HISTÓRIA, NOMES E CRITÉRIOS DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO BRASIL
Por: transclin • 18/4/2018 • Trabalho acadêmico • 2.991 Palavras (12 Páginas) • 310 Visualizações
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UNIÃO METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO E CULTURA
HISTÓRIA, NOMES E CRITÉRIOS DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO BRASIL
Jamilly de Sousa Cordeiro
Madson Santos Lima
Itabuna/BA
nov/2017
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UNIÃO METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO E CULTURA
HISTÓRIA, NOMES E CRITÉRIOS DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO BRASIL
Jamilly de Sousa Cordeiro
Madson Santos Lima
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Itabuna/BA
nov/2017
- HISTÓRIA DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO BRASIL
A história da psicologia e da aplicação de testes estão totalmente correlacionadas, muitos pensam que sem esse tipo de instrumento, o profissional da psicologia não seria capaz de fazer uma afirmação considerada científica em relação ao comportamento humano.
Isso ocorre pelo fato de atrelar a ciência às técnicas e consequentemente seus resultados. Porém, a psicologia deve se ater não apenas os prós dos testes, mas também os limites na sua utilização, bem como a validade, a fim de evitar diagnósticos falsos ou deformados.
A avaliação psicológica em uma de suas aplicações práticas foi o desenvolvimento dos testes psicológicos (ANASTASI; URBINA, 2000). Nesse sentido, as autoras citadas afirmam que a avaliação é em muitos casos identificada com parcela da psicologia voltada à criação de instrumentos e técnicas. Todavia, a avaliação e o desenvolvimento de instrumentos, podem ser compreendida como uma área central da ciência psicológica, pois permite a objetivação e operacionalização da teoria. Com isso, ela auxilia a observação sistemática de eventos psicológicos combinando a teoria e prática.
Mais especificamente no Brasil, de acordo com Pasquali e Alchieri (2001) a história dos testes psicológicos contou com uma interpretação do movimento europeu e norte-americano início do século XX e está em paralelo com a própria história da Psicologia brasileira. Ainda com base nos autores é possível compreender a trajetória da avaliação psicológica brasileira em cinco grandes momentos. Primeiramente, o período entre 1836 a 1930, com a chegada e posterior expansão da produção médico-científica acadêmica e também a gênese e o desenvolvimento da Psicologia no Brasil com ideias de cunho positivista, atreladas à psiquiatria, nas cidades de Salvador e Rio de Janeiro.
Neste período, três aspectos foram substanciais para o surgimento do uso de testes psicológicos. a) Psicologia como área de estudo recente nas faculdades de medicina: a abordagem relacionava às questões de Neurologia, Psiquiatria e Saúde Mental. Com a finalidade de compreender o homem e a inteligência foram originadas a Psicofisiologia acerca do Homem, por Francisco Tavares da Cunha, em Salvador, no ano de 1851 e Proposições a respeito da Inteligência, por José Augusto César de Menezes, no Rio de Janeiro, no ano de 1843, respectivamente. Já nas instituições de saúde de Porto Alegre em 1884 e em São Paulo, no ano de 1898, estudos dirigidos à psiquiatria deram destaque à avaliação psiquiátrica.
Fernandes Figueira, pediatra, foi pioneiro ao utilizar um teste de inteligência com pacientes do Hospício Nacional em 1913. O instrumento estruturado de avaliação utilizado foi a escala Binet-Simon essa por sua vez, foi considerada o primeiro instrumento para a mensuração da capacidade cognitiva geral, o chamado Quociente de Inteligência, ou QI. Em relação a publicações José Joaquim Medeiros e Albuquerque lançou em 1924 o primeiro livro de testes denominado “Tests”.
b) Uso de métodos da psicologia nas escolas normais: Iniciou-se uma mobilização da psicologia pedagógica no Rio de Janeiro e em São Paulo. No ano de 1914 começa o funcionamento do Laboratório de Pedagogia Experimental na Escola Normal, com estudos voltados para a memória, inteligência infantil e psicomotricidade.
Isaias Alves adaptou para a realidade brasileira a escala de Binet-Simon em 1924. c) O nascimento de centros de pesquisa psicobiológica em conjunto com aos laboratórios em da área de saúde: Surge então, em 1907 o Laboratório de Psicologia do Hospital Nacional de Alienados.
No momento seguinte descrito por Pasquali e Alchieri (2001) é recortado entre 1930 e 1962, em que houveram movimentos de organização da Psicologia nas Universidades e a expansão das mesmas, além do desenvolvimento do ensino e pesquisa e também na própria profissão da ciência da psicologia. Com isso, a disciplinas de psicologia passou a ser ensinada em diferentes cursos da época.
Em 1927, na cidade de São Paulo, Henri Pierón lecionou pela primeira vez a matéria Psicologia Experimental e Psicometria. Além disso, as pesquisas psicológicas começaram a serem desenvolvidas fora das Universidades, em questões voltadas para o trabalho como o SENAI, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial e o SENAC, Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial.
Assim, nos centros pedagógicos de educação, foram realizadas adaptações e revisões de testes de inteligência e aptidão, além de testes para medida psicológica e verificação do rendimento da aprendizagem (ALCHIERI; CRUZ, 2001). No âmbito do trabalho o setor de transportes foi pioneiro na aplicação da Psicologia, pois foi a origem do campo de atuação da Psicologia do Trânsito. No início da década de 50 começaram os exames para se obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) mediante a entrevistas, provas de aptidão e personalidade.
De acordo com Pasquali e Alchieri (2001), os instrumentos utilizados na época pelos pesquisadores estavam baseados nos testes psicológicos de inteligência, aptidão, inventário de personalidade, mais especificamente as avaliações de inteligência e de personalidade foram as maiores responsáveis pelo crescimento no número de artigos científico na temática de testes psicológicos neste período no país. Os autores afirmam que este período foi o mais produtivo no Brasil quanto às avaliações psicológicas, havendo um entusiasmo significativo e uma crença até mesmo exacerbada quanto ao poder desses instrumentos.
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