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INFANCIA

Por:   •  25/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.051 Palavras (9 Páginas)  •  245 Visualizações

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4. Fundamentação Teórica        

4.1 – Infância

        De acordo com Winnicott, ao referir-se a infância, irá basear-se desde a relação de primeiro momento que acontece entre a mãe e o bebê. Winnicott usa esta forma em relacionar a infância, com o intuito de que as mães possam assim entender melhor sua relação com seus bebês, revelando um pouco do que se passa neste primeiro momento da criança.

    Para Winnicott a tarefa da mãe, é oferecer um suporte adequado, para que assim as condições inatas do bebê, alcancem um ótimo desenvolvimento. Este vinculo inicial entre mãe e bebê, é muito poderoso para Winnicott e deve-se fazer o máximo com que a mãe preocupe-se com o bebê neste período inicial, que é época natural. Pois para Winnicott, este principio inicial, torna-se muito importante no decorrer da vida adulta que a criança, venha a ter.

“A saúde da pessoa crescida foi estabelecida no decorrer da infância, mas os alicerces da saúde do ser humano são lançados por você, nas primeiras semanas ou meses de vida do bebê.” (WINNICOTT, 2013, p.27).

      Um ponto que Winnicott chama atenção é sobre a responsabilidade que a mãe se encontra pelo papel de cuidar do bebê, ele baseia sua teoria referindo-se que se a mãe fizer apenas o que lhe dizem, continuará sempre fazendo o que lhe disseram, não havendo assim uma solução para melhorar, que não seja procurando alguém para que lhe dê instruções. Mas se a mãe se sentir livre para agir de maneira em que as coisas ocorram naturalmente, ela se aprimorara do seu papel, conseguindo progredir em sua tarefa.

A introdução que a mãe faz com seu bebê, é realmente aquilo que ele necessita para se desenvolver, na maneira pela qual a mãe o introduz aos poucos ao mundo, para que assim ele não se sinta confuso, desenvolvendo sua personalidade. Mesmo baseando-se nesses fatos para que o bebê tenha uma melhor introdução ao mundo e as coisas em que estarão aptas para o seu desenvolvimento, com todo o zelo e cuidado da mãe, Winnicott explica que o bebê não depende da mãe para desenvolver-se e crescer. Winnicott explica isto dizendo que cada bebê é uma organização em marcha, como para o crescimento e desenvolvimento do próprio bebê, uma parcela é do próprio, pois se trata de algo inato da criança.

 “Cada bebê é uma organização em marcha. Em cada bebê há uma centelha vital, para o crescimento e o desenvolvimento é uma parcela do próprio bebê, algo que é inato da criança e que é impelido para a frente de um modo que não temos de compreender”. (WINNICOTT, 2013, p.29).

       O termo estar em marcha, está relacionado de acordo com Winnicott como algo que não seja de sua responsabilidade, algo que o ainda esteja caminhando e é assim que se baseia o desenvolvimento do bebê na fase de infância inicial, algo ainda não concreto. Winnicott também transcreve de forma continua como a preocupação das mães em relação à responsabilidade de seus bebês, podem interferir sobre o prazer da maternidade.

“Conheci mães cujo prazer da maternidade foi estragado pelo fato de sentirem-se responsáveis pela vivacidade do bebê. Se o bebê dormia, ficavam debruçadas sobre o berço, na esperança de que ele despertasse e desse sinais de vida’’. ( WINNICOTT, 2013, p.30).

   O que Winnicott nos demonstra é que as mães são responsáveis pelo ambiente apropriado pelo qual o bebê precisa ter em seu desenvolvimento, mas para que aconteça este desenvolvimento, temos que deixar que a criança exerça por si só funções inatas que ela tenha. Para que esta mãe consiga assim exercer seu papel, sem ter a culpa de algo inacabável, e conseguir desta forma sentir o prazer de suprir as necessidades que acontecem com o bebê.

