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Martiniano de Alencar

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Por:   •  3/11/2014  •  Resenha  •  567 Palavras (3 Páginas)  •  203 Visualizações

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osé Martiniano de Alencar (Messejana, 1º de maio de 1829 — Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 1877) foi um jornalista, político, advogado, orador, crítico, cronista, polemista, romancista e dramaturgo brasileiro.1

Formou-se em direito, iniciando-se na atividade literária no Correio Mercantil e Diário do Rio de Janeiro. Foi casado com Ana Cochrane. Era filho do senador José Martiniano Pereira de Alencar, irmão do diplomata Leonel Martiniano de Alencar, barão de Alencar, e pai de Augusto Cochrane de Alencar.1Nasceu em Messejana, que à época de seu nascimento gozada do status de município, tendo perdido tal categoria em 1921 integrando como um bairro à cidade de Fortaleza. A família transferiu-se para a capital do Império do Brasil, Rio de Janeiro, e José de Alencar, então com onze anos, foi matriculado no Colégio de Instrução Elementar. Em 1844, matriculou-se nos cursos preparatórios à Faculdade de Direito de São Paulo, começando o curso de direito em 1846. Fundou, na época, a revista Ensaios Literários, onde publicou o artigo questões de estilo.1 Formou-se em direito, em 1850, e, em 1854 estreou como folhetinista no Correio Mercantil. Em 1856 publicou o primeiro romance, Cinco Minutos, seguido de A Viuvinha em 1857. Mas é com O Guarani em 1857 que alcançou notoriedade. Estes romances foram publicados todos em jornais e só depois em livros.1

José de Alencar foi mais longe nos romances que completam a trilogia indigenista: Iracema (1865) e Ubirajara (1874). O primeiro, epopeia sobre a origem do Ceará, tem como personagem principal a índia Iracema, a "virgem dos lábios de mel" e "cabelos tão escuros como a asa da graúna". O segundo tem por personagem Ubirajara, valente guerreiro indígena que durante a história cresce em direção à maturidade.

Em 1859 tornou-se chefe da Secretaria do Ministério da Justiça, sendo depois consultor do mesmo. Em 1860 ingressou na política, como deputado estadual no Ceará, sempre militando pelo Partido Conservador (Brasil Império). Em 1868 tornou-se ministro da Justiça, ocupando o cargo até janeiro de 1870. Em 1869 candidatou-se ao senado do Império, tendo o Imperador D. Pedro II do Brasil não o escolhido por ser muito jovem ainda.2

Em 1872 se tornou pai de Mário de Alencar, o qual, segundo uma história nunca confirmada, poderia ser na verdade filho de Machado de Assis, o que para alguns daria respaldo para o enredo principal do romance Dom Casmurro.3 Viajou para a Europa em 1877, para tentar um tratamento médico, porém não teve sucesso. Faleceu no Rio de Janeiro no mesmo ano, vitimado pela tuberculose. Machado de Assis, que esteve no velório de Alencar, impressionou-se com a pobreza em que a família Alencar vivia. Encontra-se sepultado no Cemitério de São João Batista no Rio de Janeiro.

Produziu também romances urbanos (Senhora, 1875; Encarnação, escrito em 1877, ano de sua morte e divulgado em 1893), regionalistas (O Gaúcho, 1870; O Sertanejo, 1875) e históricos (Guerra dos Mascates, 1873), além de peças para o teatro. Uma característica marcante de sua obra é o nacionalismo, tanto nos temas quanto nas inovações no uso da língua portuguesa. Em um momento de consolidação da Independência, Alencar representou um dos mais sinceros esforços patrióticos em povoar o Brasil com conhecimento e cultura próprios, em construir novos caminhos

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