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Identidade

Por:   •  21/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.571 Palavras (11 Páginas)  •  232 Visualizações

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Índice

Introdução        

Objectivos        

Metodologia:        

Fundamentação teórica        

Como os adolescentes adquirem identidade?        

Que circunstâncias ajudam os adolescentes a adquirir identidade?        

Referências bibliógraficas:        

Introdução

O termo identidade deriva do latim, identitate com o significado de “o mesmo sentido”. É, hoje em dia, um conceito tão presente no pensamento humano que faz parte não só da linguagem científica como da linguagem comum. Através de diferentes formas e papéis, este é utilizado em ciências como a Lógica, a Matemática, o Direito, a História, a Sociologia e ainda nas Ciências Humanas como é o caso da Psicologia. No domínio psicológico que é aquele que, no âmbito desta investigação, nos interessa destacar, identidade é a individualização do eu por oposição ao outro e pela diferenciação interpessoal.

Neste trabalho, trataremos das mudanças que os adolescentes enfrentam no âmbito do desenvolvimento social e da personalidade. Consideramos um conceito amplo da busca pela identidade-uma busca  ou tentativa de  criar uma estabilidade pessoal e certeza entre as muitas  mudanças e perguntas. A grande questão. “ Quem sou eu?” “Que tipo de relacionamentos tenho?” e “quem sou eu sexualmente?”

Objectivos

Geral:

  • Caracterizar os estatutos da identidade ;

Específicos

  • Descrever como os adolescentes adquirem a identidade;
  • Identificar que circunstâncias ajudam os adolescentes a adquirir identidade?

Metodologia:

Para a realização desde trabalho recorreu-se a revisão de literatura também a informação suplementar presente  nas fontes electrónicas.

Fundamentação teórica

O conceito identidade do ego foi pela primeira vez utilizado por Erikson (1950;1968) para descrever o processo dos indivíduos conseguirem experienciar a sensação de “estar em casa” em si próprios - em casa nos seus próprios corpos, com o seu funcionamento psicológico e nos seus contextos culturais e sociais, reconhecendo e sendo reconhecidos por aqueles que lhes são significativos.

Mais conhecido pela sua teoria do desenvolvimento psicossocial em oito estádios este autor estudou e teorizou o crescimento psicossocial do homem ao longo das diferentes fases da vida - infância, adolescência, idade adulta, e velhice - dando-nos, assim, a mais ampla visão de personalidade e condição humana ao longo do ciclo de vida.

Dos diferentes estádios do desenvolvimento considerados por Erikson, aquele que nos interessa é o 5º( quinto), que  corresponde à adolescência, momento do desenvolvimento psicossocial onde a principal tarefa consiste na formação da identidade.

Nesta idade os jovens enfrentam uma concomitância de mudanças físicas, pessoais e sociais. Enquanto se dá a maturação genital própria da puberdade, que leva a que as identificações, o sentimento de uniformidade e de continuidade, sentidos até então, sejam questionadas. São abalados pela inquietação de tentar compreender e reforçar o seu papel social com a entrada numa vida adulta. A par destas preocupações internas há uma enfatização da importância do olhar do outro sobre si, uma preocupação com a maneira como é visto pelos que o rodeiam (Erikson, 1994/1959). Na procura de um sentimento de continuidade e de unidade é feita uma reintegração dos elementos adquiridos ao longo dos quatro estádios da infância agora transportados para um meio social mais alargado de forma a ir ao encontro de um maior conhecimento de si. Deste modo, os jovens precisam de um período ao qual Erikson deu o nome de moratória que corresponde a um espaço de tempo de transição concedido pela sociedade onde o indivíduo pode explorar diferentes papéis. Este momento de moratória psicossocial, permite ao jovem a compreensão do padrão de identidade pessoal e a busca de um nicho, dentro da sociedade na qual se enquadra, que permita desenvolver um sentido de continuidade pessoal e um sentimento de pertença que farão a ponte entre aquilo que o indivíduo foi até à data e aquilo que está prestes a tornar-se.

Permitindo uma reconciliação entre a imagem que tem de si e a imagem que a comunidade

faz de si. (Erikson, 1994/1959).

A crise de identidade é o reflexo da necessidade de reunir as três dimensões do sujeito - a psicológica, a social e a pessoal – e fazer com que se encontrem. Esta acontece quando ou enquanto estas três dimensões não se encontram, levando a um desajuste social que se reflecte num sentimento de identidade difusa. A tarefa que os adolescentes enfrentam exige dos jovens as tomadas de decisões que permitem um maior grau de auto conhecimento, levando estes a ocuparem papéis irreversíveis comprometendo-se, desta forma, para o resto da vida (Erikson, 1994/1959).

O percurso ao longo dos estádios conduzem o jovem até esta fase do desenvolvimento onde o crescimento fisiológico, de maturação mental e de responsabilidade social que permitem que este experiencie a crise de identidade (Erikson, 1994/1968). No entanto é importante referir que o autor considera que a identidade é construída ao longo de todo o ciclo vital. Assim, a formação da identidade não começa nem termina neste estádio. É um processo que se desenvolve ao longo do ciclo de vida de forma inconsciente, quer para o sujeito quer para a sociedade onde este se insere (Erikson, 1994/1959).

Apesar de na sua visão epigenética, Erikson considerar que a identidade só é verificada no sexto estádio, intimidade versus isolamento – por defender que a certeza de uma identidade segura só se reflecte no momento em que os sujeitos encontram parceiros e conseguem ‘dividir-se’ com outras pessoas sem perder a sua unidade – o autor reforça a ideia de que os padrões básicos da identidade devem emergir das identificações e disparidades vivenciadas ao longo da infância. Ou seja, apesar de apenas no sexto estádio se poder verificar a identidade, esta constrói-se no quinto estádio e é reflexo das vivências adquiridas nos estádios anteriores a este

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