Grupos Operativos
Por: pamybms • 3/9/2017 • Trabalho acadêmico • 677 Palavras (3 Páginas) • 448 Visualizações
INSTITUTO PRESBITERIANO MACKENZIE
CURSO DE PSICOLOGIA
TEORIAS PSICOSSOCIAIS DE GRUPOS
Fichamento do Artigo:
“Possíveis intervenções e avaliações em grupos operativos”
Pamela Brito de Melo Soares
Turma: 6º K
TIA: 41305094
São Paulo
2016
Como o próprio nome sugere, o grupo focal é realizado com a focalização em determinados aspectos e não em outros, conforme a necessidade de quem o propõe. (CARNIEL, p. 41)
Num contexto clínico, os grupos focais podem estar voltados para o trabalho de queixas específicas, trazidas logo de início pelos integrantes. Estes grupos são mais indicados para queixas homogêneas entre os integrantes. (CARNIEL, p. 41)
Pichon-Rivière (1994) dedicou boa parte dos seus estudos à compreensão da dinâmica presente nas relações do indivíduo com o mundo, descrevendo o processo grupal (título de uma das suas mais importantes obras) como constituindo os indivíduos e sendo por estes constituído. (CARNIEL, p. 42)
Pichon-Rivière (1994) descreve o homem como um ser cujas necessidades só são satisfeitas socialmente, em relações que determina e que, ao mesmo tempo, é por elas determinado. Daqui também deriva a concepção de saúde, proposta por este autor, como estando diretamente ligada à capacidade do ser humano agir de modo “ativamente adaptado”, transformando o mundo e ao mesmo tempo sendo por este transformado, numa relação dialética. (CARNIEL, p. 42)
Segundo Pichon-Rivière (1994) todo grupo operativo se reúne em torno de uma tarefa, que constitui seu principal motivo de existência. Por exemplo: um grupo de psicoterapia tem como principal tarefa a realização do processo de autoconhecimento e compreensão das relações dos integrantes entre si e com o mundo. (CARNIEL, p. 42)
Os registros realizados pelo observador são anotações literais das falas dos participantes – e da coordenação – que, em geral, não são gravadas eletronicamente. Estas anotações são discutidas pela equipe de coordenação, avaliando o motivo do grupo, segundo critérios abordados por Pichon-Rivière (1994) quanto ao clima grupal, a comunicação entre as pessoas, a realização ou não da tarefa. (CARNIEL, p. 42)
Após discutir sobre o movimento ocorrido em determinado grupo, a equipe de coordenação deve organizar uma “crônica” do mesmo, onde ficam explícitos os chamados “vetores” que Pichon-Rivière (1994) afirma estarem presentes em todo processo grupal. Estes vetores apontam para alguns dos aspectos anteriormente mencionados, como a comunicação, a afiliação, a pertinência, a tele (clima grupal) e a aprendizagem. Além da avaliação do processo grupal através das crônicas de cada encontro e da articulação entre todas as realizadas, os registros literais das sessões nos permitem analisar conteúdos manifestos pelos participantes sobre temas que, porventura, queiramos desenvolver. (CARNIEL, p. 43)
Em meu trabalho de doutorado (CARNIEL, 2001) optei pela utilização dos grupos operativos com pacientes em tratamento para disfunções temporomandibulares (DTMs), onde realizei doze sessões, ao longo de um semestre letivo, com a tarefa de compreender os aspectos psicológicos associados às tais DTMs. Ao longo das sessões de grupos operativos, foram surgindo falas que abordavam temas interessantes e que puderam ser desenvolvidos através de uma análise de conteúdo temática, apontando para uma maior compreensão das DTMs e as questões psicológicas a elas associadas. Este é um exemplo em que foi feita a opção pelo estudo das falas dos participantes ao invés do estudo do processo grupal. (CARNIEL p. 43)
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