História Da Psicologia Solange Morena/Anhanguera
Dissertações: História Da Psicologia Solange Morena/Anhanguera. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: SolangeMorena • 13/10/2014 • 8.135 Palavras (33 Páginas) • 767 Visualizações
História da Psicologia.
Definição: Psicologia é a ciência da alma, ou da psique: ou da mente, ou do comportamento. Refece-se a um conjunto de funções que se distinguem em três grandes vias:
1- a via ativa (movimentos, instintos, hábitos, vontade, liberdade e inconsciente)
2- a via afetiva: (prazer, dor, emoção, sentimento, paixão, amor)
3- a via intelectiva (sensação, percepção, imaginação, memória, ideia, associação de ideias). As três vias se articula em grandes sínteses mentais, exemplo: atenção, linguagem e pensamento, inteligência, julgamento, raciocínio e personalidade.
As três vias são conhecidas como cognitivas, afetivas e conativas. As cognições são a capacidade do intelecto, as afeições são sentimentos e emoções, a conação refere-se as nossas atividades que são as respostas expressivas ou comportamentos. A conação como expressão de você para o outro traz sempre implicações boas ou más.
O surgimento da Psicologia e seu desenvolvimento no Brasil. Nasce em meados do Séc. XIX na Europa, depois nos Estados Unidos e outros países. Para alguns, a Psicologia Social surgiu no ano de 1859, junto com a edição da revista “ Social como um ramo da psicologia burguesa. Para outros, a Psicologia Social surge nos últimos anos do séc. XIX. A Psicologia Social não-soviética tem em comum com a Sociologia burguesa a tendência a justificar a ideologia do capitalismo. Mas não se pode reduzir a Psicologia Social burguesa à sua função ideológica; ela também se ocupa de problemas reais, com métodos para elaborar a informação científica. A Psicologia Social vai muito além desse caráter ideológico que alguns estudiosos tentam impor a ela. Seria medíocre acreditar numa Psicologia Social surge para entender as necessidades do saber científico.
Fontes da Psicologia Social. Platão como fundador da tendência irracionalista na Psicologia Social. Isso porque Platão subestimava a capacidade de raciocínio das massas. De um modo geral, os filósofos antigos desprezavam o papel da massa popular na sociedade. Foi destacado a importância do meio social para educação do homem contra o papel da consciência e das paixões do ser humano para o desenvolvimento da sociedade. A psicologia Social como estudo nasce em 1930-1940. Para efeito deste Ensaio, que se insere no calendário das comemorações com que o Conselho Federal de Psicologia quer festejar o Centenário da Psicologia Científica, dividimos a História da Psicologia, no Brasil, em sete capítulos:
I - A Pré-história (1830 - 1900).
II - A História escrita por Médicos (1900 - 1920).
III - A História escrita por Educadores (1920 — 1960).
IV - A Psicologia na Legislação Nacional (1890 - 1977).
V - Os Encontros das Sociedades de Psicologia (1971 — 1973).
VI - Eleição, posse e atividades do Primeiro Conselho Federal (1973-1976).
VII - Eleição, posse e atividades do Segundo Conselho Federal (1976-1979).
A doutrina de Sigmund Freud foi também fonte e objeto de atividade científica nas Faculdades de Medicina. A primeira tese, nelas defendida, foi a dissertação, em 1914, de Gemserico de Souza Pinto: da psicanálise, a sexualidade das neuroses, no Rio de Janeiro. É o primeiro trabalho, em Português, sobre Psicanálise. A difusão, entretanto, das ideias psicanalíticas se processaria em virtude dos trabalhos de Francisco Franco da Rocha, em São Paulo, 1918; e de Júlio Porto Carreiro, no Rio de Janeiro, 1928. Durval Marcondes, Lourenço Filho, Franco da Rocha, entre outros, fundam, em 1927, a Sociedade Brasileira de Psicanálise, que não duraria muito. Um nome de médico, entre tantos citados, de mérito incontestável para a história da Psicologia, no Brasil, é o de Franco da Rocha. Consideramo-lo um pioneiro em dois campos de atividades afins: na Psicologia, iniciando a aplicação hospitalar de técnicas psicológicas e psiquiátricas; na Psiquiatria, realizando o trabalho de assistência à família do psicopata, hoje empregado, como absolutamente necessário, nos melhores centros, fora do País. As duas célebres Faculdades de Medicina, Rio de Janeiro e Bahia, tiveram, em seus bancos, nomes que ilustram e honram a Medicina Brasileira e a Ciência Psicológica. Bastem citados, entre outros: no Rio, Deolindo Couto, Pernambuco Filho, Antonio Austregésilo, Costa Rodrigues; na Bahia, Raimundo Nina Rodrigues, Juliano Moreira, Afrânio Peixoto e Arthur Ramos. Este, um dos expoentes da Psicologia nacional, entre diversos trabalhos de valor, publicaria, em 1952, Introdução à Psicologia Social.
A pré-história da psicologia, no Brasil 1830-1900 médicos contribuíram para o estudo da Psicologia no Brasil. Em suas teses de doutorado (assim eram denominados os trabalhos de conclusão de curso, nas Faculdades de Medicina), nas teses de provimento de cátedra e nas teses de verificação de títulos, incursionavam, estudantes e profissionais, sobretudo no Rio de Janeiro e Bahia, nas seáras da Psicologia, (evidentemente, racional ou filosófica), trazendo a lume achados e conclusões de interesse não só para o filósofo e historiador, como para o homem de cultura. Entusiasma-nos observar como, então, não se desdenhava da Filosofia por se a reconhecer como a “mater scientiarum”, mesmo nas especialidades médicas e por se saber que, sem ela, empobrece o pensamento, padece a lógica, esbate-se a dialética, morre a crítica, apouca-se a criatividade, sofisma-se a verdade. No Rio de Janeiro, os estudos da Faculdade de Medicina tendiam para a Neuropsiquiatria, a Psicofisiologia e a Neurologia. Dentro dessas instâncias, se situava a maioria das teses defendidas, entrando, não raro, a Psicologia a ser analisada em suas relações com aqueles campos de estudo e pesquisa. Em 1836, Manuel Inácio de Figueiredo Jaime defende tese que nos reporta, de imediato, à obra quase homônima de René Descartes: “Paixões e Afetos da Alma”. José Augusto César de Menezes fez doutorado, em 1834, com o trabalho: Proposições a respeito da inteligência. I. M. Sechenov, célebre Fisiólogo e Psicólogo russo estabelecia os fundamentos da Psicofisiologia dos órgãos dos sentidos, traçando caminhos novos e originais. Ocupou-se dos processos,
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