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As Praticas Educativas Nas Series Iniciais

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Por:   •  23/7/2013  •  1.892 Palavras (8 Páginas)  •  3.147 Visualizações

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AS PRÁTICAS EDUCATIVAS NAS SERIES INCIAIS

Cleia Oliveira Francisco

Prof. Vilson Ribeiro

Centro Universitário Leonardo da Vinci-UNIASSELVI

PEDAGOGIA (0331) – Prática Módulo V

27/05/13

RESUMO

Os brinquedos e as brincadeiras são excelentes oportunidades para nutrir a linguagem da criança, pois o contato com diferentes objetos e situações estimula a linguagem interna e o aumento do seu vocabulário. Porque alfabetização e letramento são conceitos frequentemente confundidos ou sobrepostos, é importante distingui-los, ao mesmo tempo em que é importante também aproximá-los, a distinção se faz necessária porque a introdução, no campo da educação, do conceito de letramento tem ameaçado perigosamente a especificidade do processo de alfabetização, por outro lado, a aproximação é necessária porque não só o processo de alfabetização, embora distinto e específico, altera-se e configura no quadro do conceito de letramento, como também este é dependente do outro. Para elucidar este processo de aquisição da língua escrita, é preciso buscar evidenciar as práticas e intervenções realizadas pelo docente alfabetizador na formação do sujeito letrado. Essa visão integradora, que vem sendo estudada, entre outras áreas de conhecimento, nos auxilia a compreender a ludicidade numa perspectiva diferenciada daquelas que a considera a partir de significações opostas ou contraditórias.

Palavras-chave: Práticas Educativas, Brincadeiras Lúdicas; Alfabetização.

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como foco apresentar algumas Práticas Educativas do nas series iniciais, utilizadas por docentes a fim de buscar novos métodos de ensino, buscando assim despertar o interesse dos educandos. Como por exemplo, alfabetizar o aluno através do letramento, pois alfabetização e letramento são dois processos, caminham juntos, ou melhor, o letramento, como vimos, antecede a alfabetização, permeia todo o processo de alfabetização e continua a existir quando o aluno já está alfabetizado. Diante disso o professor deve oferecer ao aluno condições para que ele tenha seu direito de aprender através de brincadeiras e outras praticas, garantindo, o que além de trazer prazer, traz maiores possibilidades do seu desenvolvimento.

Os brinquedos e as brincadeiras são excelentes oportunidades para nutrir a linguagem da criança, pois o contato com diferentes objetos e situações estimula a linguagem interna e o aumento do seu vocabulário. O entusiasmo pela brincadeira faz com que a linguagem verbal se torne mais fluente e haja maior interesse pelo conhecimento de palavras novas. A variedade de situações que o brinquedo possibilita pode, ainda, favorecer a aquisição de novos conceitos.

Para elucidar o processo de aquisição da língua escrita, é preciso buscar evidenciar as práticas e intervenções realizadas pelo docente alfabetizador na formação do sujeito letrado.

O presente trabalho mostra que é preciso considerar que a brincadeira faz parte da vida da criança, além de propiciar prazer e diversão, pode representar um desafio e estimular o seu pensamento reflexivo. Essa vivência não pode ser privilegiada apenas na Educação Infantil, necessitando ser estimulada, também, ao longo do Ensino Fundamental.

Acredita-se que uma das praticas considerada importantes é a realização de algumas práticas diárias, como a leitura compartilhada, a utilização de textos que os alunos saibam de cor e de listas, a roda de leitura entre outras, reflete positivamente no desenvolvimento da língua escrita, assim como no gosto pela leitura enriquecendo o processo alfabetizador.

2 ALFABETIZAR LETRANDO UMA PRÁTICA EDUCATIVA QUE DÁ CERTO

Porque alfabetização e letramento são conceitos freqüentemente confundidos ou sobrepostos, é importante distingui-los, ao mesmo tempo em que é importante também aproximá-los, a distinção se faz necessária porque a introdução, no campo da educação, do conceito de letramento tem ameaçado perigosamente a especificidade do processo de alfabetização, por outro lado, a aproximação é necessária porque não só o processo de alfabetização, embora distinto e específico, altera-se e configura no quadro do conceito de letramento, como também este é dependente do outro.

