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Facas capturadas na prisão de Alagoan

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Por:   •  7/6/2014  •  Tese  •  719 Palavras (3 Páginas)  •  154 Visualizações

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O uso de celulares dentro dos presídios alagoanos não é novidade. Ano passado, mais de 2.500 foram apreendidos e destruídos pela Justiça. Apesar do rigor nas revistas a familiares de presos, a quantidade de aparelhos já apreendidos indica que o número pode ser ainda maior este ano e, conforme denúncias, esteja diretamente ligado à corrupção dentro do sistema prisional.

Celulares, drogas, armas e uma variedade de aparelhos eletrônicos "fazem a festa" dos detentos e facilitam o comando de quadrilhas criminosas e a prática de delitos de dentro dos módulos. De acordo com o relato de dois ex-detentos alagoanos ao TNH1, a entrada do material é, na maioria dos casos, providenciada pela própria administração penitenciária.

Comprar um aparelho dentro do presídio pode ser fácil, mas não é barato. Segundo um profissional autônomo que ficou detido quatro meses no Cadeião em 2012, o celular mais simples, do modelo conhecido como “lanterninha”, custa R$ 2 mil. E quase toda a população carcerária tinha um.

A venda, segundo ele, é efetuada pelo próprio preso em conluio com agentes penitenciários. “Só os ‘cabeça’ lá dentro vendiam. Eles ficavam com R$ 1 mil e o agente, que trazia o aparelho, com outros R$ 1 mil. Muitas vezes deixavam os celulares com os ‘sem convivência’, os ‘tarados’, que ficavam numa área longe. No meio da noite, eles saiam batendo nas celas pra fazer a entrega”, contou.

Questionado como um detento teria condições de pagar preços tão altos, a fonte do TNH1 disse que o dinheiro vem do tráfico de drogas, que “come solto” dentro do presídio. O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas, Jarbas Sousa, reconhece que existe corrupção, mas diz que estes valores estão “superfaturados”.

“Isto é mentira, não existe. Os presos são miseráveis, não têm condições de pagar tão caro. Já recebemos denúncias de um detento que comprou um celular por R$ 200 a um advogado. Há informações que levam a crer que a corrupção existe, mas nós reprovamos esta postura e esperamos a punição dos servidores que forem flagrados cometendo isso”, afirma Jarbas.

Facas apreendidas em presídio alagoano

Agentes são corruptos, dizem ex-detentos

Nos 123 dias de experiência no Cadeião, o profissional autônomo, preso após cometer um roubo, disse ter observado que não havia um único agente penitenciário “sério”. “Todo mundo ali estava envolvido. Mas o diretor, um homem gordo que eu vi poucas vezes, era rígido e até onde eu saiba não participava do que acontecia”, comentou.

"Agentes penitenciários, diretores. Praticamente não há nenhum incorruptível", conta um jovem ouvido pela reportagem que, por questões de segurança, prefere não ter o nome divulgado. Ele ficou poucos dias detido na área da triagem do Baldomero Cavalcanti, tempo suficiente para entender como funcionava o esquema liderado por facções criminosas e se surpreender com as regalias garantidas, segundo ele, por agentes penitenciários.

A denúncia dá conta de que tudo pode ser comprado ou negociado de dentro do Sistema Prisional. Em cada módulo, de acordo com o jovem, havia dois líderes, que possuíam armas. Os demais reeducandos

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