Narcóticos - Desafio Jovem Manaus

Neuropsicologia

Características neuropsicológicas sugerem diferenças funcionais e, possivelmente, estruturais no cérebro de pedófilos. Estudos realizados na última década mostraram que homens pedófilos possuem baixo quociente de inteligência (QI), baixos escores em testes de memória verbal e visuo-espacial, com frequência são canhotos, tem baixa estatura e, entre eles, são frequentes aqueles que sofreram injúrias na cabeça acompanhadas de perda de consciência e que tiveram dificuldades na escola, a ponto de exigirem escolas especiais. Há uma hipótese de que a pedofilia resulta de algumas perturbações nas fases iniciais do neurodesenvolvimento, o que causaria uma constelação de sintomas, que inclui a pedofilia e a manifestação de características neuropsicológicas como o baixo QI e a elevada proporção de canhotismo.

Por meio de neuroimagens, pesquisadores detectaram menor quantidade de substância cinzenta em certas regiões do cérebro (região estriada ventral, córtex órbito-frontal, amígdala, cerebelo). Algumas dessas deficiências na substância cinzenta são similares às de pacientes com vício, com transtornos obsessivos-compulsivos e de personalidade antissocial.

Até o momento, pesquisas mostraram que a diferença mais evidente no cérebro de pedófilos é o menor volume de substância branca, especificamente nos fascículos fronto-occipital e arqueado. Essas fibras conectam regiões corticais que respondem a sinais de estímulos sexuais. Tais regiões operam como uma rede para reconhecer estímulos sexuais importantes. Assim, a pedofilia deve resultar de desconexões parciais dentro dessa rede.