Investigar os motivos para induzir um funcionário a apresentar sintomas de estresse
Pesquisas Acadêmicas: Investigar os motivos para induzir um funcionário a apresentar sintomas de estresse. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Aldelir • 8/11/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 2.078 Palavras (9 Páginas) • 224 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
No mundo globalizado cada vez mais se observa o sofrimento psíquico dos trabalhadores. Tal fato parece estar relacionado a uma carga excessiva de trabalho mental e de tarefas solicitadas ao profissional nas diversas áreas. Por outro lado, o mundo execultivo parece sugerir ao homem uma necessidade de rapidamente produzir mais e em algumas situações competindo com a máquina. Neste contexto se insere este trabalho monográfico. Procuramos investigar e desenvolver os motivos que levam o trabalhador a apresentar os sintomas do Estresse e verificando de que forma a gestão pessoas pode com a sua atividade profissional amenizar os possíveis danos e sofrimento gerado nos trabalhadores.
Assim, procurei situar ressaltando as mudanças constantes que estamos vivenciando, na sociedade contemporânea as transformações que o processo de trabalho vem apresentando e desta forma interferindo na saúde do trabalhador. Após procurei entender de que forma o profissional submetido a uma pressão e solicitação constante pode apresentar o sofrimento psíquico, principalmente quando se percebe “impotente” por não conseguir manter o ritmo e desempenho esperado, na sua atividade profissional. Este sofrimento poderá levá-lo ao estresse, caracterizada por um tipo de estresse ocupacional crônico, onde o indivíduo tem o desgaste profissional, resultando na perda do interesse pelo trabalho.
Por último, situamos o papel da Gestora de Pessoas na empresa, sua função e importância e sugerir algumas estratégias de atuação que possa resultar na melhoria da qualidade de vida dos funcionários.
2 DESENVOLVIMENTO
O trabalho tinha o papel principal na definição do ser, por meio dele o homem se externalizava, ele agia e se transformava por meio de seu trabalho.
Um estudo conduzido, pela psicóloga Betania Tanure e pelos pesquisadores Antonio Carvalho Neto e Juliana Oliveira Braga revelam a angústia da vida executiva nas empresas brasileiras. Parte do estudo foi publicado na Revista Época Negócios (Edição 3, Julho de 2007) e mostra como o ambiente de trabalho se tornou fonte de infelicidade para os profissionais. O levantamento abrangeu mais de mil executivos de aproximadamente 350 empresas. Segundo a pesquisa:
84% dos executivos são infelizes no trabalho.
76% deles acessam e-mail profissional fora do horário de trabalho.
58% acham que os cônjuges estão descontentes com o ritmo excessivo de trabalho deles.
55% vivenciam uma mudança radical no trabalho.
54% estão insatisfeitos com o tempo dedicado à vida pessoal.
35% apontam problemas com o chefe como a crise mais marcante de suas vidas.
Apesar de 84% dos executivos estarem infelizes no trabalho, a mídia insiste na imagem do estereótipo de herói do mundo corporativo. As revistas de negócios estão repletas de rostos de executivos felizes e realizados. O que mostra uma outra face da realidade: para sobreviver nesse ambiente de negócios é preciso transmitir a imagem do sucesso, da carreira bem sucedida, do “super-executivo”.
Porém, chega um momento em que todo ser humano depara com uma questão fundamental: se é ou se foi feliz ou não? E nesse momento, as máscaras podem cair e esse “super executivo” vivenciar uma outra realidade.
A dinâmica atual do mercado é marcada por mudanças constantes e uma sensação de incerteza em relação ao futuro. A cada momento o profissional está envolvido em um novo projeto, ou mesmo em uma nova empresa, o que dificulta a construção de uma narrativa linear em relação a formação de sua identidade. Não existe uma narrativa central ao longo da vida, mas sim diversos fragmentos de pequenos projetos.
Essa ausência de narrativas sustentadas podem acarretar um outra aspecto da infelicidade dos profissionais: a ausência de sentido naquilo que fazem.
Pense em com quantas informações sigilosas um executivo tem de lidar. Isso já é motivo suficiente para muito estresse.Agora, quando acrescentamos a isso angústias pessoais que se entrelaçam com o mundo dos negócios, podemos imaginar o que é a solidão executiva. Por exemplo, uma execultiva que sente uma dor no corpo, em uma região na qual há histórico de câncer na sua família. E ela tem medo de ir ao médico fazer um exame. Além disso, está em meio à compra de uma empresa e teme que o negócio não seja concluído se souberem que ela pode estar doente. Ou um diretor que está sendo preparado para presidir a empresa, mas que não deseja assumir esse papel, pois entende que o cargo o tirará do convívio com a família. Ou, ainda, um executivo que deseja sair, mas não pode comentar esse assunto com os acionistas, pares e nem ao menos com a esposa, pois seu padrão de vida depende da composição com o salário dela.
Há também os temas que não se pode conversar com ninguém, por sua abrangência e por nos fazer parecer fracos e inseguros. Uma causa dessas angústias é que fomentamos que a pessoa deve construir sua carreira sozinha. Essa é uma tarefa complexa em todas as idades, mas, quanto mais o tempo passa, mais a solidão das decisões pesa sobre a pessoa. Além disso, a velocidade e a complexidade do mundo atual colocam as empresas em uma permanente luta de vida ou morte pela própria existência. Querer que elas sobrevivam e salvem alguns empregos é pedir muito. Querer que elas o façam e ainda ofereçam um plano de carreira completo para todos é pedir o impossível. Nesse contexto bastante agressivo, tentar lidar com todos os temas da vida empresarial e pessoal sozinho é um risco muito grande. Além disso, o indivíduo leva muito mais tempo para se desenvolver, quando o faz por conta própria. Sem método e com pensamentos nem sempre produtivos, os resultados são lentos e incertos.
Um departamento de recursos humanos que se preocupa em ouvir seus executivos tem mais chances de ser bem-sucedido em sua árdua tarefa de motivar e desenvolver pessoas. Além disso, podem oferecer, nos casos apropriados, ferramentas e processos de desenvolvimento de competências como mentoring e coaching.
Além de aprender metodologias úteis em decisões empresariais, o executivo tem alguém para compartilhar suas angústias, dúvidas e inseguranças que, de outro modo, ficariam escondidas. Encontrar alguém de alto nível para trocar ideias sob um sigilo confortador auxilia a pessoa a elevar sua capacidade de criar opções, pensar em voz alta e desabafar em um espaço protegido. Isso reduz o estresse, aumenta as alternativas de soluções para os negócios e a vida
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