Mitologia grega e a psicanálise
Por: Professora Vanessa Ortiz - Piracicaba • 23/6/2019 • Artigo • 1.890 Palavras (8 Páginas) • 310 Visualizações
INSTITUTO CARLOS MUSSATO
MITOLOGIA GREGA E PSICANÁLISE
Aluna: Maria Júlia G. Rizzolo (Majú)
Turma: 4ª Turma
Módulo: 18º Módulo
Data: Março/2018
Profª.: Érica de M. C. Silva
Polo: Piracicaba – SP
INTRODUÇÃO
MITOLOGIA GREGA: Uma das formas encontradas pelo homem para explicar o mundo.
GRÉCIA ANTIGA: A influência da cultura helenística na civilização ocidental.
A importância da Grécia na antiguidade (entre 2000 AC e 500 DC) é que a herança de sua cultura atravessou os séculos chegando até nossos dias.
Foram influências no campo da filosofia, artes plásticas, arquitetura, teatro, enfim, de muitas ideias e conceitos que deram origem às atuais ciências humanas, exatas e biológicas.
Portanto, não podemos confundir a antiguidade grega com país Grécia de hoje. Pois os gregos de hoje não são descendentes diretos destes povos que que começaram a se organizar a mais ou menos 4 mil anos atrás. Muito se passou entre um período e outro e os gregos antigos perderam-se na mistura com outros povos.
A Grécia antiga não formava uma nação única, mas era composta de várias cidades que tinham suas próprias organizações sociais, políticas e econômicas.
Apesar das diferenças os gregos tinham uma só língua que mesmos que seus dialetos lugares da Hélode, como se chama o conjunto dos diversos povos gregos.
A ESCOLHA DO MITO GREGO
A mitologia e a psicanálise podem se completar e refletir a ânsia evolutiva e o desejo de autoconhecimento do ser humano. O mito está para o homem das sociedades arcaicas assim como a psicanálise está para o homem moderno.
Ele se situa no sonho e no inconsciente, mostrando os conflitos da alma humana.
O homem é, miticamente falando, criado pelo Espírito. Porém o homem se distingue de todas as outras formas de vida, por ser consciente: intelectualizado e individualizado.
O mito grego escolhido para correlacionar com a psicanálise é o mito da cena primária. Este artigo irá discutir um dos pontos da teoria freudiana, "A cena primária" e as teorias dela decorrentes.
Vamos ver o caso" Homens dos Lobos!" de grande importância para a cenas primárias, bem como suas consequências na constituição do sujeito. Com isso percorreremos aspectos fundamentais no processo de construção da análise.
EROS
O onipotente Eros, deus belo, caprichoso, vingativo, poderosos é tomado diretamente da mitologia grega para a plena contemporaneidade psicanalítica.
É o deus de tudo que unem perturba à tudo que está separado e que quer repousar e diferença e distinção.
Eros não poupa ninguém, resolver, agita, atravessa, conduz, derruba, ergue aos céus e lança aos infernos. Governa até mesmo aos deuses, mas cai nas próprias armadilhas e arma suas criações.
Freud dará enorme relevância a Eros, considerando como principal adversário da necessidade, eleva-o a categoria de governante único das pulsões da vida e do tu (eu), arrastado apenas por seu terrível complemento: a morte.
É considerado o deus da paixão na mitologia grega, do amor e erotismo (seria o cupido), representado por um jovem alado, lindo, que carrega carco e flecha, seus símbolos mais importantes., a simbologia do coração flechado. Por ser bonito e encantador, era considerado irresistível.
Também pode aparecer como uma criança alada.
Eros e Psiquê: “O mito sob o olhar existencial e humanista”
Pretende-se aqui apontar para possíveis significados que auxiliem na compreensão de vivências próprias de quem sofrer uma perda sensorial.
Assim a mitologia pode ser considerada como reservatório universal dos sentidos que podem, a qualquer tempo, ser encontrados.
Eros e Psiquê, podem representar, neste ensaio, um verdadeiro rito de passagem onde indivíduos que sofreram privação visual podem ser submetidos. Entende-se rito de passagem como a possibilidade humana de ressignificar experiências vivenciais.
Para Homero, em Aroux (1990), Psiquê é um sopro, uma força vital expirada pelos homens na hora da morte.
A ideia da Psiquê como entidade autônoma superior e independente, sede dos pensamentos, das emoções, das fantasias, dos sonhos e desejos, que só aparecerá em Pitágoras.
Em Sócrates, identificado ao próprio indivíduo, passa a representar o aspecto mais essencial, imaterial e indissolúvel do homem, a sua alma.
Eros representa a força abstrata do desejo, a força da atração que possibilita a reprodução. Pode ser a “personificação do amor!”, e seu nome tem como raiz etimológica, em gregos, desejar ardentemente, desejos dos sentimentos, deleitar-se, sentir prazer em estar em um lugar.
De que forma cegueira, amor e alma se articulam? Como a limitação sensorial (cegueira) invade ou influência a vida emocional de um indivíduo? Vamos buscar no “mito”, algumas direções possíveis que levem a compreensão de significados para infindáveis vivências humanas.
Toda psicologia existencial está fundada na filosofia. Todas as coisas, todos os seres, estão sujeito a uma eterna dicotomia: aparência e essência. Assim cabe ao sujeito encontrar métodos ou formas que revelem o que é realmente a coisa ou o ser. Buscando sempre a “verdade” sobre tudo que representa o sentido de tudo.
Este modo de pensar influência na ciência natural e nas humanas. Quando por trás das significações construídas, o que há é o nada, esta constatação produz “angustia” o “desespero”.
A experiência, a vivência, é o próprio existir humano, e é este, a vida que nos permite perceber o sentido das coisas. O existir é fluído, mutante, e é justamente esta característica que vai mostrando possiblidades de desvelamento das coisas e dos seres. O significado das coisas se revela como o homem lida ou “escolhe lidar” com as coisas e com os outros homens, e como os outro lidam com as mesmas coisas e acontecimentos.
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