O processo de letramento inicia-se quando a criança nasce em uma sociedade grafocêntrica, começando a letrar-se a partir do momento em que convive com pessoas que fazem uso da língua escrita, e que vive em ambiente rodeado de material escrito. Assim ela vai conhecendo e reconhecendo práticas da leitura e da escrita. Já o processo da alfabetização inicia- se quando a criança chega à escola.

Cabe à educação formal orientar esse processo metodicamente, mas, segundo Peixoto (et al, 2004):

Não basta apenas o saber ler e escrever, necessário é saber fazer uso do ler e do escrever, saber responder às exigências de leitura e de escrita que a sociedade faz, pois: enquanto a alfabetização se ocupa da aquisição da escrita por um indivíduo, ou grupo de indivíduos, o letramento focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição de uma sociedade.

Depois que iniciaram-se os estudos do letramento, o conceito de alfabetização foi reduzido à mera decodificação, ao simples ensinar a ler e escrever. Não devemos desmerecer a árdua tarefa, a importância de ensinar a ler e a escrever, pois a aquisição do sistema alfabético se faz necessária para o indivíduo entrar no mundo da leitura e da escrita.

Na realidade, alfabetização e letramento, esses dois processos, caminham juntos, ou melhor o processo de letramento, como vimos, antecede a alfabetização, permeia todo o processo de alfabetização e continua a existir quando já estamos alfabetizados. Segundo Soares “deve-se alfabetizar letrando: Alfabetizar letrando significa orientar a criança para que aprenda a ler e a escrever levando-a a conviver com práticas reais de leitura e de escrita substituindo as tradicionais e artificiais cartilhas por livros, por revistas, por jornais, enfim, pelo material de leitura que circula na escola e na sociedade, e criando situações que tornem necessárias e significativas práticas de produção de textos”.

3 ANÁLISE DA ESCRITA: A PRATICA EDUCATIVA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

Para elucidar este processo de aquisição da língua escrita, é preciso buscar evidenciar as práticas e intervenções realizadas pelo docente alfabetizador na formação do sujeito letrado. Para os alunos não acostumados com a participação em atos de leitura, que não conhecem o calor que possui, é fundamental ver seu professor envolvido com a leitura e com o que conquista por meio dela. Ver alguém seduzido pelo que faz pode despertar o desejo de fazer também.

É interessante organizar também a sua turma em duplas produtivas de trabalho, De certa forma, é preciso agir como se o aluno já soubesse aquilo que deve aprender. Entre a condição de destinatário de textos escritos e a falta de habilidade temporária para ler automaticamente é que reside a possibilidade de, com ajuda dos já leitores, aprender a ler pela prática da leitura. Trata-se de uma situação na qual é necessário que o aluno ponha em jogo tudo que sabe para descobrir o que não sabe, portanto, uma situação de aprendizagem. Essa circunstância requer do aluno uma atividade reflexiva que, por sua vez, favorece a evolução de suas estratégias de resolução das questões apresentadas pelos textos.

Essa atividade só poderá ser realizada com a intervenção do professor, que deverá colocar-se na situação de principal parceiro, agrupar seus alunos de forma a favorecer a circulação de informações entre eles, procurar garantir que a heterogeneidade do grupo seja um instrumento a serviço da troca, da colaboração e, conseqüentemente, da própria aprendizagem, sobretudo em classes numerosas nas quais não é possível atender a todos os alunos da mesma forma e ao mesmo tempo. A heterogeneidade do grupo, se pedagogicamente bem explorada, desempenha a função adicional de permitir que o professor não seja o único informante da turma.

E de acordo com a intenção da atividade, faz as variações, por exemplo, em uma atividade de escrita, alfabético (escriba) pré-silábico (redator) ou silábico-alfabético/alfabético em que ambos compartilham a função de escriba. As atividades realizadas com textos que os alunos sabem de cor também proporcionam momentos preciosíssimos de reflexões, uma vez que os alunos de escrita não-alfabética têm como tarefa a ordenação de frases ou palavras do texto.

