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Epilepsia

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Por:   •  4/12/2014  •  Trabalho acadêmico  •  1.636 Palavras (7 Páginas)  •  534 Visualizações

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INDRODUÇÃO

A epilepsia é considerada uma condição neurológica crônica e compreende um grupo de doenças, cujo ponto em comum são as crises epilépticas, que recorrem na ausência de doenças tóxicos metabólicos ou febris. A epilepsia não é uma doença individual, mas a expressão clínica de um grande número de desordens decorrentes de atividade elétrica cerebral anormal, excessiva e hipersinerônica.

A chamada crise epiléptica é um paroxismo transitório de descarga neuronal cortical capaz de produzir uma manifestação que pode ser percebida pelo paciente ou por um observador. Estas manifestações variam muito de paciente a paciente, refletindo as funções corticais na qual a descarga se originou e para onde se propaga. Como geralmente este trajeto de origem e propagação é o mesmo, as manifestações motoras duram poucos minutos e cedem espontaneamente, seguindo-se de sonolência e confusão mental.

É uma condição crônica recorrente e pode ter importantes repercussões psicossociais. São comuns os casos de distúrbios de aprendizado, estimando-se que aproximadamente 50% das crianças epilépticas têm alguma dificuldade na escola.

DESENVOLVIMENTO

Epilepsia é um distúrbio comum a várias doenças. Na verdade, é uma síndrome, ou seja, um conjunto de sinais e sintomas que caracterizam determinada condição e indicam que, por algum motivo, um agrupamento de células cerebrais se comporta de maneira hiperexcitável. A epilepsia é uma das doenças primárias do sistema nervoso central (SNC) mais comuns, afetando 40 milhões de pessoas no mundo, a epilepsia corresponde a 1% da carga global de doenças, taxa equivalente à de câncer de pulmão nos homens e à de câncer de mama nas mulheres. Acredita-se que vários fatores contribuam para esse fato, como prevalência maior de doenças parasitárias, lesões ao nascimento, acidentes e violência.

Epilepsia é uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos e se expressa por crises epilépticas repetidas. Isso pode gerar manifestações clínicas, ou seja, crises epiléticas parciais (se os sinais elétricos estão desorganizados em apenas um dos hemisférios cerebrais), ou totais (se essa desorganização ocorrer nos dois hemisférios). Na grande maioria dos casos, as crises desaparecem espontaneamente, mas a tendência é que se repitam de tempos em tempos. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Crise que dura mais de cinco minutos ou crises recorrentes indicam uma situação de emergência neurológica conhecida como estado do mal epilético, Nesse caso, o paciente precisa de atendimento médico imediato.

O diagnóstico de uma Epilepsia é fundamentalmente clínico e os meios complementares habitualmente utilizados, como sejam o EEG, a tomografia computorizada (TC CE) ou a ressonância magnética (RMN CE), servem para uma melhor caracterização da situação e avaliação da sua etiologia. As crises epilépticas, tal como o seu nome indica, têm em comum uma característica especial, que é o seu aspecto crítico: início e final bruscos, curta duração – poucos segundos ou minutos. Para caracterizar a epilepsia, é indispensável haver recorrência espontânea das crises com intervalo de no mínimo 24 horas entre elas. Um episódio único não é indicativo da síndrome. Ouvir a história do paciente e o relato das pessoas que presenciaram a crise também ajuda a determinar o diagnóstico. Além disso, é preciso certificar-se de que não existe nenhum fator precipitante da crise, seja tóxico, seja provocado por alguma outra doença.

Existem múltiplos fatores que podem desencadear uma crise epilética. Entre os mais comuns, podem-se destacar lesões no cérebro decorrente de traumatismos de parto e traumatismos cranianos – que provocam cicatrizes cerebrais. A ingestão excessiva de álcool, consumo de drogas ou outras substâncias tóxicas, doenças infecciosas (como meningite), neurocisticercose (“ovos de solitária” no cérebro), tumores, ou, ainda, acidentes vasculares (AVC) hemorrágicos ou isquêmicos e outros problemas cardiovasculares, também podem provocar um ataque epiléptico. Uma crise epiléptica não caracteriza um quadro de epilepsia. Para que isso ocorra, é necessário que, no período de um ano, hajam duas ou mais crises originadas espontaneamente. Ao contrário de muitas crenças populares, a epilepsia não é contagiosa. No entanto, a maior parte dos casos de epilepsia – quando não são sintomas de outras doenças – não possuem procedência clara. Distúrbios cerebrais de causa genética estão entre as possíveis causas.

A comunicação entre os neurônios se dá por meio de impulsos ou sinais elétricos. Quando esses sinais são transmitidos de maneira irregular, surgem os sintomas da epilepsia. As alterações nas descargas neuronais podem ser localizadas, compreendendo um dos hemisférios cerebrais, ou difusas, quando ambos hemisférios são atingidos. No primeiro caso é originada uma crise parcial, no segundo, uma crise generalizada. As crises podem ser de diversos tipos, conforme o comprometimento do hemisfério afetado. Um deles é a crise de ausência, quando o indivíduo fica estático e ausente, retornando em seguida, onde tinha parado. Devido a sua curta duração, dificilmente é percebida por familiares.

Crises parciais podem ser simples ou complexas. Nos casos simples, o estado de consciência permanece inalterado. Nas crises parciais complexas o estado de consciência fica alterado, ou seja, a pessoa não consegue interagir com outras e não se lembra do que acontece no período da crise. Estas crises são provocadas por alterações localizadas em qualquer parte do cérebro, e portanto, causar os mais variados tipos de sintomas. Por exemplo, durante uma crise parcial simples a pessoa pode apresentar sensações de formigamento, contrações em um braço ou pernas. Há um tipo de crise que se manifesta como se a pessoa estivesse “alerta” mas não tem controle de seus atos, fazendo movimentos automaticamente. Durante esses movimentos automáticos involuntários, a pessoa pode ficar mastigando, falando de modo incompreensível ou andando sem direção definida. Em geral, a pessoa não se recorda do que aconteceu quando a crise termina. Esta é chamada de crise parcial

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