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Figuras Ambiguas

Por:   •  13/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.966 Palavras (8 Páginas)  •  2.947 Visualizações

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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
Curso de Psicologia  -  Campus Cidade Universitária

Ana Claudia Demattê Soares  -  T746DC-6

Caroline Ferreira da Silveira  -  B54DAF-0

Jaciel Antonio Gomes  -  B39GDI-3

Pedro Garcia Macedo  -  B2061G-8

Rafael Oliveira  -  B51CBA-3

Sueley da Silva Barboza  -  B48872-7

TRABALHO DE CAMPO  -  PPB

FIGURAS AMBÍGUAS

São Paulo

2012


APRESENTAÇÃO

O conceito de figura ambígua, também conhecida como figura-fundo (onde a figura vira fundo e o fundo vira figura), foi desenvolvido pela Psicologia da Forma (Gestalt), e tenta explicar como percebemos figuras definidas e salientadas que ficam em fundos indefinidos.

Um estímulo é declaradamente ambíguo quando não corresponde a uma forma imediatamente reconhecida ou quando se podem fazer várias “leituras”. O ser humano tem, então, a tendência para interpretar o estímulo de forma a torná-lo coerente. Esta interpretação faz-se muitas vezes em função das expectativas do receptor.

A percepção pode ser descrita como a forma como vemos o mundo à nossa volta, o modo como o indivíduo constrói em si a representação e o conhecimento que possui das coisas, pessoas e situações, ainda que, por vezes, seja errado. Perceber algo ou alguém é captá-lo através dos sentidos e também fixar essa imagem.

As relações entre o indivíduo e o mundo que o rodeia são, assim, regidas pelo mecanismo perceptivo e todo o conhecimento é necessariamente adquirido a partir da percepção. Dois indivíduos, da mesma faixa etária, que sejam sujeitos ao mesmo estímulo, nas mesmas condições, o captam, o selecionam, o organizam e o interpretam com base num processo perceptivo individual segundo as suas necessidades, valores e expectativas.

O processo perceptivo inicia-se com a captação, através dos órgãos dos sentidos, de um estímulo que, em seguida, é enviado ao cérebro. A percepção pode, então, ser definida como a recepção, por parte do cérebro, da chegada de um estímulo, ou como o processo através do qual um indivíduo seleciona, organiza e interpreta estímulos. Este processo pode ser decomposto em duas fases distintas: a sensação, mecanismo fisiológico através do qual os órgãos sensoriais registram e transmitem os estímulos externos; e a interpretação que permite organizar e dar um significado aos estímulos recebidos. A sensação corresponde a uma resposta direta e imediata dos órgãos sensoriais a um estímulo básico como a luz, a cor, o som, ou o tato. A sensibilidade ao estímulo varia consoante a qualidade sensorial dos órgãos receptores, e a quantidade e a intensidade dos estímulos aos quais estamos expostos. Por exemplo, uma pessoa cega tem a percepção auditiva e tátil mais desenvolvida que a maioria das pessoas e, como tal, é capaz de ouvir sons que normalmente as pessoas não ouvem conscientemente. (www.portaldomarketing.com.br/Artigos/Percepcao.htm)

Quando nos deparamos com algo, a nossa percepção o capta como um todo e a seguir percebemos suas partes. Donde podemos afirmar que o todo é anterior às suas partes. O todo, na realidade, perde muito de seu significado, da sua importância, no momento em que, para ser analisado, é dissecado em suas partes. O todo é, na realidade, um fato fenomenológico global e é através desta globalidade que os fenômenos podem ser compreendidos, criando ou dando consciência de sua natureza intrínseca. Dado um todo perceptual, parte da percepção será figura e o resto fundo.

OBJETIVO

O presente trabalho teve como objetivos: identificar as principais diferenças entre homens e mulheres na leitura de uma figura ambígua e avaliar a capacidade de percepção de adultos jovens (idades entre 25 a 40 anos) com relação à figura ambígua.

HIPÓTESES

Ao abordarmos figura e fundo, estamos abordando a forma ou a formação de realidades ou daquilo que se chama “formação duo”: uma figura “sobre” ou “dentro” de “outra”. Um estímulo é declaradamente ambíguo quando não corresponde a uma forma imediatamente reconhecida ou quando se podem fazer várias leituras.

 

O indivíduo tem a tendência para organizar todas as percepções segundo dois planos: o da figura, elemento central que capta o essencial da atenção, e o fundo, pouco diferenciado. Existe uma reversibilidade, isto é, a figura torna-se fundo e o fundo torna-se figura. O ser humano tem, então, a tendência para interpretar o estímulo de forma a torná-lo coerente.

Uma das leituras da figura ambígua escolhida pelo grupo pode remeter a sexualidade. A hipótese que o grupo levantou é de que 90% dos homens que vissem a figura iriam ver a sexualidade e este percentual seria muito maior do que o das mulheres que vissem a mesma figura.

MÉTODO

Foi seguida a orientação metodológica experimental e o método utilizado foi o de pesquisa e observação.

Sujeitos: fizemos a pesquisa com 12 adultos jovens (entre 25 a 40 anos de idade), sendo 6 de cada sexo, escolhidos entre pessoas de nosso trabalho ou familiares.

Procedimentos:

  • Demos esclarecimentos a respeito do experimento;
  • Solicitamos a assinatura no documento “livre e esclarecido” aceitando participar do experimento;
  • Estabelecemos critérios para a leitura da figura ambígua: a maneira de observação e o tempo que foi de 3 minutos para cada visualização.

-A apresentação da figura ambígua foi feita em 2 etapas, no mesmo dia:

-etapa 1: apresentação da figura, e o próprio sujeito anotava o que via nos 3 primeiros minutos;

-etapa 2: re-apresentação da figura e o próprio sujeito anotava o que via nos novos 3 minutos;

 

-Observação e anotação da reação dos sujeitos diante da figura.

 

Materiais: figura ambígua ampliada, papel, caneta e cronômetro.

RESULTADOS

Em nossa pesquisa, os sujeitos eram livres para informar o que viam durante os três minutos, portanto embora tenhamos pesquisado apenas 12 pessoas tivemos um número maior de respostas.

Amostra

Respostas

Homens

6

13

Mulheres

6

14

A pesquisa desfez uma das hipóteses do grupo, pois apenas 30% das respostas dos homens viram a figura sexualizada e a interpretação que permite organizar e dar um significado aos estímulos recebidos foram descritas de diversas formas:

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