Nas atividades de "leitura" o aluno precisa analisar todos os indicadores disponíveis para descobrir o significado do escrito e poder realizar a leitura pelo ajuste da leitura do texto, que conhece de cor, aos segmentos escritos garante que o esforço de atribuir significado às partes escritas coloque problemas que ajudem o aluno a refletir e aprender . Embora não leiam de forma convencional, os alunos utilizam-se de critérios para encontrar as palavras, como, por exemplo, identificando com que letra começa ou termina determinada palavra. E, depois de concluída a ordenação, fazem o ajuste da leitura, uma vez que o texto já é de seu domínio oral. Para os alunos alfabéticos, a realização da tarefa dá-se com a montagem do texto com letras móveis , número exato de letras, sem sobrar alguma ou a escrita do texto.

As propostas de escrita mais produtivas são as que permitem aos alunos monitorarem sua própria produção, ao menos parcialmente. As escritas de listas ou quadrinhas que se sabe de cor permite, por exemplo, que a atividade seja realizada em grupo e que os alunos precisem se pôr de acordo sobre quantas e quais letras irão usar para escrever. Cabe ao professor que dirige a atividade escolher o texto a ser escrito e definir os parceiros em função do que sabe acerca do conhecimento que cada aluno tem sobre a escrita, bem como, orientar a busca de fontes de consulta, colocar questões que apóiem a análise e oferecer informação específica sempre que necessário.

Ao término dessa atividade, os alunos podem compartilhar a escrita para se discutirem as questões ortográficas. É importante lembrar que, nessa atividade, a intervenção do professor é essencial, pois é a intervenção que leva os alunos à reflexão e ao avanço.

Uma vez por semana, fazer roda de leitura na qual os alunos faziam empréstimos de livros. Periodicamente os alunos tomam emprestado um livro pode ser do acervo de classe ou da biblioteca da escola, para ler em casa. No dia combinado, uma parte deles relata suas impressões, comenta o que gostou ou não, o que pensou, sugere outros títulos do mesmo autor ou conta uma pequena parte da história para vender o livro que o entusiasmou aos colegas.

4 BRINCAR E APRENDER: UMA PRÁTICA LÚDICA NAS SERIES INICIAIS

Essa visão integradora, que vem sendo estudada, entre outras áreas de conhecimento, nos auxilia a compreender a ludicidade numa perspectiva diferenciada daquelas que a considera a partir de significações opostas ou contraditórias. Partimos da idéia de que o lúdico é fundamental ao ser humano, em especial, à criança de seis anos que está pela primeira vez no Ensino Fundamental.

É preciso que os educadores estejam atentos às diversas atividades desenvolvidas na escola durante este período para que haja respeito quanto às características etárias, psicológicas, motoras, cognitivas e sociais da criança. Nesse sentido, a brincadeira é uma atividade que respeita as especificidades do mundo infantil, além de auxiliar na aprendizagem e no desenvolvimento. Segundo Wajskop (2005, p. 35) “a brincadeira é uma situação privilegiada de aprendizagem infantil onde o desenvolvimento pode alcançar níveis mais complexos, exatamente pela possibilidade de interação entre os pares em uma situação imaginária e pela negociação de regras de convivência e de conteúdos temáticos”.

4.1 A LUDICIDADE E O DESENVOLVIMENTO INFANTIL

A importância do brinquedo e da brincadeira no desenvolvimento motor, mental, emocional e social da criança tem sido defendida por diversos autores como Piaget (1975) e Vygotsky (1991). O ato de brincar propicia uma série de experiências mentais, emocionais e motoras fundamentais às crianças. Os processos de aprendizagem e desenvolvimento, embora sejam dimensões diferentes, estão intimamente relacionados entre si e ao meio. O aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e põe em movimento vários processos de desenvolvimento que, de outra forma, seriam impossíveis de acontecer. Assim, o aprendizado é um aspecto necessário e universal do processo de desenvolvimento de fu

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