao imaginário, à mãe, e tornando-a cativa à linguagem. O pai no Édipo, nada mais é, do que uma metáfora que substitui um significante por outro, ou seja, substituindo o desejo da mãe pelo desejo ao pai, que vai se ligar ao falo.

É no início da vida também, por volta dos 6 meses aos 2 anos, em que a criança passa pelo Estádio de Espelho, pois como já falamos, até essa idade a criança, encontra-se alienada ao desejo da mãe, como sendo seu único objeto de desejo, e também ainda não compreendeu a diferenciação entre o seu corpo e a mãe, entendendo-o apenas por partes, Porém em um determinado momento, diante de seu seu reflexo em um espelho, a criança passa a compreender o seu corpo como uma totalidade, como a si mesmo, sendo através dessa identificação com sua própria imagem que promoverá a estruturação do Eu (Ego), pondo fim ao que Lacan designou como fantasma do corpo esfalecido, que é quando o sujeito não tem noção de seu corpo como um todo, um inteiro. Essa identificação se dá por um reconhecimento imaginário (óptico).

Também é associado ao pai a Função de Ponto de Basta, que é o ponto responsável por ligar o significante ao significado, sendo função do pai estabelecer o indivíduo dentro do pensamento simbólico. Entretanto quando falta essa função simbólica destinada ao pai, acontece o que chamamos de foraclusão do ponto de basta, que é quando o sujeito fica preso à ordem imaginária, ausentando-se do sistema simbólico, característica marcante da Psicose. Na Psicose então, há a ausência radical do nome do pai, pois o édipo fracassou, se prendendo ao primeiro tempo.

Na psicose o surto se dá do encontro de duas elisões (sinônimo de exclusão) uma no imaginário e outra no simbólico, pois como o recalque falhou, todas as coisas acontecem no campo de real, não havendo interpretações de processos no imaginário e no simbólico. Chamamos na psicose de pré-psicótico o indivíduo que ainda não surtou, que vive uma vida aparentemente normal, sem uma psicose declarada de fato.

A Elisão no imaginário se dá pois como o sujeito pré-psicótico não tem a ''falta'', já que não houve castração, o grande Outro em quem ele se espelha também não, sendo um modelo pelo qual ele escolheu para se basear, a relação então vem a ser eu-Outro.

A Elisão no simbólico se dá pois em algum momento, onde o Outro que servia de base e referência falha, ou há algum acontecimento que vem interderir nessa relação, barrando-a, e então, diante de novas situações que demandam de um posicionamento fálico, o sujeito então não consegue responde, surtando, pois foi esse significante que foi foracluído no sujeito psicótico.

A Psicose configura-se em dois momentos: em primeiro tempo e segundo tempo.

1º tempo-Perplexidade: O que foi abolido, foracluído do simbólico, volta para o sujeito (conteúdo recalcado) sobre a forma de alucinações, de vozes que se dirigem ao

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