JEAN PIAGET

JEAN PIAGET

Jean Piaget, nasceu em Neuchâtel, Suiça em 1896. Desde cedo interessado em filosofia, religião e ciência. Formou-se em biologia na universidade de Neuchâtel e aos 23 anos mudou-se para Zurique, onde começou a trabalhar com o estudo de raciocínio da criança sob a ótica da psicologia experimental. Aos 10 anos fez seu primeiro artigo científico sobre um pardal albino. Em 1924 publicou o primeiro dos mais de 50 livros seus:”A Linguagem e Pensamento na Criança”.Ao final da década de 1930 já ocupava cargos importantes nas principais universidades suíças. Foi diretor do Instituto Jean- Jacques Russeau, junto com seu mestre Edouard Claparède (1873-1940).

Teve em seus três filhos uma rica fonte de trabalho de observação do que chamou “ajustamento progressivo do saber”, recebendo títulos honorários de algumas universidades européias e norte-americanas até o fim de sua vida em 1980, em Genebra, na Suíça.

Na metade do século XX, Piaget foi o nome mais influente no campo da educação sendo quase sinônimo de pedagogia, sem existir entretanto uma metodologia Piaget, como ele mesmo gostava de colocar, nunca foi pedagogo. Dedicado a biologia centrou a vida a observar científica e rigorosamente o processo do conhecimento pelo ser humano particularmente criança. Do estudo das concepções infantis de tempo, espaço, casualidade física, movimento e velocidade, Piaget criou um campo de investigação denominado epistemologia genética, isto é, uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança.

Segundo ele o pensamento infantil passa por quatro estágios desde o nascimento até o início da adolescência, onde é atingida a capacidade plena de raciocínio e sua grande contribuição foi estudar o raciocínio lógico-matemático, que é de fundamental importância na escola, mas que não pode ser ensinado pois precisa de uma estrutura do conhecimento da criança. Foi dele a impactante descoberta que a transmissão de conhecimentos é limitada e depende do tempo, do poder de absorção e interesse da criança. O aprendizado é construído pelo aluno, explorando os conteúdos que lhe façam falta em termos cognitivos. Educar para ele é o professor como agente criador de atividades capazes de estimular a mente e perceber que ele pode ajudá-lo a desenvolver habilidades para uma possível mudança de comportamento.

Tendo em vista que a criança não raciocina como os adultos, ele observa que as regras, valores e símbolos da maturidade psicológica se dá através de dois mecanismos: assimilação e acomodação. Pela observação vai assimilando objetos do mundo exterior a esquemas mentais pré-existentes e na acomodação a modificação elabora seu conceito geral sobre determinado referencial.

Piaget conclui que educar se refere à transmissão de conteúdos que favoreçam a atividade mental. Algumas escolas planejam suas atividades de acordo com os estágios do conhecimento cognitivo. Crianças entre 2 e 3 anos estão em plena descoberta da representação e a escola deve levar em conta e ampliar as referências para elas. Não existe, para Piaget, receitas para a sala de aula. Piaget e Vygotsky concordam quando afirmam que o aprendizado se dá por interação entre estrutura interna e contextos externos.

Frases de Jean Piaget: “O

...