“Se você aceitar esta idéia de um bebê como organização em marcha, estará tão livre para se interessar bastante pela observação do que acontece no desenvolvimento do bebê, enquanto desfruta o prazer de reagir ás suas necessidades”. (WINNICOTT, 2013, p.30).

     Para Melanie Klein, os conceitos para serem ligados relacionados ao desenvolvimento de crianças pequenas baseiam-se em ansiedade, inibição sintomas, formação de símbolos e sublimação. Solucionar a ansiedade torna-se um progresso para a análise e desenvolvimento mental da criança, em tentativa de explicar a ansiedade presente no pavor nocturus da criança pequena, ela é levada a estabelecer o inicio do complexo de Édipo entre as idades de dois a três anos.  As atividades simbólicas para Melanie Klein possuem um significado, pelo qual certas atividades dão prazer ou são inibidas.  Pois antes do estágio da formatação de simbolos, há um estágio de identificação em que Ferenczi descreveu o bebê, sobre o mesmo identificar objetos com seus próprios órgãos e atividades.

  “Não seria um passo desproporcional, portanto, encarar o pavor nocturus que ocorre na idade de dois ou três anos como ansiedade liberada no primeiro estágio de repressão do complexo de Édipo, cuja ligação e descarga depois prossegue de várias maneiras.” (KLEIN, 1996, p.106)

  De acordo com Dr. Gesell "A mente revela-se por si mesma", esta teoria, estaria se referindo sobre seu estudo exibido em crianças e bebês. Ao qual tudo o que uma criança ou um bebê faça de idade pré escolar, estaria relacionado com um exemplo de atividade da sua mente. Identificando a forma de como os olhos das crianças e bebês se pestanejam, a mão agarra um objeto,  sua cabeça roda, como senta-se, pôem-se de pé, engatinham ou andam, seria assim identificados como esquemas de comportamentos sobre suas partes do corpo reagidas por determinados estimulos.

     Observando que os esquemas destes comportamentos fundamentais mudam com a idade baseada em cada criança, funções como comer, dormir ou eliminar, esperando diferentes niveis etários logo a partir do nascimento de cada um.Exemplificando o bebê como um organismo unitário, que cresce desde o principio sendo uma só unidade, onde seu corpo cresce de uma forma esquematizada e sua mente se desenvolve. Em seu periodo embrionário, as substancias vivas de seu organismo, dispõe-se sobre suas estruturas padronizadas. Quando estiver em seu tempo adequado, determinados impulsos irão passar através das fibras nervosas até as fibras musculares, dando a origem de seus movimentos, movimentos estes que terão já certo grau de esquematização.

         A mente quando está em desenvolvimento, constitue-se por inumeros esquemas de comportamentos tornados possiveis, mediante a organização progressiva do sistema nervoso. Seus desenvolvimentos tanto fisicos ou mentais, implicam organização tendo-se como exemplo o desenvolvimento inicial dos olhos e das mãos, papel de grande importancia na vida mental do bebê e da criança.

     O bebê, após seu nascimento, começa a olhar para os objetos, mesmo antes de ser capaz de tocá-los, seu olhar é uma reação ativa, mantem seus olhos em posição de um ponto para outro, para poder ver. Seus olhos assumem o comando da esquematização do comportamento, mas não estabelece uma relação perfeita com as coisas somente atráves do olhar. Precisa tocar, sentir impacto sobre a palma da sua mão, movendo seus dedos sobre as suas superficieis e arestas. Suas células nervosas estão localizadas na medulá- espinal e no cérebro. Cinco meses antes de o bebê nascer já se encontram formadas todas as células nervosas, que ele terá possuido em toda a sua existencia, e muitas já estarão preparadas para funcionamento. O bebê adquire suas crescentes capacidades através de forças intrínsecas do crescimento que modificou a arquitetura profunda do seu sistema nervoso.

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