FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE PSICOLOGIA
Por: GracieleXavierG • 11/4/2019 • Trabalho acadêmico • 1.360 Palavras (6 Páginas) • 198 Visualizações
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UNIÃO DE ENSINO SUPERIOR DE VIÇOSA
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE PSICOLOGIA
Testes de Personalidade
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VIÇOSA
MINAS GERAIS – BRASIL
2016
1. INTRODUÇÃO |
O século XXI foi marcado em seu início por um período em que houve diversas transformações na área da avaliação psicológica, onde se enfrentava o problema da utilização de maneira equívoca de testes e instrumentos.
O conselho Federal de Psicologia em 2003 publicou a resolução 2/2003 definindo o que são os testes psicológicos, bem como os critérios mínimos para a utilização profissional destes.
A avaliação psicológica é um exame de caráter compreensivo, criado para responder questões relacionadas ao funcionamento psíquico de um individuo durante um período especifico, ou para prever o funcionamento psicológico futuro da pessoa. Esta deve estabelecer informações fundamentadas que direcionem, afirmem ou que sustentem o processo de tomada de decisão em contextos específicos, em que a decisão precisa levar em conta informações acerca do funcionamento psicológico.
A avaliação psicológica é normalmente associada aos testes psicológicos, sendo importante ressaltar que esta pode ser realizada sem a utilização dos mesmos, através de técnicas de entrevista e observação.
Os testes são um instrumento utilizado pelo psicólogo para ajudar a compreender o mundo interno e funcionamento dos indivíduos, os quais são extremamente válidos quando fabricado, escolhido e aplicado da forma correta.
Existem vários tipos de testes psicológicos, os que avaliam inteligência, testes de personalidade, de atenção, memória, entre outros, sendo os de personalidade os instrumentos mais disponíveis no mercado profissional, pois são imprescindíveis em qualquer área de atuação do psicólogo.
Os testes de personalidade podem ser projetivos, expressivos ou ainda, avaliar traços de personalidade, sendo o número de pesquisas em relação às técnicas projetivas um pouco escassas, contudo sua popularidade ainda é preservada devido ao refinamento de seus sistemas de avaliação e interpretação.
2. DESENVOLVIMENTO
Hogan(2006), define personalidade como um conjunto de comportamentos e processos psicológicos implícitos que uma pessoa desenvolve e usa para conquistar metas subjetivamente concebidas relacionadas à: conseguir a aceitação e inclusão social e conquistar status e obter influência.
Roberts & Wood (2006), afirmam que os o conteúdos da personalidade são revelados e organizados em duas categorias psicológicas e metodológicas, (a) a identidade, ou autorrelatos; e (b) a reputação, ou relatos de observadores. As quais também são definidas como a) ator e b) do observador.
O ponto de vista do ator manifesta-se nas interpretações de suas ações se revelando em seu estilo comportamental o qual usa para alcançar seus objetivos pessoais, já o do observador se traduz como descritores, adjetivos ou traços, como calmo, curioso, agressivo.
A avaliação realizada por instrumentos expressivos como, TAT e Rorschach, transmite ao observador a possibilidade de presumir relatos emitidos pelo ator perante os estímulos não estruturados que lhe são expostos.
Segundo Roberts & Wood (2006), nos instrumentos expressivos, TAT e Rorschach, a avalição do observador baseia-se nos relatos do ator, tendo como ponto de partida o repertório léxico e semântico do indivíduo, não revelando precisamente a imagem da pessoa.
Ainda que instrumentos expressivos sejam muito respeitados e utilizados de forma ampla, sabe-se que são muito vulneráveis.
O método projetivo surgiu em 1939, por Frank para nomear o estudo de personalidade baseando-se no teste de associação de palavras de Jung ( 1904), testes de manchas de tinta de Rorschach em 1920 e T.A.T. (Teste de Apercepção Temática) de Murray em 1935.
Frank(1939) aborda uma dinâmica abrangente da personalidade nesses testes, de modo que os elementos se relacionam e o individuo expressa uma atividade construtiva e interpretativa a fantasia interior. Onde conforme os estímulos são apresentados ao sujeito sua resposta será projetiva, exposta por sua maneira particular de ver a situação, de sentir e de interpretar.
Segundo Lopes(1998), as mudanças que ocorrem só se tornam explícitas quando as técnicas tradicionais permitem centrar no sujeito, destacando o contexto global no qual este está inserido. Desse modo e possível identificar dados projetivos tanto relacionados a fatores socioculturais quanto de fatores relacionados à variáveis internas.
Para Alves (1997), os testes projetivos possuem vasta aplicação para apuração e diagnóstico da personalidade, sendo indispensáveis para a realização da avaliação psicológica.
Acredita-se que traços de personalidade facilitam algumas formas de expressão social e dificultam outras bem como o modo particular como o indivíduo como o sujeito se comporta em sociedade, as satisfações e frustrações que alcançam ao manterem contato com outras pessoas.
O modelo dos cinco grandes fatores surgiu de forma empírica, baseado em uma análise de instrumentos tradicionais, sendo o instrumento mais adequado para a exploração da relação entre traços de personalidade e habilidades sociais.
NEO-PI-R (Costa & McCrae, 1992), pode ser nomeado como o principal instrumento utilizado para realizar essa medida no Brasil e no mundo.
O Modelo dos Cinco Grandes Fatores descreve os seguintes traços de personalidade: altos escores em extroversão revelam pessoas sociáveis, ativas, falantes, otimistas e afetuosas; enquanto que baixos escores revelam pessoas que tendem a ser reservadas, sóbrias, indiferentes, independentes e quietas; o fator socialização descreve pessoas que tendem a ser generosas, bondosas, afáveis, prestativas e altruísticas de um lado e pessoas cínicas, não cooperativas e irritáveis, podendo chegar a ser manipuladoras, vingativas e implacáveis, de outro; alta pontuação em escrupulosidade indica comportamentos no sentido da organização, persistência, controle e motivação para alcançar objetivos altruísticos; enquanto que baixas pontuações revelam pessoas que tendem a não ter objetivos claros, não serem confiáveis e serem preguiçosas, negligentes e hedonistas; no fator neuroticismo, indivíduos com escores altos são propensos a sofrimentos psicológicos, podendo apresentar idéias irreais, baixa tolerância à frustração e respostas de coping não adaptativas, enquanto que indivíduos mais equilibrados emocionalmente, apresentam escores mais baixos nesse fator; altos escores no fator Abertura para novas experiências são obtidos por indivíduos curiosos, imaginativos e criativos, que se divertem com novas idéias e valores não convencionais, enquanto que baixos escores são obtidos por indivíduos que tendem a ser convencionais em suas crenças e atitudes, conservadores em suas preferências e menos responsivos emocionalmente.
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