Ensaio Sobre Sonhos
Por: julia3378 • 9/6/2024 • Ensaio • 731 Palavras (3 Páginas) • 50 Visualizações
eNSAIO SOBRE “SONHOS” NA PSICANÁLISE
Este ensaio comenta sobre o conceito psicanalítico: SONHO. Utilizando como referência o livro “Sonhos” de Ana Costa; o artigo “O sonho e a psicanálise freudiana” de Giovana Rodrigues da Silva, e o conteúdo do blog da Escola Paulista De Psicanálise: “Anotações sobre a Interpretação dos Sonhos” por Marta M. Kanashiro.
Em seu livro A Interpretação dos Sonhos, Freud escreve que analisá-los era a abordagem mais confiável para o estudo dos processos inconscientes.
Freud passou a interpretar os sonhos quando percebeu que ao contar sobre os que tinham, os pacientes faziam cadeias de associações importantes.
Para Freud a maioria dos sonhos seriam um espaço que os indivíduos utilizam como meio para manifestar seus desejos mais profundos, até os desconfortáveis representam desejos.
“Contudo, os sonhos desagradáveis também são realizações de desejos, em que o sonhador consegue libertar o inconsciente. Freud ainda chama a atenção para os sonhos de punição. Segundo ele, a punição também é uma realização de desejo: o desejo do sonhador de punir-se a si mesmo por ter um pensamento proibido.” RODRIGUES, Giovana.
Para ele os sonhos manifestam os (resíduos diurnos), impressões relacionadas a dias anteriores mais recentes, histórias que ocupam nosso pensamento e podem também, acessar memórias da infância. Essa soma criaria o verdadeiro significado do sonho.
Entretanto, mesmo manifestados em devaneios oníricos, por estarem em repressão, escondido dos outros e principalmente de nós mesmos, os desejos só conseguem nos alcançar permanecendo disfarçados em algum nível.
“Nesse texto, ele os apresenta como produtos da realização de desejos inconscientes, resultantes do que denominou processo primário. O que lhes daria a característica por vezes absurda seria a deformação exercida pelo processo secundário, no qual Freud localizou o trabalho da censura.” Ana Costa (p.08)
A narrativa do sonho mantém consigo censuras, defesas e resistências, dessa forma, apresenta dois conteúdos. O conteúdo manifesto: que seria a impressão óbvia, a imagem e ou emoção relatada. E o conteúdo latente: o que ele tenta nos dizer, o que está disfarçado. Sendo assim, a análise busca compreender os processos que transformaram ou fazem a passagem do conteúdo latente para o conteúdo manifesto.
É na passagem do latente para o manifesto que ocorre o que é nomeado de “o trabalho do sonho” onde o conteúdo do inconsciente precisa utilizar mecanismos para ultrapassar a censura e apresentar-se. São eles a condensação e o deslocamento.
Utilizando da condensação, elementos podem ser fundidos formando uma figura familiar, modificando a sequência lógica temporal, misturando presente, passado e futuro ou unindo sentimentos antagônicos. Um exemplo comum, é um personagem do sonho que aparece com traços misturados, nariz da vó, boca da mãe e com a voz de outra pessoa ou um lugar que apresenta a configuração de vários outros em um só espaço.
Usando o deslocamento, um elemento é substituído ou disfarçado de sua forma original, são alterados o foco e a intencionalidade de detalhes importantes, fazendo que aspectos com alto valor psíquico, sejam transferidos para elementos
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