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INCLUSÃO EDUCATIVA

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Por:   •  31/8/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.288 Palavras (6 Páginas)  •  224 Visualizações

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INCLUSÃO EDUCACIONAL

Antonio Pinheiro de Rezende

Com base no conteúdo estudado, pode-se entender que o assunto “Inclusão na escola” vem sendo discutido interdisciplinarmente pelas ciências e instituições representativas de diversos setores da educação e outros setores da sociedade. É um assunto que, apesar da complexidade e conquistas já alcançadas, continua merecendo especial atenção pela sua importância tanto para aqueles que precisam ser inseridos e aceitos dentro da sociedade, quanto para aqueles que precisam favorecer a inserção. A inclusão educacional de pessoas portadoras de necessidades especiais envolve instituições educacionais, instituições de governo, família, enfim toda a sociedade de um modo em geral.

A inclusão é mais que uma inserção de pessoas portadoras de deficiências, ou de necessidades especiais dentro de um determinado grupo ou sociedade. Envolve aplicação de todos os mecanismos para que haja uma verdadeira integração do individuo, para que ele possa se sentir fazendo parte do grupo, do meio e, não à margem. Para que haja de fato uma ação inclusiva, todos precisam ter em mente que a sociedade, com todas as suas representações sociais (família, igreja, governo e escola) é formada pelas diferenças, pelas diversidades. Os indivíduos que a compõem não são iguais nem físico, psíquico ou espiritualmente. Cada indivíduo, com suas dimensões constitutivas, tem seu valor particular, único, como pessoa.

Cabe ressaltar que inclusão e integração são conceitos distintos. Pense assim: integração seria a inserção da pessoa portadora de necessidade especial (PNE) na sociedade, e inclusão, a modificação da sociedade para atender à pessoa PNE. Ou seja, inclusão é maior que integração. (Caderno de Estudo: Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem. Pag. 139 e 140).

O indivíduo portador de necessidades especiais precisa, quando pode, realizar uma autorregulação para adequar-se melhor ao meio e conseguir estabelecer relação sadia com o grupo ou sociedade que vai integrar. E a sociedade, com suas instituições representativas, precisa usar de todas as ferramentas necessárias para receber este indivíduo adequadamente, adaptando os espaços, ambientes e objetos para que ele se sinta verdadeiramente incluso, inserido, partícipe. Precisa vencer os obstáculos excludentes, como preconceito, a intolerância, a discriminação, etc., aceitando as diferenças, fazendo com que a diversidade seja um motivo de fortalecimento para o individuo e o grupo.

Mas e quanto às escolas contemporâneas? Em minha comunidade testemunho um grande esforço de alguns professores na busca pela formação na área de inclusão escolar. Mas são poucos. É uma área de pouco interesse, tanto por parte do profissional, quanto por parte das instituições educacionais e governamentais locais (estado e município), pois envolve um atendimento às minorias. Desses profissionais, a maioria busca, por conta própria, com grande sacrifício especializar-se na área de educação inclusiva. Mas muitos acabam desistindo de atuar na prática em sua escola. Os motivos são muitos: o grande desnível econômico-social, o desinteresse do governo em investir adequadamente no setor, o despreparo da gestão na educação por parte do estado, do município, ambientes antigos, inadequados, recursos didáticos e metodológicos inapropriados ou defasados, o pouco ou nenhum acesso às tecnologias que facilitam e amplia o acesso à informação, a não participação da família na vida escolar dos filhos, enfim, dificuldades que impedem acessibilidade à verdadeira educação inclusiva. É mais fácil construir um estádio no meio da Amazônia que reformular acessibilidade em uma escola, dar formação aos professores, adequar os recursos didáticos às necessidades dos portadores de deficiência. A sociedade, o estado, a igreja e a família precisam envolver-se conjuntamente nas soluções dos desafios que a inclusão educacional traz.

“Desigualdades sociais; exclusão digital; consequência socioeconômica da distribuição cultural perversa do acesso a computadores e internet. Ausência de livros, cadernos nas casas e escolas. Ausência de motivação familiar. Ausência na prática educativa das vozes excluídas por tanto tempo, as ditas minorias...”. (Caderno de Estudo: Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem. Pag. 137).

Nas instituições escolares que visitei, percebi enormes deficiências quanto à gestão, a politica pedagógica direcionada ao setor de inclusão social e o envolvimento desanimador das famílias com a escola. O fracasso quanto ao sucesso da inclusão que testemunhamos é um grande jogo de empurra-empurra. A família acha que o problema educacional é somente da escola, as instituições escolares acham que a responsabilidade do insucesso é do governo. E este transfere às responsabilidades as escolas. Ninguém fala a mesma língua. E os portadores de necessidades especiais vão ficando a margem de seus direitos de acessibilidade.

Os profissionais de educação que trabalham como professores de apoio não têm preparo especifico na área inclusiva, na maioria das vezes, muitos já são aposentados, ou estão para aposentar. A maioria acha que os anos de experiências docentes bastam para auxiliar no apoio aos portadores de deficiência. Na verdade o que se percebe é uma grande resistência

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