História da Psicologia Escolar
Por: psicomatch • 25/5/2017 • Trabalho acadêmico • 1.526 Palavras (7 Páginas) • 485 Visualizações
A História da Psicologia Escolar
A Psicologia Educacional nasceu como uma área de estudos da Psicologia que visa os processos de ensino e aprendizagem. Por sua vez, a psicologia escolar é instituída como um campo de aplicação dos conhecimentos da Psicologia Educacional.
Acreditava-se que para a construção de um país moderno era necessária a construção de um novo homem, e essa tarefa de construção estaria sobre a responsabilidade da educação. Porém a educação deveria também utilizar propostas pedagógicos mais modernas. Neste momento a Psicologia surge como uma ciência nova que faria diversas contribuições não só para os professores mas também para o ensino e para toda a escola.
A história da psicologia educacional no Brasil é anterior ao descobrimento do país, se considerarmos que os índios já utilizavam recursos com nuances psicológicas para formar as novas gerações. As primeiras escolas do país surgiram com a chegada dos portugueses, com o intuito de catequizar os índios. Delas surgiram cidades como São Paulo e a certeza de que o ensino no Brasil é um processo a desafiar a combinação de conhecimentos entre educação e psicologia.
A psicóloga Educacional Mitsuko Antunes afirma que as relações entre psicologia e educação no Brasil são identificadas desde o período colonial. As escolas do seculo XVI utilizavam a bíblia como material didático e ensinavam a ler e interpretar seus ensinamentos. Já as escolas do século XVIII e XIX tinham o intuito de civilizar os alunos focava em qual maneira seria melhor para que o aluno entendesse os conteúdos.
A proclamação da República pode ser considerada um marco para a psicologia da educação no Brasil. Impulsionado pelo positivismo de republicanos influentes como Benjamin Constant a universalização do ensino ganhou status de política pública. Prova disso foi a criação do Pedagogium em 1980 e o surgimento de escolas normal em várias cidades do país destinadas a formação de professores. Neste mesmo momento, surgem os grupos escolares concentrando vários alunos em uma mesma classe sobre os cidades de um únicos professor.
No final do século XIX a psicologia passa a ser reconhecida como uma ciência independente, não mais como uma sub-área no interior da filosofia ou como uma temática da pedagogia, da medicina e da fisiologia, mas passa a se constituir como ciência.
Com essa nova modalidade de ensino onde todas as crianças tem a mesma idade, sendo coordenadas por um único professor em um mesmo ambiente, começam a surgir questões de porquê as crianças não aprendem igual. Essa questão incia uma discussão sobre um fenômeno do século XIV denominado "fracasso escolar", e é nesse momento onde a psicologia surge como auxiliar da pedagogia no meio escolar.
O pensamento predominante ainda isolava o fracasso do aprendizado na chamada "criança problema", mas instituições como a escola normal de SP, o instituto de psicologia de Pernambuco e a escola de aperfeiçoamento pedagógico de Belo Horizonte, instalam laboratórios voltados para a pesquisa em educação com foco na relação ensino/aprendizagem estimulado pelo ambiente escolar.
A psicóloga Diana Gonçalves cita a diferença dos métodos utilizados nas décadas entre 1908 e 1940 onde inicialmente as carteiras eram coladas ao chão e o professor era imagem central da classe e todos os alunos virados para ele no ensino intuitivo, já na década de 30 as carteiras não são mais coladas ao chão e são organizadas em grupos e onde o professor não tem destaque.
O homem novo deveria ser preparado para se integrar ao processo de industrialização do país e acompanhar a mudança das instituições. Consequência dessa situação é a decisão do governo federal de introduzir a psicologia como disciplina das escolas normais, dividindo a cadeira de pedagogia. Helena Antipoff no instituto de psicologia de Belo Horizonte e Noemy Rudolfer em São Paulo coordenavam a aplicação de testes como bases de pesquisas para consolidar a psicologia da educação no país.
De acordo com Geraldina Porto Winter a psicologia dos anos 60 e 70 foi de grandes mudanças pois as crianças antes eram encaminhadas como crianças problema, para o serviço de psicologia do estado, recebiam diagnósticos e tratamentos, que na maioria das vezes o número de sessões não condiziam com da resolução da questão. Ainda segundo ela todos os problemas eram relacionados com a sociedade, família, desajustes do lar mas nunca da escola ou do educador.
A partir da década de 70 se vê mudanças na atuação do psicólogo, pois há mais estudos e experimentos e os profissionais começam a se direcionar a escola visando não somente os alunos mas também os professores e profissionais do âmbito escolar. Segundo Mitsuko , a crítica voltada para a psicologia da educação nasce também nesse época, segundo ela se direcionavam a maneira como a psicologia foi entendida é utilizada. Entre as décadas de 60 e 70, 80% do ensino público no país é efetivado, o que gerou questionamentos sobre os limites entre a atuação do psicólogo, orientador e coordenador.
No início dos anos 80 os alunos de classe média migram para as escolas privadas, o que refletiu na queda da qualidade do ensino público.
Segundo
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